Ontem teve protesto violento nas ruas de Barcelona. A
esquerda se apropria de qualquer causa, do separatismo à ecologia, do
homossexualismo à defesa do “pacifismo” do Islã.
Como sempre, a manifestação era composta basicamente por
jovens, dispostos a quebrar tudo que várias gerações antes deles trabalharam
duro para construir.
Fico pensando se há alguma esperança para a humanidade, e
tendo a concluir que não.
O homem saiu das cavernas, sem nada a não ser seu cérebro. E
com sua inteligência e seu trabalho construiu algumas sociedades tão
desenvolvidas e prósperas que seus antepassados não seriam sequer capazes de
imaginar como algo divino. Pois é justamente nessas sociedades que representam
o ápice das conquistas humanas até aqui que o discurso radical é produzido e se
manifesta com força.
Como exemplos para a humanidade são oferecidos os grupos
humanos que pouco avançaram na escala da civilização, aquelas sociedades em que
o maior desafio de cada dia ainda é encontrar o que comer para se manter vivo.
Se você é um empresário americano ou um rico executivo
europeu, que trabalha e produz riqueza, e vive com o conforto que seu trabalho
lhe permite, você é um lixo, um verme, o alvo a ser exterminado. Já se você é
um índio da Amazônia, ou um nativo de uma tribo no interior da áfrica, você é o
exemplo a ser seguido. E é provável que os filhos do empresário e do executivo
citados anteriormente, concordem com isso. E estejam pelas ruas do mundo
contribuindo com seus músculos para “quebrar tudo”. Sem abrir mão do carro, do
computador e do celular, claro.
Onde se criou prosperidade, surge o discurso da “injustiça
social”. Para eles, “justiça social” é todo mundo vivendo no mesmo padrão de
miséria.
A natureza não tolera o fracasso. Se um animal está fraco
para caçar, ele morre. Só o melhor sobrevive. Como a natureza não age
diferentemente para com os humanos, é possível prever que está condenada à
morte uma civilização que cada vez mais exalta o atraso e se envergonha do
progresso.