“O senhor realmente pensava que a gente queria que essas leis fossem respeitadas? – indagou o Dr. Ferris. – Nós queremos que sejam desrespeitadas. É melhor o senhor entender direitinho que não somos escoteiros, não vivemos numa época de gestos nobres. Queremos é poder e estamos jogando para valer. Vocês estão jogando de brincadeira, mas nós sabemos como é que se joga o jogo, e é melhor o senhor aprender. É impossível governar homens honestos. O único poder que qualquer governo tem é o de reprimir criminosos. Bem, então, se não temos criminosos o bastante, o jeito é criá-los. E fazer leis que proíbem tanta coisa que se torna impossível viver sem violar alguma. Quem vai querer um país cheio de cidadãos que respeitam as leis? O que se vai ganhar com isso? Mas basta criar leis que não podem ser cumpridas nem ser objetivamente interpretadas, leis que é impossível fazer com que sejam cumpridas a rigor, e pronto! Temos um país repleto de pessoas que violam e lei, e então ‘s só faturar em cima dos culpados. O sistema é esse, Sr. Rearden, são essas as regras do jogo. E, assim que aprendê-las, vai ser muito mais fácil lidar com o senhor.”
“O dia dos barões da indústria terminou! Vocês controlam as fábricas, mas nós controlamos vocês.”
Trechos de uma connversa entre o representante do governo de esquerda e um empresário, nas páginas 111 e 112 do volume II do livro A Revolta de Atlas, escrito por Ayn Rand em 1957.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Ainda as forças armadas
Ouvi no rádio um pensamento que cai como uma luva para as nossas forças armadas: "O homem ocioso é como a água parada. Apodrece."
Prestígio internacional
Mais uma conquista de Lula, o respeito da comunidade interncaional para o Brasil. Como sabem os leitores, até 31/12/2002 a existência do Brasil era ignorada pelos demais países do globo. Era como se Cabral nunca tivésse chegado por aqui. Mas aí surgiu Lula, e Celso Amorim, e o mundo não só nos descobriu, como passou a nos respeitar. A prova disso? Vejam abaixo, a nata da diplomacia mundial vai estar na posse de Dilma...:
"Entre os líderes que confirmaram presença na posse de Dilma, estão o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, além da grande maioria dos presidentes dos países da América do Sul.
Na região, a única que ainda não confirmou se comparecerá foi a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Além deles, devem comparecer os presidentes de El Salvador, Mauricio Funes Cartagena; da Guatemala, Álvaro Colom Caballeros; de Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanhá; e do Suriname, Desiré Bouterse. Premiês Entre os primeiros-ministros, confirmaram presença os de Portugal, José Sócrates; da Coreia do Sul, Kim Hwang-sik; da Holanda, Gerrit Schotte; da Bulgária, Boyco Borissov; do Haiti, Jean Max Bellerive; do Catar, Abdullah bin Khalifa AlThani; do Senegal, Souleymane Ndéne Ndiaye; do Marrocos, Abbas El Fassi; da Jamaica, Bruce Golding; de São Tomé e Príncipe, Patrice Emery Trovoada; e do Sri Lanka, Ratnasiri Wickramanayake - além do ex-premiê japonês Taro Aso."
"Entre os líderes que confirmaram presença na posse de Dilma, estão o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, além da grande maioria dos presidentes dos países da América do Sul.
Na região, a única que ainda não confirmou se comparecerá foi a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Além deles, devem comparecer os presidentes de El Salvador, Mauricio Funes Cartagena; da Guatemala, Álvaro Colom Caballeros; de Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanhá; e do Suriname, Desiré Bouterse. Premiês Entre os primeiros-ministros, confirmaram presença os de Portugal, José Sócrates; da Coreia do Sul, Kim Hwang-sik; da Holanda, Gerrit Schotte; da Bulgária, Boyco Borissov; do Haiti, Jean Max Bellerive; do Catar, Abdullah bin Khalifa AlThani; do Senegal, Souleymane Ndéne Ndiaye; do Marrocos, Abbas El Fassi; da Jamaica, Bruce Golding; de São Tomé e Príncipe, Patrice Emery Trovoada; e do Sri Lanka, Ratnasiri Wickramanayake - além do ex-premiê japonês Taro Aso."
