terça-feira, 11 de junho de 2024
O encantador de torcida
Lula estava na cadeia, condenado por crimes. Vigorava a prisão após segunda instância. A Lava Jato estava no ápice. O governo Temer aprovava reformas modernizantes. No STF Alexandre de Moraes era o guardião da liberdade de expressão. O povo estava aguerrido pela transformação do Brasil. Parece que faz muito tempo, mas o período ao qual me refiro é o ano de 2018. Então, o que deu errado? Ocorre que, iludido (eu entre eles), o povo resolveu eleger para a presidência o encantador de torcida. E o encantador cumpriu seu papel à risca: manteve o povo encantado e dócil com seus discursos vazios enquanto o Sistema retomava o controle do jogo. Aliás, este é o papel que o encantador representa até hoje, arrastando multidões pelo Brasil para nada, enquanto seu entorno fulmina qualquer tentativa popular de focar numa pauta objetiva. Sobre seus aliados que apodrecem na cadeia, nenhuma palavra. E entre a venda de um perfume e de um vinho se dedica a garantir a vitória de Guilherme Boulos em SP bloqueando qualquer candidato no qual a direita pudesse votar. Então o grande vencedor da eleição de 2018 foi, na verdade, José Dirceu, o homem que comanda o jogo nos bastidores.
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