Quando pela primeira vez um europeu comprou um escravo na África, já fazia um milênio que os habitantes daquele continente eram aprisionados, escravizados, vendidos e capados pelos muçulmanos, e dois milênios pelas próprias tribos e nações negras. Durante todo esse período, jamais se revoltaram em massa e não consta sequer que a idéia de abolir a escravatura tenha passado pelas cabeças, seja dos senhores, seja dos próprios escravos. Trazidos para o Ocidente, ao fim de dois ou três séculos estavam todos libertos e a noção mesma da escravidão condenada como crime hediondo. Não mostram nenhum ressentimento contra seus antigos escravizadores negros e muçulmanos, mas um ódio crescente contra os brancos ocidentais, e a idéia de exterminar por completo a raça branca começa a parecer bem razoável a muitos intelectuais e líderes negros na América.
Se não há algo de monstruosamente errado em tudo isso, não sei o que significa a palavra “errado”.
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