As forças armadas
Como brasileiro com um pouco de conhecimento de história, sei que temos uma dívida de gratidão com as forças armadas. Não fosse a ação delas em 1964 e teríamos descambado para um socialismo tropical ou, possivelmente, para um "badernalismo".
Mas não dá para tomar o ato de 1964 apenas para tentar qualificar as forças armadas como uma entidade permanentemente em defesa da ordem, das leis, dos princípios, da verdade, do bem, etc. Há diversos exemplos que mostram o contrário, não só aqui como no resto do mundo.
Getúlio Vargas foi ditador, e não dá nem para defender que sua ditadura foi necessária para nos livrar de outra pior, a comunista. Foi ditador porque se nutria do poder. E as forças armadas estiveram ali, sustentando o seu regime, enquanto lhes foi conveninente, e a despeito das vítimas.
As grandes ditaduras do mundo, as comunistas inclusive, foram sustentadas pelo apoio incondicional das forças armadas. Durante a epidemia de fome, enquanto milhões de chineses morriam por falta de comida, foram as forças armadas chinesas que garantiram que Mao não caísse do poder.
Os regimes de carnificina da África são sempre sustentados pelas forças armadas dos países vítimas.
As ações ilegais da Venezuela em apoio ao terrorismo na Colombia contam com o apoio das forças armadas venezuelanas.
São as forças armadas que garantem que países inteiros sejam transformados em manicômios coletivos, como são os casos de Coréia do Norte e Irã.
No próprio Brasil contemporâneo, as forças armadas são fiadoras do regime de descontrução social e civilizacional que por aqui se instalou. A campanha eleitoral de 2010 se deu ao arrepio da lei? E daí, quem vai ter coragem de enfrentar os tanques? Aqui no Brasil as forças armadas pusilânimes apóiam a destruição geral em troca de migalhas, na verdade em troca de alguns trocados para gastar em festinhas, rapapés, coquetéis, e coisas do gênero. Talvez seja em decorrência deste novo papel do militar brasileiro, o de comer canapés, que é cada vez mais difícil encontrar um oficial sem barriga...
Mas não dá para tomar o ato de 1964 apenas para tentar qualificar as forças armadas como uma entidade permanentemente em defesa da ordem, das leis, dos princípios, da verdade, do bem, etc. Há diversos exemplos que mostram o contrário, não só aqui como no resto do mundo.
Getúlio Vargas foi ditador, e não dá nem para defender que sua ditadura foi necessária para nos livrar de outra pior, a comunista. Foi ditador porque se nutria do poder. E as forças armadas estiveram ali, sustentando o seu regime, enquanto lhes foi conveninente, e a despeito das vítimas.
As grandes ditaduras do mundo, as comunistas inclusive, foram sustentadas pelo apoio incondicional das forças armadas. Durante a epidemia de fome, enquanto milhões de chineses morriam por falta de comida, foram as forças armadas chinesas que garantiram que Mao não caísse do poder.
Os regimes de carnificina da África são sempre sustentados pelas forças armadas dos países vítimas.
As ações ilegais da Venezuela em apoio ao terrorismo na Colombia contam com o apoio das forças armadas venezuelanas.
São as forças armadas que garantem que países inteiros sejam transformados em manicômios coletivos, como são os casos de Coréia do Norte e Irã.
No próprio Brasil contemporâneo, as forças armadas são fiadoras do regime de descontrução social e civilizacional que por aqui se instalou. A campanha eleitoral de 2010 se deu ao arrepio da lei? E daí, quem vai ter coragem de enfrentar os tanques? Aqui no Brasil as forças armadas pusilânimes apóiam a destruição geral em troca de migalhas, na verdade em troca de alguns trocados para gastar em festinhas, rapapés, coquetéis, e coisas do gênero. Talvez seja em decorrência deste novo papel do militar brasileiro, o de comer canapés, que é cada vez mais difícil encontrar um oficial sem barriga...
