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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A volta do sem escrúpulos

No segundo semestre de 1994 Rubens Ricupero era o ministro da fazenda do Brasil. Arrogante e cheio de si, confessou ao jornalista Carlos Monforte - "eu não tenho escrúpulos". Ele só não sabia que a câmera já estava ligada, e que sua fala tinha sido transmitida. Depois, pateticamente, ele tentou explicar que não era bem assim, mas não adiantou. FHC liderava as pesquisas para a eleição presidencial, e a imprensa viu no caso Ricupero uma chance de tirar a liderança de FHC e passá-la para o segundo colocado, Lula. Portanto explorou o caso ao máximo, e Ricupero acabou caindo.

Faltavam alguns meses para o fim do  governo Itamar Franco, e o cargo de ministro da fazenda não poderia ficar vazio. Foram então buscar nos quadros do PSDB um nome para ocupar o cargo, e acabaram trazendo para o cenário nacional o até então desconhecido Ciro Gomes. Gomes se tornou nacionalmente conhecido, e causa estragos até hoje. Se a cada quatro anos vivemos sob o risco da eleição de Ciro Gomes, e consequente destruição do Brasil, devemos isso também à imbecilidade e arrogância de Rubens Ricupero.

Mas Ricupero é esquerdista, social democrata, o tempo passou, ninguém mais lembra do que ele disse em 1994, e agora ele é útil para a imprensa, para criticar Bolsonaro. Fui ao banco na hora do almoço e lá me deparei com um exemplar do jornal comunista Valor Econômico, com a seguinte manchete:


O sem escrúpulos agora virou juiz do linguajar dos outros.

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