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sábado, 6 de janeiro de 2018

A verdade oficial

Vi hoje cedo no noticiário que por solicitação do ministro malucão Luis Fux foi criada uma força tarefa de funcionários públicos, a qual terá a missão de determinar, durante o período eleitoral, o que é notícia falsa e o que é notícia verdadeira.

Assim, o malucão Fux dá continuidade ao que foi criado por Dilma, ou seja, o estabelecimento da verdade oficial no Brasil.

Tenho algumas perguntas para o malucão (que não serão respondidas):

1. Funcionários públicos no Brasil não conseguem executar a contento nem as mais elementares tarefas que lhes são designadas, como, por exemplo, saúde, segurança e educação. Pelo contrário, essas atividades, sob a responsabilidade de funcionários públicos, se convertem na visão do inferno em plena terra. São esses produtores de ineficiência e desastre em escala industrial que julgarão o que é verdade e o que é mentira?

2. O judiciário brasileiro é uma espécia de poço sem fundo, onde os processos se arrastam por décadas. Mesmo assim, poderá ceder membros para determinarem o que é verdade e o que é mentira? Bem, se esses membros trabalharem na velocidade normal do judiciário, as definições sobre o que é verdade ou mentira em 2018 sairão lá pela ... eleição de 2050... Se assim não for, será a demonstração de que o judiciário considera mais relevante julgar verdades e mentiras do que, por exemplo, julgar homicídios;

3. Esses sábios dominarão todos os campos do conhecimento humano?

4. Se uma notícia afirmar, por exemplo, que os salários de funcionários públicos são absurdamente altos, que muitos juízes e procuradores recebem acima do teto constitucional, e que todos se aposentam cedo custando o sangue dos pagadores de impostos, isto será considerado como notícia verdadeira ou falsa?

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