O preço do socialismo
Por lei, sociedades anônimas precisam publicar suas atas no diário ofical do estado e em um jornal de grande circulação.
Um cliente de São Paulo se transformou em SA, e precisa publicar a ata de transformação. Foi consultar o jornal de grande circulação Falha de São Paulo...preço da brincadeira - R$120 mil.
É, construir o socialismo não sai barato. A Falha precisa de muito dinheiro para seguir endeusando a figura do nosso guia.
A lei, aliás, que manda publicar em jornal, é anterior à existência da internet. Mas quem disse que o cartel de jornais "socialistas" permite que a lei seja alterada?
Um cliente de São Paulo se transformou em SA, e precisa publicar a ata de transformação. Foi consultar o jornal de grande circulação Falha de São Paulo...preço da brincadeira - R$120 mil.
É, construir o socialismo não sai barato. A Falha precisa de muito dinheiro para seguir endeusando a figura do nosso guia.
A lei, aliás, que manda publicar em jornal, é anterior à existência da internet. Mas quem disse que o cartel de jornais "socialistas" permite que a lei seja alterada?
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Tudo para os sindicalistas, nada para os empreendedores desta nossa ditadura sindical
"Tramita na Câmara o Projeto de Lei Complementar 599/10, do deputado Ademir Camilo (PDT-MG), que acaba com a isenção da contribuição sindical patronal para micro e pequenas empresas. A proposta altera o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/06).
Camilo explica que o texto do estatuto aprovado pelo Congresso previa o pagamento da contribuição, mas a medida foi vetada pelo presidente da República. O argumento do veto foi que a cobrança prejudicaria o princípio de tratamento tributário diferenciado para micro e pequenas empresas.
O autor argumenta, porém, que mais de 90% das empresas filiadas aos sindicatos são micro ou pequenas empresas. "Esse número que pode chegar a 97% nas cidades do interior. E essas são as que mais demandam assistência e serviços dos sindicatos", disse.
O valor da contribuição sindical, para os empregadores, é proporcional ao capital social registrado na Junta Comercial ou órgão equivalente.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade, apensada ao PLP 3/07, e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votada pelo Plenário. "
Fonte: Agência Câmara
Camilo explica que o texto do estatuto aprovado pelo Congresso previa o pagamento da contribuição, mas a medida foi vetada pelo presidente da República. O argumento do veto foi que a cobrança prejudicaria o princípio de tratamento tributário diferenciado para micro e pequenas empresas.
O autor argumenta, porém, que mais de 90% das empresas filiadas aos sindicatos são micro ou pequenas empresas. "Esse número que pode chegar a 97% nas cidades do interior. E essas são as que mais demandam assistência e serviços dos sindicatos", disse.
O valor da contribuição sindical, para os empregadores, é proporcional ao capital social registrado na Junta Comercial ou órgão equivalente.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade, apensada ao PLP 3/07, e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votada pelo Plenário. "
Fonte: Agência Câmara
A herança de Lula
Quem observasse o Brasil antes de 2003 poderia até se confundir e achar que isto aqui era um país normal. Sisudos magistrados em suas togas pretas, generais das forças armadas em belos uniformes, grandes empresários, juristas, intelectuais...
Grande ilusão. Isto aqui nunca passou de um prostíbulo, que vivia apenas aguardando que alguém dissesse a senha para liberar geral.
Aí surgiu Lula...
Grande ilusão. Isto aqui nunca passou de um prostíbulo, que vivia apenas aguardando que alguém dissesse a senha para liberar geral.
Aí surgiu Lula...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Este país é uma bomba relógio
Leonardo Bruno | 27 Dezembro 2010
Artigos - Cultura
O "sonho" do concurso público, basicamente, é a mentalidade patrimonialista que se repete de geração por geração, de se achar distinto, por pertencer às esferas do poder estatal.
