segunda-feira, 11 de julho de 2022
Brasil sempre pode contar com sua elite ... para destruí-lo
Lembro de 2002. Apesar de hoje sabermos que o PSDB é uma versão cor de rosa do PT, e da agenda do socialismo Fabiano, é fato que a partir de 1994 o país experimentou uma série de avanços, principalmente no campo econômico. Só que em 2002 o arcabouço nefasto que manda nos destinos do Brasil havia decidido que era a vez de Lula. O problema era que o povão não votava no Lula, então o que fazer? Através da mídia colocaram na cabeça da elite a seguinte percepção: não dá mais, tem que mudar. E num estalar de dedos muitos dos meus conhecidos viraram lulistas, repetindo este mantra. Eu questionava: mas exatamente o que não dá mais e exatamente o que tem que mudar? Não havia resposta, os lobotomizados da elite apenas repetiam: não dá mais, tem que mudar. Uma vez eleito, Lula comprou o povão com o bolsa família, e a elite que o elegeu em 2002 virou oposição, enojada com os escândalos de corrupção. Pois bem, eis que chegamos a 2022 e o cenário de certa forma se repete, o povão está com Bolsonaro, então Lula precisará novamente da elite. Eu não acompanho mais a mídia, então fico sabendo através de terceiros que o mote enfiado na cabeça da elite agora é o seguinte: Lula rouba, Bolsonaro mata. Este "mata" seria em função da forma de enfrentamento à Covid. Bem, no caso brasileiro as estratégias de enfrentamento foram delegadas (pelo STF) aos governadores e prefeitos. Mesmo assim, o número de mortes percapita do Brasil ficou muito abaixo de vários países ricos, mesmo tendo surgido aqui a variante mais agressiva (a de Manaus). Não faltou vacina para quem quis se envenenar, digo, vacinar, e o governo federal preservou empregos, renda, empresas, e promoveu uma recuperação da economia em V. Enquanto políticas petistas, implantadas, por exemplo, na Argentina, não reduziram mortes e aniquilaram a economia do país. Mas ... eu já aprendi lá em 2002 que pode até ser possível argumentar com uma parede, mas não com um representante da elite brasileira. A única forma de entrar na cabeça de um representante da elite é através de narrativa midiática.
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