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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Num país imaginário

Num país imaginário um partido revolucionário chegou ao poder e revolucionou os costumes. Até então o tal país havia sido sempre governado por amadores, e os amadores se contentavam em viver de esmolas dos empreiteiros corruptos. Mas com a chegada dos profissionais ao poder a situação mudou, e suas estrelas pensaram: "por que não sermos nós os donos da empreiteira?". E resolveram criar sua própria empreiteira para papar obras públicas superfaturadas e sem licitação. A empreiteira se chamou Beta. Só que os nomes das estrelas não poderiam aparecer na jogada, então precisaram de um laranja, e arrumaram um tal de Malandro Larangish para fazer o papel de dono da empreiteira. Mas eis que uma operação policial acabou por envolver a tal empreiteira em rolos, mesmo que sem querer. Assustados com a possibilidade (remota) de o esquema ser descoberto, as estrelas do partido governante, verdadeiros proprietários da Beta, mandaram o laranja "vendê-la" imediatamente para o frigorífico ABC. O frigorífico ABC é uma empresa que deve muitos favores ao partido governante. A missão do frigorífico ABC é ficar com a Beta até que as coisas esfriem e ninguém mais lembre do assunto. Depois disso a Beta será "revendida" para um outro laranja das lideranças revolucionárias, ou simplismente irá minguando (não terá mais contratos públicos), ao passo em que as lideranças criarão uma nova empresa - a Alfa - a qual se transformará na maior detentora de contratos de obras públicas da noite para o dia. O laranja da vez levará os amigos para participar de bocas livres na Europa...

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