Este texto foi extraído da Wikipedia. Coloquei negrito e sublinhado.
"Inicialmente, o Cruzado reduziu a inflação de 12,47% em fevereiro de 1986 para 1,43% em outubro do mesmo ano. Com o resultado o governo Sarney ficou extremamente popular, era considerado ótimo ou bom por 72% dos brasileiros, segundo o Ibope[4], e o PMDB, sozinho, elegeu 53% dos deputados federais e o PFL 24% – dando ao governo maioria de 77% nas eleições gerais no Brasil em 1986. No Senado, a bancada governista somava 81%.[5] Os resultados foram inéditos na história política brasileira.[6] O plano foi elogiado em editoriais de jornais e por políticos de todas as vertentes, como José Serra (um dos redatores), Maria Conceição Tavares, Plínio de Arruda e Aloízio Mercadante.[7] O Partido dos Trabalhadores gravou peça de propagada sobre a medida.[8] Ficaram isolados na crítica ao plano ambos os líderes das correntes economicistas dos anos 80 chamadas de ortodoxos e heterodoxos, respectivamente do eterno cunhado de Jango, Leonel Brizola[9], e de Roberto Campos, criador do BNDES- mas adepto ao Austerismo no fim da vida[7]. Talvez o mais curioso caso de isolamento foi do bancário Paulo Guedes que viria a ser o articulador econômico do PSL, ou "posto Ipiranga" de Jair Bolsonaro[10].
O plano em si não era insustentável. Devido ao controle dos preços dos produtos e serviços, as mercadorias principiaram a escassear e a sumir. Mercados paralelos floresceram e só pagando "ágio" era possível comprar as coisas. As exportações caíram, as importações aumentaram e as reservas cambiais foram esgotadas. A inflação disparou, os preços de combustíveis, bebidas, automóveis aumentaram consideravelmente. A economia entrou em colapso. Seis dias depois das eleições gerais no Brasil em 1986 o governo lançou o Plano Cruzado II.[11] Em 2005, José Sarney admitiu que o plano cruzado foi um erro."[12]
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