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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Febre amarela 4

O assunto está rendendo. Comento na sequência.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Febre amarela 3":

Notoriamente no Brasil, os casos de febre amarela são silvestres. Será que os imigrantes, vivendo clandestinamente nas matas, zonas rurais, estão incluídos no ciclo da doença? Em meio aos mosquitos, macacos e outros vetores, espalhando indistintamente a nossa epidemia da vez (a citar as de outrora: zika, dengue, chikungunya)? Será que essa informação é relevante e digna de ser mencionada? Será que os países europeus estão controlando/controlaram, de verdade, a procedência das correntes migratórias as quais foram alvo; estarão em risco iminente de uma grande peste? Será que devemos nos basear apenas no viés político/ideológico que norteiam nossos pensamentos e ações?
Essas barreiras invisíveis, esse maniqueísmo quixotesco, demodê e cafona, ainda está em voga? Tudo isso parece mais pano de fundo de um romance pré-moderno do século XIX, de um idealismo brega e pueril; ou de uma franquia cinematográfica conspiratória fracassada, do que algo que deve ser alardeado irresponsavelmente na grande rede.


Comento: imagino que seja o mesmo anônimo que enviou os três comentários sobre o tema. Se for, está melhorando. No primeiro comentário eu era um xenófobo, no segundo eu queria o extermínio dos imigrantes. Neste comentário atual, que parece mais enrolação confusa de quem não tem o que argumentar, o máximo que chega é "maniqueísmo quixotesco, demodê e cafona". Melhor que xenofobia e desejo de extermínio de semelhantes.

Mas vamos lá:

1. Bem observado, meu texto inicial se referia apenas à febre amarela. Mas, de fato, de onde vieram zika e chikungunya? É coincidência o fato de terem aparecido no Brasil junto com a abertura das fronteiras? Não estou afirmando que seja, ou não, apenas acho que o tema deveria ser debatido;

2. É muito delírio imaginar que um imigrante cruza a região amazônica, é contaminado, entra pelo Acre e ganha uma passagem de ônibus para São Paulo, é traz consigo a doença? É alucinação da minha imaginação imaginar esta possibilidade?

3. A Europa optou por cometer suicídio coletivo. Serve de parâmetro apenas se desejarmos o mesmo, ou seja, nosso auto-extermínio via imigração.

4. Onde estaria o maniqueísmo quixotesco dos meus textos?

5. Por quê nenhum dos comentários enviados oferece argumentos? 




Um comentário:

  1. Acho que tentar desqualificar a forma como alguém escreve não nos torna os detentores da verdade, tampouco parece honesto citar diferenças linguísticas de forma capciosa, posando com ar professoral com relação à forma como as coisas devem ser ditas. O argumento para quem não tem problemas com interpretação de texto foi dado no início: são casos silvestres, explicados de forma clara, disponível em qualquer veículo midiático. O Brasil que sedia Copa e Olimpíada tem condição de criar suas epidemias sem que para isso seja necessário recorrer à ajuda estrangeira ou propagar elucubrações de teor nacionalistas, transvestidas de argumento sólido como o item 2. do nobre blogueiro. O item 4. está em ver os fatos pelo prismas de doutrinas que já se confundem ou pereceram há tempos (socialismo/comunismo/capitalismo/ismos diversos), com exceção do niilismo. O que incomoda o blogueiro não é a doença, cuja explicação para propagação já foi citada, mas o fato das fronteiras estarem abertas para quem quiser entrar, como sempre foi, ainda mais para os oriundos de países bolivarianos, livres para experimentar esse nosso Éden tupiniquim, recheado de prosperidade e bem-estar. Não será mais plausível defender nossas fronteiras da entrada de armas e drogas que causam, comprovadamente, muito mais males do que o potencial conteúdo dessas conjecturas débeis? não são gigantes que você está vendo, apenas moinhos de ventos.

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