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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Povo

Tomei um taxi na manhã de hoje e o taxista me cutucou: "e a política?". Respondo a este tipo de questionamento com honestidade e sinceridade, o que provoca olhares assustados, que traduzem o pensamento: "um louco entrou no meu taxi".

Para dar continuidade ao papo, o taxista informou que não gosta de política, mas que ontem à noite participou do jantar de campanha promovido por um candidato, e que ficou muito bem impressionado. O ponto alto, segundo ele, foi quando o candidato declarou que por ser muito rico (é bilionário) não está na política por dinheiro mas, sim, por espírito público. O taxista saiu do jantar decidido a votar no sujeito.

Fui obrigado a intervir, e observei para o taxista que é fácil o candidato fazer este discurso de que não precisa do dinheiro da política, afinal seu pai (já falecido) foi um dos maiores empreiteiros e corruptores do país, e é possivelmente o maior ladrão de dinheiro público da história do nosso estado. E o taxista - "é mesmo, nem tinha pensado nisso". Para concluir, observei que seu eu tivesse estado presente ao tal jantar teria sugerido ao candidato que para agregar vergonha na cara ao seu discurso ele deveria informar que devolverá aos cofres públicos o patrimônio acumulado pela sua família ao longo das últimas 5 décadas...

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