Fato 1 - Rússia disse que vai montar uma base militar na Venezuela, também reequipar as forças armadas venezuelanas.
Fato 2 - Em entrevista Bolsonaro disse que caso essas ameaças se confirmem, avaliará a possibilidade de aceitar uma base militar americana em território brasileiro. Afirmação bastante válida no jogo de xadrez internacional.
Os fatos acabam aí. Não sabemos se a Rússia cumprirá o que disse, e não sabemos se, em caso positivo, Bolsonaro também cumprirá o que disse. Por enquanto é só jogo de posições.
Mas aí começou o festival de asneiras, muitas delas partindo, infelizmente, de militares brasileiros, que falaram em off, já puxando o tapete do presidente neste jogo de xadrez internacional.
Comento algumas:
- O Brasil deve reequipar suas próprias forças armadas para enfrentar esta ameaça, e não recorrer a americanos.
Comento - o Brasil nunca teve forças armadas à altura de confrontos internacionais. Nunca. Na guerra do Paraguai demoramos 5 anos para derrotar o pequenino Paraguai, mesmo contando com apoio da Argentina e do Uruguai. Na segunda guerra mundial nossa participação foi um pastelão, e a história está narrada no livro A outra face da gloria, de William Waack. Quantos bilhões de dólares custaria para preparar nossas forças armadas, e de onde sairia este dinheiro?
- Aceitar uma base americana em nosso território significaria abrir mão de nossa soberania.
Comento - existem dezenas de bases militares americanas espalhadas pelos países da Europa, pelo Japão, Coreia do Sul, e outros locais. Não tenho a informação de que algum desses países abriu mão de sua soberania.
- Não elegi Bolsonaro para ele entregar o Brasil para os americanos.
Comento - Ok, elegeu Bolsonaro para sabotá-lo enquanto ele joga o xadrez internacional de interesses.
domingo, 6 de janeiro de 2019
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