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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Falando sobre futebol

Leiam notícia que saiu na internet agora à tarde. Comento na sequência:

"RIO - Reunidos com o presidente da CBF, José Maria Marin, os dirigentes dos 20 clubes que disputam a série A do Campeonato Brasileiro decidiram na tarde desta segunda-feira pelo fim dos clássicos regionais nas últimas rodadas da competição.

Em 2011 e 2012, os duelos locais encerraram o primeiro e o segundo turno do Campeonato Brasileiro. Agora, o departamento técnico da CBF será orientado a elaborar uma tabela sem os clássicos.

De acordo com o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, a decisão de acabar com os clássicos nas rodadas finais foi tomada por votação. "Os clubes concordaram. Foi uma manifestação democrática da CBF", disse o mandatário do clube mineiro.

Também foi apresentada, durante a reunião, uma proposta de mudança no horário dos jogos. Mas os clubes concordaram em deixar a decisão a cargo da TV Globo, detentora dos direitos de transmissão. O executivo da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, participa do encontro. "Os clubes estão satisfeitos com os horários", disse o presidente atleticano."


Comento: com tantos problemas no Brasil e no mundo, com comunistas assumindo o controle, com terroristas desenvolvendo bombas atômicas, problemas do futebol são irrelevantes. Mas, como vi a notícia acima por acaso, vou comentar.

Aprendi a gostar de futebol e a torcer pelo Internacional assim que me conheci por gente. É como se a paixão tivésse nascido impreganada no meu DNA. Na segunda metade dos anos 80 e durante os anos 90 o lugar para me encontrar em todos os domingos à tarde era no estádio Beira Rio. Eu respirava futebol.

Com o tempo, principalmente em anos recentes, o interesse foi diminuindo. Os salários pagos aos jogadores, para se arrastarem em campo, ficaram altos demais, o amor dos atletas pela camisa acabou, e a própria qualidade do espetáculo foi ficando progressivamente muito ruim. O último jogo de futebol que assisti inteiro foi a final do campeonato mundial de 2011, entre Barcelona e Santos. E depois que a gente vê o Messi jogar, fica difícil engolir o futebol jogado pelos nossos "craques" milionários.

Além desses problemas, alguns poucos contatos periféricos com pessoas ligadas ao meio esportivo foram suficientes para me mostrar uma pequeníssima parte da estrutura de corrupação que vigora no futebol brasileiro. Se o negócio é uma roubalheira, cheio de gente se dando bem, que graça tem torcer?

No campeonato Brasileiro de 2009 Grêmio e Corinthians entregaram abertamente seus dois últimos jogos para o Flamengo, fabricando assim o campeão daquele ano. Fizeram isso para tirar a possibilidade de o título ir para os rivais Internacional e São Paulo.

A coisa foi tão descarada que a CBF mudou a regra para o campeonato Brasileiro - os jogos finais de cada turno passaram a ser clássicos, e em clássico é muito difícil um adversário entregar o jogo para o outro. Mas, com isso, deve ter ficado mais difícil manipular resultados e acertar o campeão de cada ano. Assim, conforme notícia acima, CBF e dirigentes se reuniram e simplesmente acabaram com a regra que dificultava a "entrega" de resultados decisivos.

Já na questão de horário dos jogos (e quantos torcedores topam ficar acordados até a meia-noite das quartas-feiras para ver futebol ruim?), os altivos dirigentes preferiram deixar o assunto para a Globo decidir...

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