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sábado, 14 de abril de 2012

Bernardinho e Fernanda Venturini

Não consegui assistir a final da Super Liga feminina hoje porque estava trabalhando.

Agora à tarde entrei no UOL (arghh...) Esportes para ver o resultado. O time de São Paulo derrotou o time do Rio de Janeiro (de Bernardinho e Fernanda Venturini) por 3 a 0. Uma grande vitória.

Foi também o jogo de despedida de Fernanda Venturini (41 anos de idade), e a própria manchete do UOL já dá o tom da reportagem: “Sollys vence Unilever, leva título da Super Liga e ofusca adeus de Venturini”. Dali para diante a reportagem parece querer enaltecer menos a vitória do Sollys e focar mais no “fracasso” de Fernanda Venturini, como se fosse uma derrota pessoal dela. Ao longo da reportagem Fernanda é citada mais vezes do que o time vencedor.

Se a coisa já ia mal na manchete e na reportagem, quando chega nos comentários então ... transcrevo alguns:

Parabéns ao volei paulista/Osasquense pela brilhante vitória.Ganhar da arrogância do Bernadinho e na casa dele,não tem preço.”

“Tadinha.”

“Depois da despedida ( pela 4 vez) de sua ex mulher, sera que o todo poderoso do NEPOTISMO DO ESPORTE não pode preparar a despedida do seu filho?Fora Bruninho.”

“Uma pena a saida de Venturini. O Rio precisa de mais jogadoras assim; senhoras aposentadas..kkkk.”

“A Dinastia Bernardinho acabou...kkkk
.”

Bem, o time do Rio de Janeiro, de Bernardinho e Fernanda Venturini, que hoje foi derrotado, simplesmente disputou de forma consecutiva as 8 últimas finais da Super Liga, e venceu 5. Trata-se de um dos maiores times de vôlei feminino da história. Qual outro time brasileiro, em qualquer modalidade, tem este retrospecto? Por exemplo, o Atlético Mineiro, que é um dos badalados clubes do futebol brasileiro, conquistou seu último título nacional em 1971. E ninguém diz que o técnico do Atlético, ou seus jogadores, acabaram.

Além disso, independentemente do jogo de hoje, Fernanda Venturini é uma das maiores jogadoras da história do vôlei feminino mundial. É uma das únicas, se não a única, a jogar competitivamente aos 41 anos de idade. seu nome estará para sempre na história do esporte.

Quanto a Bernardinho, pelo que conquistou já deveria estar acima dos debates. No vôlei feminino levou o time do Rio de Janeiro (e seu antecessor Rexona, de Curitiba) a muitas conquistas. No vôlei masculino, como técnico da seleção, levou nosso time ao pódio de todos os torneios que disputou, à exceção de um – a liga mundial de 2008.

Mas o que se vê? Admiração, respeito, reconhecimento a estas grandes figuras do esporte? Não, o que se vê é uma reportagem imbecil de um site comunista, que certamente preferiria Che Guevara de saia no lugar de Venturini, e um monte de comentários idiotas e “KKKs” de pessoas que não conquistaram nada em suas vidas medíocres.

O mesmo país que critica figuras da magnitude de Bernardinho e Fernanda Venturini tem entre seus ídolos Lula e Dilma...

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