sexta-feira, 19 de agosto de 2022
Flavio Gordon
Num de seus vídeos mais recentes, a professora de filosofia Bruna Torlay fez um paralelo muito interessante entre a democracia de salão da “República das Letras” do iluminismo francês e a democracia de gabinete da Nova República brasileira, dramatizada em eventos tais como a leitura da “carta pela democracia” na faculdade de Direito da USP e a pomposa cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lá como cá, a democracia jamais terá sido tão teatral, excludente e aristocrática, totalmente alheia — senão mesmo hostil — aos interesses do povo de carne e osso, que os philosophes iluministas chamavam pejorativamente de la canaille (“o populacho”), e o recém-empossado presidente do TSE gosta de tratar por “imbecis”.
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