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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Datena

No sábado, em Porto Alegre, condenado por meu pai a assistir a programação televisiva, assistíamos juntos ao programa do Datena, na Band.

A Band, aliás, parece um canal mais estatizado do que a TV Brasil ... os intervalos comerciais são dominados pelo Banco do Brasil, pela Caixa, pelos Correios, pelo Ministério da Educação, etc. (e o telejornal da emissora é um oferecimento da Petrobrás...). Mais independente impossível...

Mas, enfim, o Datena é uma verdadeira metralhadora de bobagens. Fala idiotice sobre tudo, com a certeza da incapacidade crítica de quem está assistindo. É uma espécie de Lula da TV, tem explicação idiota para qualquer tema.

Ao longo do programa, por várias vezes, Datena falou que "o trabalhador Brasileiro ganha uma merreca". Talvez Datena ache que salário bom é o que se paga na China... Aliás, fico com uma dúvida - quando Datena vai ao shopping ele compra o produto made in Brasil ou compra o produto made in China (mais barato)?

Consta que Datena recebe mais de R$200 mil por mês. É uma fortuna. Mas por que é uma fortuna? Pelo seu poder de compra, R$200 mil compram muita coisa, e permitem ao Datena uma vida nababesca.

Mas imaginemos que Datena fosse eleito presidente e decretasse que nenhum trabalhador brasileiro poderia ganhar mais uma merreca. Imaginemos ainda que o justiceiro social Datena decretasse que o salário mínimo passava a ser R$5 mil. Com encargos sociais, R$10 mil por mês. Imaginem quanto custaria um jantar, ou qualquer produto feito no Brasil. Uma fortuna, para conseguir pagar este salário.

Neste caso, não sobraria um só emprego no Brasil (só os empregos públicos), todos seriam exportados para a Ásia, ou até para a Europa. E Datena, agora presidente, produziria uma situação em que o salário de todo mundo no Brasil é ótimo, mas ninguém tem emprego.

Imaginemos então que o presidente Datena fechasse as fronteiras do Brasil, e não permitisse mais a entrada de nenhum produto importado (seria uma versão de Cristina Kirshner com barriga). Neste caso, o preço dos produtos feitos no Brasil seria tão alto, que o salário mínimo de R$5 mil não compraria nada. Até os R$200 mil mensais do Datena teriam que ser reajustados para uns R$2 milhões mensais, para manter o mesmo poder de compra de antes. E o presidente Datena olharia aquela multidão de assalariados ganhando R$5 mil por mês, sem poder de compra nenhum, e concluiria: "o trabalhador brasileiro ganha uma merreca".

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