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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Nova religião

Meu pai, com mais de 90 anos de idade, me conta como eram as coisas quando ele era mais jovem.

Uma das coisas que me contou é que os padres católicos dominavam a sua cidade e região com um poder que ditador nenhum possuiria. Imagino que o mesmo acontecia em outras cidades do país. Os padres católicos eram autoridade suprema, absoluta e inquestionável em qualquer assunto que envolvesse a comunidade. As famílias lotavam as missas, num silêncio respeitoso. As missas eram rezadas em latim, nenhum dos fiéis entendia nada de latim, mas como não entendiam o que o padre estava dizendo acreditavam que era algo muito profundo, divino, e mantinham sua fé fervorosa.

Aí veio o concílio vaticano II, e as missas passaram a ser rezadas no idioma de cada país. Meu pai conta que a sensação da população após assistir às primeiras missas rezadas em português foi: "é só isso?". E assim passaram lentamente a deixar de ir na missa, foram se afastando da igreja católica, e os padres perderam o poder e influência que tinham.

A partir dos anos 70 a igreja católica (pelo menos no Brasil) resolveu se transformar em aparelho comunista, e a coisa só piorou. Mas isso já é outra história.

Escrevo isso para fazer um paralelo com uma nova religião, surgida em 2010, e que está em franco crescimento - o Marinismo. Esta religiâo possui até uma santa viva - Marina Silva. A Santa, digo, Marina, diz coisas que são mais incompreensíveis que um discurso em latim. O povo não entende nada do que ela diz. E então lhe devota uma fé cega...

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