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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Fugir para onde?

Há um filme, não me recordo o nome, que mostra grupos de poloneses fugindo desesperados em direção ao leste, fugindo dos invasores nazistas. Até o ponto em que esses grupos batem de frente com os poloneses que fugiam em direção ao oeste, fugindo dos invasores russos. Quando ambos os grupos se encontram, seus olhares demonstram a constatação de que seu destino está selado, que não sobrou destino para sua fuga.

Há pouco mais de 20 anos avaliei a situação do Rio Grande do Sul, meu estado natal, o que estava em curso, e considerei que não havia expectativa de futuro no estado, exceto para funcionários públicos. Então emigrei para um outro estado, com mentalidade mais empreendedora, desejo de se desenvolver, etc. Deu certo.

No entanto, agora faço a mesma avaliação em relação ao Brasil, e concluo que não há expectativa de futuro para o país. Seria o momento para ir embora daqui. Só que estou mais de 20 anos mais velho, e numa idade que torna a emigração muito mais difícil e complicada. Talvez meu destino seja morrer com o Brasil (não pelo Brasil...).

Mas ir embora para onde? Para a Europa, falida econômica, cultural e moralmente, e prestes a cair sob domínio muçulmano? Para os neo socialistas EUA? Para a ditadura chinesa? Aqueles que decidirem ir embora correm o risco de encontrar no meio do caminho os "poloneses" que estarão fugindo em sentido contrário. E a constatação será a mesma do filme - não sobrou destino para a fuga.

Um comentário:

  1. Só resta aos dissidentes (e aos que querem sobreviver a isso tudo também) permanecer tentando viver um dia após o outro onde menos haja interferência do "Grande Irmão", nem que seja numa vila no meio do nada. Afinal, donde virá a saída? Difícil nesses tempos tão covardes, de líderes covardes.

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