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sexta-feira, 1 de março de 2013

Obrigar, não obrigar

Há anos o estado me obriga a andar de cinto de segurança na cidade. Eu acho um absurdo. Ao dirigir sem cinto a única vida que coloco em risco é a minha própria. Esta decisão (correr ou não correr o risco) deveria ser minha, não do estado tutor. Pior ainda, ao meu lado no trânsito andam motociclistas e passageiros de ônibus, todos sem obrigação de usar cinto de segurança. Hipocrisia.

Mas os comunas,  os jornalistas e os "bem pensantes" não protestam conta a obrigatoriedade de dirigir de cinto.

Recentemente o estado de São Paulo (cujo governo é oposicinha ao PT e, consequentemente, tem a antipatia da imprensa) implementou a obrigatoridade da internação dos viciados em crack para tratamento. O viciado em crack não é mais dono da sua consciência, das suas decisões. É um mero escravo da droga.

Foi o que bastou para os comunas, os jornalistas, os "bem pensantes" e os defensores públicos de São Paulo colocarem seu bloco na rua afirmando que isto é uma intervenção absurda na esfera privada das pessoas.

Então é assim: não sou bêbado nem drogado, mas os "bem pensantes" concordam que eu não tenho capacidade para decidir se dirijo com cinto ou sem. É preciso que o estado decida por mim.

Já os drogados, escravos da droga, para os "bem pensantes" estão absolutamente aptos a decidirem se desejam ou não serem tratados.

Alguém consegue explicar o que há dentro da cabeça de um "bem pensante"? Eu só suspeito...

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