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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Imprensa e fake news

Estou lendo o livro 1932 São Paulo em Chamas, sobre a revolução constitucionalista. Ainda estou na metade, mas não estou achando o livro muito bom, me parece que é mais um aglomerado de fatos históricos, sem muito preocupação com a coerência narrativa.

Mas lá vi um fato interessante. Durante a breve revolução de 1932 as forças paulistas eram derrotadas em todas as frentes (uma pena, afinal a causa era justa). Contudo, na imprensa paulista a revolução era um sucesso, os paulistas venciam em todas as frentes e conquistavam tanto território que, se todas as "vitórias" fossem contabilizadas, faltaria Brasil, os revolucionários já estariam conquistando as nações vizinhas.

Desta forma, a única maneira da população paulista saber a verdade do que acontecia nas frentes de batalha era através do boca a boca (não havia internet nem redes sociais à época).

Assim, os periódicos paulistas começaram a trazer nas suas capas um selo com os seguintes dizeres:


Os "boateiros" de hoje são as pessoas que dizem verdades nas suas redes sociais. Como em 1932, são perseguidas. Ainda não se pede cadeia para elas, mas é só uma questão de tempo.

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