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sábado, 5 de maio de 2012

Do Reinaldo Azevedo

"Rui Falcão, que já foi jornalista, mostra por que é hoje presidente do PT. Enquanto o segundo dia do seminário promovido pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais debatia liberdade de imprensa — e o presidente do Supremo, Ayres Britto, rechaçava qualquer controle do estado —, o petista defendia, num encontro partidário, um jornalismo que ficaria bem, deixe-me ver, na Coreia do Norte. Faz sentido! Ele está falando em nome de José Dirceu e de Kim Jong-Lula. O mais interessante no discurso de Falcão não é sua explicitude (a sua fala de ontem foi o “Garganta Profunda” — o filme — da defesa da censura), mas o que esconde. E o que esconde? A banda do PT em nome da qual ele fala decidiu constranger a presidente Dilma Rousseff. Ela já disse mais de uma vez que o único controle de imprensa que admite é o “controle remoto”. Embora o governo federal financie, sim, por meio de anúncios da administração e de estatais, aquela rede da Internet encarregada de atacar oposicionistas, ministros do Supremo e a imprensa independente, a presidente tem resistido às investidas dos radicais para criar o controle estatal da informação. Entenderam? À falcoaria, não interessa apenas financiar o jornalismo que puxa o saco do poder — coisa de países com déficit democrático; é preciso também censurar a imprensa que vigia o poder, e isso é coisa de ditaduras."

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