Certo dia eu me deparei com uma frase que me soou, no mínimo, estranha. Um juiz federal, que também é professor e escritor de livros para concurso público, chamado William Douglas, falou do"sonho de passar em concurso público". Se um grupo de pessoas supõe que ser funcionário público é um sonho, é porque as coisas vão de mal a pior. Assustadores são aqueles indivíduos presunçosos, que acham que o estreito mundinho da burocracia seja o mais elevado nível de reconhecimento social e garantia econômica. Esses aí olham a sociedade de cima para baixo, sabe-se lá por quê. Todavia, de uma coisa há de se concluir: quando uma parte não muito pequena da sociedade sonha com cargos públicos, tal fato revela a falta de opção, a pobreza econômica e a visão social turva de uma nação.
É perfeitamente compreensível entender por que uma boa parte estudiosa e universitária da população procura cargos públicos: a iniciativa privada paga maus salários e os empregos, em sua maioria, aparentam não ser promissores. Os salários de cargos públicos, à primeira vista, são atraentes. Todavia, pouca gente se pergunta o preço dessa mania e por que muitos empregos privados são tão ruins. A fórmula é relativamente simples: cerca de quase metade da renda nacional está nas mãos do Estado. Essa renda toda, decerto, não é produzida pelo funcionalismo, que no país, é um verdadeiro exército de gente empregada e cara. No entanto, mesmo que o cidadão comum pague uma carga tributária pesadíssima, eis o que se vê nos serviços públicos em geral: hospitais e escolas públicas caindo aos pedaços, papeladas e mais papeladas para resolver problemas burocráticos que poderiam ser simples e a corrupção, que em certos setores, se torna generalizada. E seus efeitos são sentidos também na iniciativa privada: pouca acumulação de capital e poupança, salários baixos, escassez de bons empregos e empobrecimento geral.
Se não bastasse o mercado ser exaurido por conta dessa estrutura estatizante, uma boa parte da sociedade guarda também um sólido ranço mercantilista. A empresa privada brasileira pode ser competitiva e muitos brasileiros são grandes empreendedores. Porém, eles enfrentam toda uma estrutura institucional que parece odiá-los e a hostilizá-los. A mentalidade vigente na política e na economia brasileira não parece gostar de livre concorrência. Empresa privada que se dá bem é aquela que presta salamaleques ao governo e vive numa bizarra espécie de capitalismo sem riscos. Ou melhor, onde os lucros são privados e os riscos são públicos. É possível entender por que muita gente foge do ofício de ser empresário. Há toda uma sorte de dores de cabeça para realizar tal atividade: impostos altíssimos, fiscais da receita ou do trabalho corruptos, direitos trabalhistas altos e impagáveis, contas pesadas a pagar, sem contar as dificuldades inúteis para regularizar uma empresa. Até fechar um negócio se torna dispendioso. A despeito de ser o elemento motivador que gera a riqueza econômica do país, o empresário é estigmatizado como uma criatura exploradora e parasita, cuja atividade é uma "concessão" que o Estado oferece, como um mal necessário. As restrições burocráticas ao livre mercado são assombrosas e desestimulantes. Cabe acrescentar outras dificuldades graves: as reservas de mercado nas práticas empresariais, profissões, ofícios. E também privilégios em relação aos empréstimos, subsídios e incentivos fiscais que o Estado proporciona para certos empresários amigos do rei. A concorrência, neste caso, se torna desleal.
É paradoxal que em nosso país, a iniciativa privada se sinta dependente ou refém do Estado. Contrariamente ao bom senso de todas as filosofias políticas, não é o Estado que se torna elemento subsidiário e marginal da sociedade e da iniciativa privada, mas é a própria sociedade e a iniciativa privada que são elementos subsidiários e marginais do Estado. É como se a iniciativa privada fosse parte do próprio Estado e não um elemento separado, dicotômico, tal como ocorre nas sadias democracias modernas. Daí a promiscuidade entre o público e privado, entre o empresário privilegiado e o político e burocrata vigarista e corrupto. Daí o patrimonialismo, que confunde a autoridade pública abstrata do cargo com a própria pessoa do cargo.
