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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Uma sociedade quase à prova de choques

Vivemos em uma sociedade quase à prova de choques. Passamos, de certa forma, a encarar tudo como normal.

No aspecto sexual/comportamental, situações que até poucos anos atrás nos chocavam, já são percebidas como normais. "Pensadores" do ocidente já se articulam para que aquela que talvez seja a última fronteira - a pedofilia - passe também a ser percebida como normal. É tarefa para uns 20 anos, creio.

O maior esquema de corrupção da história não nos choca mais.

Um governo incompetente e corrupto não nos choca mais. Pelo contrário, até votamos para que continue.

A discussão sobre a volta da censura não nos choca mais. Há 20 ou 30 anos chocaria.

60 mil assassinatos por ano não nos chocam mais.

Uma criminalidade fora de controle não nos choca mais.

Atentados terroristas não nos chocam mais.

Um ministro que só fala em aumentar impostos não nos choca mais.

O Irã atômico não nos choca mais.

Enfim, de certa forma nos tornamos uma sociedade indiferente às barbaridades, achamos tudo normal, e seguimos nossas vidas como se nada estivesse acontecendo.

Ou melhor, tem uma coisa que ainda consegue chocar a sociedade - uma opinião fora do consenso. Numa época em que tudo, por mais absurdo que seja, parecer ser normal, basta uma opinião fora do consenso para gerar ondas de choque na sociedade, e desencadear um processo de exclusão social do autor da opinião.

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