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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Companhia aérea

Se existe algum meio de transporte onde qualquer preocupação com conforto foi extinta, este meio é o avião. Os aviões que fazem os voos internos nos Estados Unidos estão tão apertados e com pouco espaço para o passageiro, que deixariam com inveja os aviões da Webjet... Como vivemos num ambiente de loucura coletiva, em todos os aspectos de nossas vidas, enquanto viajamos espremidos, parecendo sardinhas em lata, com os braços colados junto ao corpo, o presidente da companhia aérea aparece nos minitores individuais para dizer que na companhia tudo é feito pensando no passageiro. Dá vontade de quebrar o monitor, mas não é possível mexer o braço. Mais loucura coletiva – os americanos sempre foram muito zelosos com seus direitos. Pois bem. Temos direito a uma bagagem de mão, e os limites das dimensões das bagagens de mão estão espalhados por todo o aeroporto, para que todos saibam. Só que quase ninguém respeita, e muitas vezes a bagagem de mão é enorme. Os funcionários das companhias preferem fingir que não estão vendo, do que impedir a entrada de tais volumes dentro do avião. Até aí é normal. Só que a United Airlines, por onde viajei, deu um passo adiante – seu embarque agora é por grupos. Ainda não entendi a lógica para enquadramento nos grupos, já que eles não são formados por zona de assento. Na sala de embarque um funcionário da companhia anuncia: “passageiros dos grupos 5 ao 8 (eu era do 8...), quando entrarem na aeronave provavelmente os espaços para bagagem de mão já estarão lotados. Desta forma, sugerimos que despachem sua bagagem de mão agora. Caso não despachem agora, e não haja espaço dentro da aeronave, suas bagagens de mão só seguirão no próximo voo.” É mole? Ao invés de exigir que os passageiros que embarcam primeiro respeitem as regras da própria companhia, eles simplesmente subtraem o direito dos que embarcam por último de transportar bagagem de mão. E ninguém reclamou, todos formaram fila para despachar as suas. Inclusive eu.

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