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quarta-feira, 19 de março de 2014

De Jeffrey Nyquist

Os analistas da grande mídia estão chocados com o reinício da Guerra Fria; enquanto isso, alguns de nós concluímos há tempos que a Guerra Fria jamais acabou. Os comunistas soviéticos continuam a governar usando a “espada e o escudo” da KGB no meio das sombras. Eles continuam a apoiar os comunistas mundo afora. Após 1991, Moscou fomentou o esforço militar comunista em Angola (contra Jonas Savimbi) e obteve sua vitória definitiva em 2002. Mesmo agora os russos continuam a apoiar os comunistas angolanos (v. Surfing Russia’s Military Cooperation With Angola). Moscou também continua a dar apoio à tomada da Venezuela por Cuba, além de ter ajudado a Nicarágua a construir sua força militar (v. Russia plans to add military bases in Nicaragua, Venezuela, other countries). Além disso, existe a aliança da Rússia com a China comunista (v. Why a Russia-India-China alliance is an idea whose time has come). A Rússia tem apoiado a causa comunista na África, América do Sul e Ásia desde 1991 sem que qualquer um no Ocidente fizesse qualquer objeção. Por que eles fazem isso então? Seria porque eles desistiram do comunismo em 1991?


Enquanto isso acontece, devemos saber que não estamos lidando com a Federação Russa. Não, não, não e não. A dita Federação Russa é uma fachada do Partido Comunista da União Soviética para ganhar confiança dos seus inimigos – para depois providenciar a destruição deles. As palavras de Josef Mackiewicz mantêm-se verdadeiras hoje tanto quanto trinta anos atrás quando foram escritas. É um erro capital, disse Mackiewicz, tomar a União Soviética como a velha Rússia. E isso é exatamente o que estamos sendo encorajados a fazer. Os eventos de 1989 foram uma provocação. Os eventos de 1991 foram uma provocação. Os eventos de 2014 são uma provocação. “O comunismo internacional, cujo quartel general está em Moscou, não é um ‘imperialismo’ dentro das definições comuns da palavra, mas um esforço para dominar o globo, o mundo inteiro, todas as nações, para assim forçar o mundo a adotar o sistema totalitário comunista”, escreveu Mackiewicz. Se não entendermos isso, não entenderemos nada. Lênin não foi enterrado; os comunistas na África recebem suprimentos militares da Rússia e da China enquanto estas palavras são escritas. Os comunistas latino-americanos também têm recebido assistência de Moscou. Quando Putin visitou Cuba alguns anos atrás, perguntaram-lhe se ele era comunista. Ele disse: “se for, não preciso ficar dizendo”. (N.T.: Na mídia em inglês o termo usado foi “Call me a pot, but heat me not”. Algo como “Me chame de panela, mas não me aqueça”, uma charada.)

Que tipo de político dá esse tipo de resposta a uma pergunta direta? “O comunismo internacional em sua presente forma é um tipo de PESTILÊNCIA psicológica”, escreveu Mackiewicz, “e nenhum fator econômico ou nacional tem a ver com isso. Liberdade, a verdadeira, aparece apenas quando se derruba o comunismo e se destrói seu sistema, independente da língua que ele adota”. Não importa se a KGB é chamada de FSB ou se a URSS é chamada de Comunidade dos Estados Independentes ou se Putin prefere ser chamado de Panela – desde que não esquentem ele. Putin é um comunista e a Federação Russa é uma formação comunista. As estruturas governamentais da ex-União Soviética são comunistas, seus objetivos ainda são comunistas e seus métodos ainda são comunistas. Os desafortunados contrarrevolucionários da América que estão perante a probabilidade de uma imposição comunista em seu próprio solo não fazem ideia do que estão lidando. Mesmo que eles tomem Putin por ditador, dificilmente eles podem esperar conseguir entender as armadilhas comunistas nas quais eles todos caíram.

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