sexta-feira, 9 de julho de 2021
Do Augusto Nunes
Neto de austríaco e italiana, agora cismaram que devo pedir perdão aos brasileiros negros pelo que fizeram a seus avós os portugueses e ingleses traficantes de escravos (além dos africanos que abasteciam navios negreiros com a captura de integrantes de etnias hostis). Meus antepassados não incluem bandeirantes, mas cresce a pressão para que eu peça desculpas aos antigos donos da terra pelo que fizeram os conquistadores do Brasil, em parceria com tribos que tinham tanto apreço pelos vizinhos quanto pelo Bispo Sardinha. Não importa: se venho de europeus, sou fascista (e um genocida em construção). Devolvo tais exigências com a anotação recorrente: erro de destinatário. Mas jornalistas contrários à liberdade de imprensa não se rendem facilmente.
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