domingo, 1 de maio de 2022
Guilherme Fiuza
Bill Gates acompanha os movimentos de Elon Musk com uma postura dúbia. O fundador da Microsoft e atual investidor onipresente na área de saúde faz as ressalvas politicamente corretas de respeito ao megaempreendedor dos carros elétricos. Mas sempre que pode dá um jeito de depreciá-lo. Cada vez mais vai ficando claro que o mundo é muito pequeno para os dois.
Gates transformou o capitalismo em outra coisa. Com os confrades do Fórum Econômico de Davos, leva adiante a ideia de juntar seus intermináveis bilhões de dólares para dar as cartas sobre tudo — com uma bela embalagem de altruísmo, benemerência e todo um cardápio de virtudes comportamentais modernas. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde — onde Bill colocou muito dinheiro — irá propor um tratado com vigência especial para períodos de pandemia. Nessas situações, segundo o tratado em preparação, as diretrizes da OMS seriam sobrepostas às leis nacionais.
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