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quarta-feira, 6 de maio de 2020

O novo povo


Foi a partir do fim dos anos 50 que a esquerda europeia percebeu que o seu motor da revolução proletária, o operário, estava feliz com sua vida no capitalismo, queria ser deixado em paz e adquirir mais bens. Como estratégia de sobrevivência, a esquerda teve que ampliar seu leque de causas e buscar novos revolucionários, para substituir o operário, considerado muito conservador.

Com a ampliação do leque de causas, a esquerda passou a falar de gayzismo, racismo, ecologia, multiculturalismo, feminismo, liberação de drogas, enfim, ideologizando praticamente todas as esferas da nossa vida e transformando-a no verdadeiro inferno que vivemos hoje.

E o novo "revolucionário" foi encontrado na juventude "filhinho de papai" da classe média.

Com o passar das décadas, o novo "revolucionário" e suas causas chegaram ao poder em praticamente todos os países do ocidente, usando então o poder estatal para acelerar o processo de extermínio da civilização ocidental.

No Brasil, me parece, a substituição do "revolucionário" aconteceu mais tardiamente. Até pouco tempo atrás, durante o governo Lula, pobre na rua era a coisa mais linda do mundo, a democracia em seu esplendor.

Ocorre que agora a maior parte do povo pobre apoia Bolsonaro. Passei a semana em Brasília e pude acompanhar a total falta de recursos da maior parte das pessoas que chegavam para se manifestar. E então esse povo passou a não servir mais, passou a ser "miliciano", "fascista", e sua presença nas ruas passou a ser "ameaça à democracia".

E onde a esquerda foi buscar seu novo público? Na classe média alta e na classe alta. No pessoal com grana suficiente para propagar o discurso do "fique em casa", sem sequer fazer ideia do que é a vida de um pobre. No pessoal limpinho, cheiroso e perfumado que não gosta do Bolsonaro porquê ele fala errado, porquê é espontâneo, foge do politicamente correto e às vezes parece truculento. O pessoal, enfim, que se "informa" pela Globonews ou pela CNN.

Quando ocorrerem novas eleições no Brasil, são a classe média alta e a classe alta que votarão em massa no candidato apresentado pelo establishment esquerdista.



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