Um exemplo claro disso é quando o eleitorado vota inspirado no assistencialismo governamental. O retrato dessa anomalia é a bolsa-família e demais subsídios aos pobres. Na mentalidade da maioria dos eleitores ignorantes, o Estado, como um pai, um coronel, um senhor de engenho, foi caridoso, deu de comer aos famélicos coitados. O Estado não é uma figura burocrática e impessoal. Ele tem sentimentos e vontade própria. Sua ação não se faz por conta das leis, para retribuir à sociedade o que recolheu em impostos, mas porque realiza um "favor",uma generosidade, uma boa ação ao povo pobre. Assim pensaram os eleitores nordestinos que votaram em peso em Dilma Rousseff para presidente. Na mentalidade deles, o Estado não é uma entidade abstrata, porém uma figura personalizada, na pessoa do Sr. Lula. O mesmo se aplica ao chamado Prouni, ao subsídio que o governo federal dá aos estudantes pobres para ingressarem nas universidades.
Na propaganda do governo, uma atriz relata: - Antes, medicina era coisa pra rico! Tal como um lacaio de senzala ou um menino de recados do Brasil colonial, a criatura reproduz um pensamento secular de servilismo arraigado na população. Claro, o futuro ex-presidente demagogo captou perfeitamente a psicologia dos pobres para tratá-los como "filhos", tal como um senhor de engenho trataria seus lacaios da fazenda. O mesmo princípio se aplica aos empresários benevolentes e bajuladores do governo, que ganham privilégios com essa aliança subserviente e desigual. A empresa privada vive amarrada numa situação legal de chantagem tributária com o Estado, idêntica a uma relação entre um eterno devedor e um agiota. O governo cria leis tributárias impossíveis de serem cumpridas e o empresário médio se torna um eterno cativo dos fiscais da receita. Na prática, trocou-se o senhor de engenho e o burocrata português pela figura personalista do Estado soberano, do governo federal. A soberania estatal, por assim dizer, virou um grande senhor de engenho. E os seus cidadãos, verdadeiros escravos da senzala, fazem contrição, agradecidos, pela generosidade do ogro filantrópico governamental.
Mesmo a psicologia da criatura da propaganda do Prouni reflete um atraso civilizador: medicina, como funcionalismo público, não é uma atividade profissional como outra qualquer, dentro de uma nação capitalista e democrática. É uma outorga governamental, um status bacharelesco, que a distingue dos seres mortais, tal como os nobres do Antigo Regime. Por mais que o governo jorre dinheiro para universidades de péssima qualidade, inclusive, sendo que a maioria delas tenha as piores notas no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), o importante não é ter cultura intelectual séria, mas sim distribuir diplomas a granel, inflar as estatísticas governamentais e formar centenas de milhares de bacharéis analfabetos funcionais.
Lima Barreto, no seu delicioso romance "Os Bruzundangas",dizia que a fama generalizada de "doutores" era um simulacro de título de nobreza de toga, tal como a nobiliarquia dos "Dons" da Espanha. O mesmo sentimento se aplica aos funcionários públicos. O "sonho" do concurso público, basicamente, é a mentalidade patrimonialista que se repete de geração por geração, de se achar distinto, por pertencer às esferas do poder estatal.
É mais compreensível ainda por que a inteligentsia brasileira busque na burocracia, um sinal de ascensão social. Mesmo os mais acérrimos intelectuais críticos do patrimonialismo estatal brasileiro, com sólido pensamento liberal, são ou foram funcionários públicos. Essa questão denuncia a carência ou pobreza, dentro da iniciativa privada, de atividade intelectual fora da influência do Estado. Mesmo a educação privada e universitária brasileira é uma extensão do Estado e segue todas as cartilhas impostas pela burocracia. Não há um reitor, um professor universitário, um livre pensador que questione a intervenção estatal sufocante em escolas e faculdades privadas. Na verdade, livre pensamento no Brasil é estatizado. Historiador, sociólogo, filósofo, professor, economista não é aquele que estuda história, sociologia, filosofia, letras, pedagogia ou economia e sim quem possui diploma desses conhecimentos. Ainda que o indivíduo seja um completo ignorante nessas matérias, o culto da papelada prevalece sobre o conteúdo real. O autodidata estudioso não existe na cultura intelectual brasileira, salvo, é claro, se tiver um papel timbrado. Quando a papelada bacharelesca não resolve ou quando simplesmente não a possui, vira naturalmente funcionário público.
