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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O acordo

- Alô! - Alexandre? - Presidente Michel, quanta honra. - Então meu amigo, como vai, muito trabalho? - Ah, presidente, muito trabalho, o senhor sabe que não é fácil governar esse país. - Sei sim, meu amigo, mas acho que você está fazendo um excelente trabalho. - Obrigado presidente. - Mas Alexandre, estou te ligando porquê estou aqui reunido com o sujeito. Ah, presidente, só de ouvir isso já sinto um mal estar. - Calma, Alexandre, o sujeito está aqui todo nervoso, quase chorando, porquê falou umas besteiras no dia 7/9, e está com medo de ser preso. - Eu já estou aquecendo a caneta, presidente. - Imaginei. Bem, o sujeito me pediu socorro, e por isso estou te ligando. - O que ele quer, presidente? - Ele quer garantir que não abrirá mais a boca para atrapalhar o seu governo, e em troca você permite que ele seja presidente de faz de conta até o fim do mandato, quando então o substituiremos pelo nosso chefe. - Amém. - O que foi? - Nada, é que eu sempre digo amém quando o chefe é mencionado. - Ah. - Mas presidente Michel, eu até posso aceitar o acordo se ele emitir uma nota rastejando prá mim. - Pode deixar, Alexandre, vou providenciar. - Então combinado, presidente. - OK, meu amigo, te aguardo em São Paulo semana que vem para um jantarzinho que vou oferecer. - Se puder estarei lá, presidente.

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