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terça-feira, 8 de maio de 2012

"Veta Dilma"

Fui copiado numa corrente cujo assunto era "Veta Dilma". O texto da mensagem trazia a "reportagem" da Istoé da última semana. Istoé é aquela revista que, para sobreviver, já precisou receber adiantamentos publicitários da Petrobrás. Respondi ao remetente do e mail, com cópia para todos os que estavam na corrente, com duas perguntas básicas: a) quais são os artigos do novo código que permitirão a ampliação do desmatamento, b) qual outro país do mundo tem legislação ambiental tão rigorosa quanto o código florestal ora aprovado. Hoje a pessoa me respondeu com toda a sinceridade, dizendo o seguinte: "não sei responder às suas perguntas, só repassei o e mail porque achei que era uma causa bacana". Vivemos realmente a era da ignorância, e a internet infelizmente potencializou a multiplicação desta ignorância. Vivemos nas grandes cidades achando que comida brota nos mercados. Nunca, JAMAIS, nos damos ao trabalho de visitar as periferias das cidades para conhecer o trabalho dos pobres-diabos que possuem 2 ou 3 hectares de terra e que acordam as 3h da madrugada todos os dias para produzir feijão, alface, etc., em troca de uma remuneração que lhe garante uma vida quase miserável. Nós vamos até o Carrefour para comprar os produtos produzidos pelo pobre-diabo, sem nem saber que ele existe, e, com a boca cheia, saímos por aí arrotando "Veta Dilma". Se Dilma vetar, essas pequenas propriedades estarão extintas. Ah, se as coisas que a gente imagina pudessem se realizar na prática. Imaginem se os pobres-diabos das periferias urbanas, que produzem as comidas que enchem nossas panças, se desse conta do seu poder e resolvessem cruzar os braços por 6 meses...

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