Os empresários da educação não querem brigar contra o Estado; morrem de medo dos governantes. E professores e alunos parecem crer que seja "natural" que o Estado imponha projetos, políticas pedagógicas ou mesmo reles doutrinação ideológica através de burocracias aladas do MEC (Ministério da Educação), em Brasília. Algum professor do país conhece quem está ditando as cartas para educar os alunos? Algum pai de família questiona o que seus filhos estão aprendendo na escola? Os burocratas socialistas da educação já estão ditando para nós o que devemos ou não ler nas salas de aula: Monteiro Lobato, um clássico infantil de gerações de crianças brasileiras, foi ameaçado de ser banido pelo Conselho de Educação, por ser considerado "racista". E se não bastasse a perversão pedagógica desses doutos ursos sábios da engenharia social travestida de educação, já querem impor cartilhas homossexuais nas escolas, para menores e adolescentes! Todavia, uma boa parte dos brasileiros confia cegamente na sacrossanta autoridade dos "sonhadores" do concurso público, ainda que contraditoriamente critique seus serviços!
Embora o concurso público seja um avanço administrativo, pois ajudou a impessoalizar a burocracia estatal, tornando-a mais competitiva e meritocrática (ao menos na seleção dos quadros internos), no entanto, o corporativismo continua atuante e a mania do cargo público constitui uma anomalia social perigosa. Pouca gente percebe nessa onda a feroz concentração de poder estatal, o afunilamento do mercado de trabalho e demais opções de emprego na sociedade civil. A pergunta que fica no ar é: com um exército de funcionários públicos, quem pagará a conta? Quem pagará o déficit da previdência social, que explode a cada dia e endivida cada vez mais o Estado? Alguém já percebeu quem é o sujeito mais privilegiado no recolhimento de impostos? Com certeza não é o contribuinte. Uma parte considerável dos impostos é para pagar a folha de salários do funcionalismo público. Em alguns casos, essas folhas superam, de longe, todos os gastos necessários em serviços, em favor do cidadão comum.
É inteligível por que muitos indivíduos "sonhem" com o concurso público. O "sonho" do concurso público escamoteia uma realidade perversa da sociedade brasileira: uma nação pobre, dominada por um capitalismo cheio de cartéis, reservas de mercado e distorções governamentais, que encarece a vida econômica e escasseia os empregos. É uma economia rigidamente estratificada, que teme os riscos e cria empecilhos estúpidos para os mais competitivos. Chega a ser paradoxal que os mais competitivos procurem no Estado, aquilo que não acham no mercado. Claro que os "concurseiros" só são competitivos quando estudam para as provas. Depois se tornam parasitários em privilégios. Ciosos do seu bem estar, de sua estabilidade profissional e de suas regalias profissionais, uma parte significativa deles é abertamente hostil a quaisquer mudanças de ordem econômica, quando implicam a diminuição do Estado ou do orçamento.
Não há de surpreender porque o funcionalismo público, em sua grande parte, adota o socialismo como ideologia. Sob o disfarce de um discurso progressista, é uma classe reacionária por excelência, quando a questão é a defesa de seus privilégios. O ódio disseminado contra o patrão, o capitalista real ou o empreendedor privado, no âmago dessas doutrinas estatizantes, coaduna com o amor idolátrico pelo chefe abstrato que é o Estado. Esse chefe abstrato não tem olhos, não tem vida ou comando próprio para cobrar a conta deles. Nem mesmo o contribuinte médio, que supostamente é o seu chefe, tem olhos fiscalizadores para o dinheiro que é tirado de seu bolso. Na verdade, o próprio funcionário público é o chefe, o comando, o próprio Estado. E numa inversão de hierarquias, aquele que deveria ser servido, que é o cidadão comum, é o seu mais atribulado servidor. Ou melhor, o seu mais atribulado servo.
