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domingo, 6 de agosto de 2017

De Theodore Dalrymple

Sob a capa da similaridade cultural com as massas e do sentimento democrático, a nova elite vive uma vida tão distante da vida da grande maioria das pessoas do que a vida da aristocracia jamais esteve; na verdade, mais distante, na medida em que a aristocracia tinha que lidar com pessoas comuns em suas propriedades. Não foi por coincidência que o Sr. Tony Blair foi ao mesmo tempo o mais populista e o mais distante e inacessível dos primeiro ministros modernos.

Um elitista populista como a Sr. Blair não pode admitir em público, e talvez nem para si mesmo, que deseja acima de tudo viver no puro luxo, de modo tão diferente quanto possível das pessoas comuns, entre os ricos e famosos, de preferência sendo ele mesmo rico e famoso. Isso significa que ele tem de dar à sua ambição um verniz de propósito social e, ao fazê-lo, nega sua essência mesma, seu fons et origo. Uma retórica sobreaquecida, contorcionismos intelectuais e muitas formas de desonestidade são o resultado inevitável.

O sentimentalismo de massas ê um brinquedo nas mãos dos elitistas demóticos, que são uma elite apenas em sua disposição superior de recorrer às negras artes da manipulação e das disputas burocráticas.

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