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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A voz do Zezé de Camargo

Acumulação e transmissão de conhecimento era um dos pilares da civilização. Já ruiu. Universidades não transmitem mais conhecimento nenhum, e isso é óbvio para qualquer um que as frequentou na última década, ou para aqueles que recrutam trainees nas universidades. Se transformaram em meros centros de doutrinação. As públicas também são centros de vida mansa para os professores, e as particulares são centros de enriquecimento acelerado dos seus proprietários. Mas nada de conhecimento.

Isto é público, notório. Mas mesmo assim as famílias continuam sonhando e se sacrificando para enviar seus filhos para universidades, muitas vezes pagando mensalidades absurdas.

Parece que estou vivendo numa realidade paralela. Que sentido faz enviar um filho para a universidade? Principalmente se depender de sacrifícios financeiros?

É como a voz do Zezé de Camargo. Faz anos que ele perdeu a voz, mas todo mundo age como se nada tivesse acontecido, é um tabu. E ele segue com sua carreira como se estivesse com a mesma voz de sempre.

Este mundo moderno enlouqueceu, e quem ainda mantém sua sanidade tem a sensação de viver em realidade paralela.

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