A segurança estatal ilusória da estabilidade é um dos atrativos da carreira pública. Parte-se do mecanismo psicológico de isenção de responsabilidade individual e da transferência de custos do funcionalismo público para o próprio Estado. Daí a crença fantasmagórica de que o socialismo, expandindo suas garras sobre a sociedade, expandirá também os confortos restritivos da burocracia. Contudo, esses confortos só existem porque há uma margem de mercado livre, com todos os empecilhos burocráticos existentes. São os empresários e trabalhadores privados que produzem os bens de consumos baratos e acessíveis para esse mesmo funcionalismo. Ou mais, é a livre empresa e o trabalhador assalariado da iniciativa privada que pagam os salários e os consumos dos servidores públicos. Sem este mero detalhe, os confortos do grosso da burocracia estatal simplesmente desaparecem. Ou na melhor das hipóteses, só uma nomenclatura bem diminuta se beneficiaria com essa concentração de poder governamental(como de fato, ocorreu em todos os países socialistas).
Na verdade, o funcionalismo público é, por natureza, um grupo cujos ganhos estão na ineficiência. Quanto mais o Estado gastar com eles, melhor. Não há uma relação direta entre os salários dos cargos públicos com produtividade. Pelo contrário, quanto menos trabalho e maior ganho, maior é a recompensa. Em suma, o funcionalismo público é uma classe que quanto mais se agiganta, mais se torna inútil, mais se torna incontrolável. O potencial de subversão do funcionalismo público é altamente destrutivo. E em nome disso, pode ameaçar tanto a economia, como as liberdades de um país democrático.
Não condeno quem busca a carreira pública. Sob muitos aspectos, as vantagens do funcionalismo são sedutoras e é uma atividade laboral e honesta como qualquer outra. Em muitos países ricos e democráticos, o funcionalismo público tem um significado bastante secundário, como de fato, deve ser. No entanto, é criticável a mitificação do cargo público como se fosse uma atividade superior, acima do bem e do mal, ou um "sonho", na visão do juiz William Douglas. Este "sonho" custa muito caro ao país. No Brasil, o cargo público ganha aura mística, sacerdotal, importância desproporcional e absurda. O inchaço do poder público e a expansão da burocracia estatal é uma tragédia para o país. Onera o contribuinte, arruína as contas do Estado e poda o desenvolvimento de uma nação.
Artigos - Cultura
O "sonho" do concurso público, basicamente, é a mentalidade patrimonialista que se repete de geração por geração, de se achar distinto, por pertencer às esferas do poder estatal.
Certo dia eu me deparei com uma frase que me soou, no mínimo, estranha. Um juiz federal, que também é professor e escritor de livros para concurso público, chamado William Douglas, falou do"sonho de passar em concurso público". Se um grupo de pessoas supõe que ser funcionário público é um sonho, é porque as coisas vão de mal a pior. Assustadores são aqueles indivíduos presunçosos, que acham que o estreito mundinho da burocracia seja o mais elevado nível de reconhecimento social e garantia econômica. Esses aí olham a sociedade de cima para baixo, sabe-se lá por quê. Todavia, de uma coisa há de se concluir: quando uma parte não muito pequena da sociedade sonha com cargos públicos, tal fato revela a falta de opção, a pobreza econômica e a visão social turva de uma nação.
É perfeitamente compreensível entender por que uma boa parte estudiosa e universitária da população procura cargos públicos: a iniciativa privada paga maus salários e os empregos, em sua maioria, aparentam não ser promissores. Os salários de cargos públicos, à primeira vista, são atraentes. Todavia, pouca gente se pergunta o preço dessa mania e por que muitos empregos privados são tão ruins. A fórmula é relativamente simples: cerca de quase metade da renda nacional está nas mãos do Estado. Essa renda toda, decerto, não é produzida pelo funcionalismo, que no país, é um verdadeiro exército de gente empregada e cara. No entanto, mesmo que o cidadão comum pague uma carga tributária pesadíssima, eis o que se vê nos serviços públicos em geral: hospitais e escolas públicas caindo aos pedaços, papeladas e mais papeladas para resolver problemas burocráticos que poderiam ser simples e a corrupção, que em certos setores, se torna generalizada. E seus efeitos são sentidos também na iniciativa privada: pouca acumulação de capital e poupança, salários baixos, escassez de bons empregos e empobrecimento geral.
