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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Do Felipe Moura Brasil

Para quem chegou à realidade agora (ou está na beirada, pensando se vale a pena entrar), aviso: era uma vez um bando de gente que prometia um mundo melhor no futuro glorioso. Em nome do mundo melhor no futuro glorioso, admitia e cometia um monte de atrocidades no mundo real do presente. Esta gente dominou alguns países e matou mais de 100 milhões de pessoas para atingir aquela glória que nunca chegou.

Um dia, resolveu aprimorar suas táticas e, em vez de conquistar o poder pelas armas, passou a dominar a cultura: escolas, universidades, mídia, show business, mercado editorial. Assim, poderia espalhar somente as ideias que lhe interessavam, de modo a fazer as pessoas já crescerem pensando e falando de acordo com a sua cartilha, bem como demonizando seus adversários, para que depois elegesse espontaneamente seus representantes.

Ah, esqueci de dizer que, como os operários adoraram as benesses do capitalismo (nem aí para a dita opressão por parte dos patrões burgueses malvados), aquela gente precisou criar novas classes de vítimas, como por exemplo os negros, índios, gays, mulheres e até o planeta (além de drogados, delinquentes, assassinos, prostitutas), em nome dos quais, mais uma vez, todas as atrocidades seriam admitidas e cometidas – e ai de quem apontasse essas atrocidades! Seria logo considerado um odiento ofensor de negros, índios, gays, mulheres e até do planeta, merecendo mais atrocidades ainda.

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