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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comentário de um leitor

Recebi o seguinte comentário de um leitor que se identifica como T.1665, sobre o post "Abandono Afetivo": "Que absurdo, esse post! "Abandono afetivo" não é negar um pirulito. É negar a convivência! É simplesmente não estar presente na formação da criança. Incrível como alguns homens se sentem feridos no seu suposto "direito" de engravidar quem quiser e sair fora, com essa notícia. Se uma criança foi gerada, criança essa diplóide, há necessariamente dois seres envolvidos. Por que um desses seres tem o direito de simplesmente não estar nem aí para isso e seguir a vida? Tem coisas melhores para vc ficar estarrecido,amigo!" Comento: não publico comentários de petralhas aqui no blog. Contudo, este comentário não me parece ter sido enviado por um petralha. Parece ser apenas o comentário de uma pessoa ingênua. Vamos lá - primeiramente, concordo plenamente que há coisas melhores que isso para me deixar estarrecido, afinal é difícil pensar em algo pior do que este caso. É evidente que sei que, neste momento ao menos, a negativa de um pirulito ainda não serve para caracterizar abandono afetivo. O que o leitor parece não ter compreendido é que estamos em um processo, onde é preciso "avançar" sempre. Ou o leitor acredita que a coisa vai parar por aí? O leitor precisa entender o contexto brasileiro atual, no qual esta decisão judicial está inserida. Vivemos uma situação de avanço estatal sobre a esfera de privacidade das famílias. Sabemos onde isto começa. Não sabemos ainda onde termina. Mas podemos imaginar. Pode chegar o momento sim em que a negativa do pirulito pode ser justificada como causadora de danos psicológicos na formação da criança e, portanto, passível de indenização financeira. Num ambiente desses ter um filho é uma atitude de alto risco, pois uma postura paterna que hoje pode parecer absolutamente normal aos olhos da sociedade, daqui a 20 anos pode resultar em processo. Afinal, não sabemos como nossas cabeças iluminadas vão pensar e ver o mundo daqui 20 anos. O que sabemos é que estamos vivendo em um ambiente de asfixia das liberdades individuais e de contínua transformação dos cidadão em marionetes do estado. A criação de um abiente belicos entre pais e filhos já foi muito bem explorada por Stalin...

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