terça-feira, 17 de dezembro de 2019
A ameaça sou eu. A ameaça é você
No domingo à noite, antes de dormir, dei uma passada pelos canais e acabei assistindo uma reportagem na Record sobre golpes que são aplicados em mulheres pela internet. Usando perfis falsos, vigaristas envolvem emocionalmente as mulheres e começam a tirar dinheiro delas. Segundo "especialista" ouvido pela reportagem, esses crimes já não partem mais de indivíduos, mas de quadrilhas internacionais muito estruturadas e com ramificações em vários países.
Além desses golpes contra mulheres, o volume de golpes de todos os tipos aplicados através da internet/redes sociais cresce absurdamente. Como cada vez mais nossa vida vai se virtualizando, mais os pilantras vão criando formas de aplicar golpes. Perfis falsos são essenciais neste processo.
Nenhuma autoridade pública parece estar chocada com esta situação. Suas reações, quando ocorrem, são protocolares. É como se de certa forma as autoridades (não só do Brasil) estivessem lavando as mãos em relação a este problema. As vítimas que se virem. Não há reação institucional à altura do tamanho do problema.
Mas se eu, usando a internet, disser que votei em Bolsonaro, que apoio Bolsonaro, que sou contra o Centrão, que só suga o país, e que votarei em Bolsonaro em 2022, serei percebido pelas autoridades públicas como um praticante de crime de ódio, um disseminador de fake news, uma ameaça à democracia, e também como um robô. As autoridades clamarão por ação institucional urgente para preservar a democracia de tal ameaça.
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