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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Militares

O trecho abaixo é de uma matéria do Correio Brasiliense. Comento na sequência:

"Baixa remuneração e demora de ascensão na carreira estão entre os motivos para a fuga de oficiais formados em escolas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O setor privado e até o serviço público estão mais atraentes. A debandada de especialistas preocupa as Forças Armadas.

Enquanto o governo brasileiro centra as atenções da Estratégia Nacional de Defesa no reaparelhamento do Sistema de Defesa Nacional, as Forças Armadas se deparam com uma evasão sem precedentes em seus quadros técnicos. A elite dos oficiais formados nas escolas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica está optando cada vez mais por deixar a vida militar em busca de melhores salários e oportunidades de crescimento profissional na iniciativa privada e no funcionalismo público civil. Só em 2012, 245 oficiais militares deixaram as instituições. É como se um oficial deixasse o contingente militar brasileiro a cada dia útil do ano. Foi o maior volume de pedidos de demissão registrados entre militares do círculo de oficiais desde 2006. Só nos primeiros três meses deste ano, o Diário Oficial da União registrou a saída de outros 54 oficiais. "

Comento: segundo o diagnóstico, grana é o principal fator responsável pela debandada de oficiais das forças armadas. Creio que este diagnóstico vem bem a gosto do atual comando das forças armadas, que deseja soldos cada vez mais polpudos, em troca da manutenção mensal dos seus traseiros em almofadas fofas das poltronas dos quartéis.

Creio que o problema não seja só grana. Começa pela questão da vocação, e o mesmo problema afeta professores, policiais, médicos, bombeiros, etc. Ou seja, algumas profissões dependem muito de vocação. Quem ingressa numa dessas carreiras com foco exclusivamente em grana já está se condenando a quebrar a cara. Ou alguém ingressa nos quadros das forças armadas esperando  ficar rico?

Mas, imagino até que a questão falta de vocação não seja o principal problema. Pode até ser que o principal problema seja excesso de vocação. Explico - durante muitos anos da minha vida sonhei em ser militar. Mas, na hora de efetivamente escolher a profissão, optei por outro caminho. Graças a Deus. Os quartéis das forças armadas se transformaram em verdadeiros favelões, onde não existe dinheiro nem para munição. Os treinamentos, manobras, e o próprio quadro foram substancialmente reduzidos, também por falta de dinheiro. Os equipamentos militares não seriam aceitos nem por um ferro velho. A única coisa que cresce nos quartéis é a barriga dos oficiais osciosos. Além disso, mesmo com o país sendo dilapidado os militares só movimentam seus braços preguiçosos para bater palmas para petistas. Qual militar vocacionado tem estômago para aguentar isto? Assim, só os vermes vão ficando, e ascendendo na hierarquia.

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