sexta-feira, 24 de abril de 2020
"Tem que se fo..der"
Ontem apanhei mais do que nadador da seleção brasileira tentando treinar.
Meu crime?
Escrevi na internet: uma fakenews da magnitude desta da demissão do Moro permite que crimes sejam cometidos no mercado de capitais, que cidadãos vejam suas poupanças destruídas, enquanto os criminosos enriquecem. Ao não desmentir de imediato a fakenews, o governo Bolsonaro se torna cúmplice desses crimes.
Vieram para cima de mim na linha do: "o governo tem mais o que fazer, não tem que ficar desmentindo fakenews. E quem acredita em fakenews e perde dinheiro tem mais é que se fo...der mesmo".
Bem, se o governo tem mais o que fazer, e não tem que ficar desmentindo fakenews (mesmo uma dessa magnitude), para que serve a área de comunicação do governo, paga por nós a peso de ouro?
O mercado de capitais é sensível a todo tipo de notícia, no mundo inteiro. E a falta do desmentido imediato do governo confere credibilidade à fakenews.
Além dos crimes no mercado financeiro, quando o desmentido finalmente aparece, uma ou duas horas depois, já foram criadas tantas narrativas que o desmentido não tem mais o poder de desfazê-las.
Mas é interessante a postura dos fãs do Bolsonaro, que vivem em permanente idolatria ao seu ídolo. O ídolo é sempre lindo, tudo o que o seu governo faz é perfeito, e todo o resto tem mais "é que se fo..der".
Está dando certo. O Brasil inteiro está sendo fo...dido como nunca antes na história, enquanto Bolsonaro se limita a se esconder atrás do discurso do "eu respeito a constituição". Sob aplausos da multidão de fãs.
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