Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Caminhos sem volta

Há algumas escolhas na vida que, no meu entender, levam a caminhos sem volta.

Quando a primeira notícia sobre o caso Queiroz apareceu na mídia, lá no início de dezembro, fiquei com a sensação de que os Bolsonaros, pai e filho, fizeram escolhas erradas, que levaram a caminhos sem volta. Escrevi aqui neste blog vários posts na linha "governo Bolsonaro acabou antes de começar". Desde então, até o momento, os acontecimentos têm me dado razão.

Quando o caso surgiu na mídia, os Bolsonaros deveriam ter reagido da seguinte forma:

- Flavio Bolsonaro deveria imediatamente ter vindo a público assumir a culpa, mostrar arrependimento, arrumar alguma justificativa, e dizer que estava à disposição das autoridades para as consequências que fossem cabíveis. Pronto, o assunto teria morrido ali. A mídia ainda falaria por uns dois ou três dias, e pronto, morreria. Mataria o caso na fonte e preservaria o seu pai.

- Jair Bolsonaro deveria ter vindo a público fazer um pronunciamento forte, dizendo que corrupção não seria tolerada, nem que envolvesse membros de sua família. Que o Brasil não aguentava mais corrupção, e que ele havia sido eleito justamente para mudar esta realidade, e que portanto ele tinha um compromisso com o povo, e iria honrá-lo.

Mas não. Ambos adotaram a estratégia da negação, da acusação de que se tratava intriga da oposição, de uso político do COAF e, pior, abandonaram seu contato direto com o povo através das redes sociais, deixando o campo da informação totalmente livre para a mídia tradicional, e suja, apresentar sua versão dos fatos.

Desde então, quem tem olhos vê o nome Bolsonaro, e o governo Bolsonaro por consequência, sendo destruídos publicamente e diariamente.

E com isso o Brasil foi condenado junto com eles. Como já escrevi aqui, a reforma da previdência já era. Fraco e sem contato com o povo, Bolsonaro não conseguirá aprová-la no congresso. Além disso, o processo permanente de destruição do nome Bolsonaro poderá trazer a esquerda de volta ao poder em 2022, desta vez nos braços do povo.

Há um bocado dos chamados "bolsominions" que não enxergam nada disso. Mas essas pessoas não são suficientes para vencer uma eleição.


Nenhum comentário:

Postar um comentário