Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pesadelo

No final de 2007 a senadora Kátia Abreu liderou brilhantemente a derrubada da CPMF no senado, e se posicionou definitivamente como uma das mais aguerridas opositoras ao PT. Duas noites depois, por coincidência, jantamos no mesmo restaurante, sentados lado a lado, e conversamos. E a senadora me disse que a partir daquele momento o PT nunca mais conseguiria aprovar um aumento de impostos no congresso.

Desta janta me recordo que enquanto eu e a senadora conversamos descontraidamente, seu acompanhante naquela noite, Jorge Bornhausen, fazia uma cara de nojo. Ou seja, ali estava um entusiasta do DEM (eu), mas como não era período eleitoral Bornhausen fazia cara de nojo para a minha intromissão. Se fosse período eleitoral ele provavelmente me daria tapinha nas costas...já o PT aprendeu que campanha se faz o tempo todo, não só em período eleitoral.

Fico imaginando a situação se ao sair daquele restaurante em dezembro de 2007 eu tropeçasse numa pedra, batesse a cabeça no chão, e entrasse num coma para só despertar agora em fevereiro de 2015, e descobrir que Katia Abreu é ministra de Dilma, e já declarou que o seu apoio à presidente é incondicional, ou seja, a presidente pode cometer qualquer barbaridade no exercício do cargo que seguirá contando com o apoio de Katia.

Vou retroceder mais, vou lá para 1983, 1984 ou até para 1992, e imagino a cena da queda se repetindo, e volto a despertar somente em fevereiro de 2015, para encontrar os petistas e os jornalistas petistas se desdobrando para defender e justificar operações da Camargo Correa, da Odebrecht, da Andrade Gutierrez...

Em qualquer dessas duas situações eu pediria para voltar ao coma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário