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quarta-feira, 23 de maio de 2012

A "mesa da globalização"

Há uma figura na qual já votei várias vezes, mas me arrependo de ter votado - o senador Pedro Simon. Simon tem umas 5 décadas de vida pública, mas sua trajetória é um completo deserto de idéias. São coisas da política. Se Simon tivésse feito carreira na iniciativa privada, onde é preciso apresentar resultados, talvez sua carreira não tivesse durado 1 ano. Contudo, na política, mesmo sem apresentar resultado nenhum, já são 5 décadas de emprego garantido. Na época da privatização da Vale Simon era contra, e subia à tribuna do Senado todos os dias para discursar contra. Na época seu argumento central era sempre o mesmo: "a Vale é a carta na manga que o governo possui para sentar na mesa da globalização e negociar numa posição de força. Não pordemos vendê-la". Nunca consegui entender o que ele queria dizer. Cada vez mais creio que era apenas barulho produzido pela boca do deserto de idéias. Mas parece que na visão de Simon era o fato de ser acionista de uma mineradora que permitiria ao governo brasileiro ocupar um papel estratégico no mundo...coisa de gagá. Mas, enfim, quase 20 anos se passaram e o Brasil, via Código Florestal (com veto ou sem veto) está abrindo mão de uma gigantesca parcela da sua área agrícola para plantar árvores. Árvores que irão melhorar a qualidade do ar que todos (de todos os países) respiram, já que a terra não é quadrada, como pretendia Lula. E aí? Algum representante do governo brasileiro sentou na "mesa da globalização" para negociar contrapartidas em função deste sacrifício que estamos nos auto-impondo? Não. Deve ser porque privatizamos a Vale...

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