Se não bastasse o mercado ser exaurido por conta dessa estrutura estatizante, uma boa parte da sociedade guarda também um sólido ranço mercantilista. A empresa privada brasileira pode ser competitiva e muitos brasileiros são grandes empreendedores. Porém, eles enfrentam toda uma estrutura institucional que parece odiá-los e a hostilizá-los. A mentalidade vigente na política e na economia brasileira não parece gostar de livre concorrência. Empresa privada que se dá bem é aquela que presta salamaleques ao governo e vive numa bizarra espécie de capitalismo sem riscos. Ou melhor, onde os lucros são privados e os riscos são públicos. É possível entender por que muita gente foge do ofício de ser empresário. Há toda uma sorte de dores de cabeça para realizar tal atividade: impostos altíssimos, fiscais da receita ou do trabalho corruptos, direitos trabalhistas altos e impagáveis, contas pesadas a pagar, sem contar as dificuldades inúteis para regularizar uma empresa. Até fechar um negócio se torna dispendioso. A despeito de ser o elemento motivador que gera a riqueza econômica do país, o empresário é estigmatizado como uma criatura exploradora e parasita, cuja atividade é uma "concessão" que o Estado oferece, como um mal necessário. As restrições burocráticas ao livre mercado são assombrosas e desestimulantes. Cabe acrescentar outras dificuldades graves: as reservas de mercado nas práticas empresariais, profissões, ofícios. E também privilégios em relação aos empréstimos, subsídios e incentivos fiscais que o Estado proporciona para certos empresários amigos do rei. A concorrência, neste caso, se torna desleal.
É paradoxal que em nosso país, a iniciativa privada se sinta dependente ou refém do Estado. Contrariamente ao bom senso de todas as filosofias políticas, não é o Estado que se torna elemento subsidiário e marginal da sociedade e da iniciativa privada, mas é a própria sociedade e a iniciativa privada que são elementos subsidiários e marginais do Estado. É como se a iniciativa privada fosse parte do próprio Estado e não um elemento separado, dicotômico, tal como ocorre nas sadias democracias modernas. Daí a promiscuidade entre o público e privado, entre o empresário privilegiado e o político e burocrata vigarista e corrupto. Daí o patrimonialismo, que confunde a autoridade pública abstrata do cargo com a própria pessoa do cargo.
Um exemplo claro disso é quando o eleitorado vota inspirado no assistencialismo governamental. O retrato dessa anomalia é a bolsa-família e demais subsídios aos pobres. Na mentalidade da maioria dos eleitores ignorantes, o Estado, como um pai, um coronel, um senhor de engenho, foi caridoso, deu de comer aos famélicos coitados. O Estado não é uma figura burocrática e impessoal. Ele tem sentimentos e vontade própria. Sua ação não se faz por conta das leis, para retribuir à sociedade o que recolheu em impostos, mas porque realiza um "favor",uma generosidade, uma boa ação ao povo pobre. Assim pensaram os eleitores nordestinos que votaram em peso em Dilma Rousseff para presidente. Na mentalidade deles, o Estado não é uma entidade abstrata, porém uma figura personalizada, na pessoa do Sr. Lula. O mesmo se aplica ao chamado Prouni, ao subsídio que o governo federal dá aos estudantes pobres para ingressarem nas universidades.
Na propaganda do governo, uma atriz relata: - Antes, medicina era coisa pra rico! Tal como um lacaio de senzala ou um menino de recados do Brasil colonial, a criatura reproduz um pensamento secular de servilismo arraigado na população. Claro, o futuro ex-presidente demagogo captou perfeitamente a psicologia dos pobres para tratá-los como "filhos", tal como um senhor de engenho trataria seus lacaios da fazenda. O mesmo princípio se aplica aos empresários benevolentes e bajuladores do governo, que ganham privilégios com essa aliança subserviente e desigual. A empresa privada vive amarrada numa situação legal de chantagem tributária com o Estado, idêntica a uma relação entre um eterno devedor e um agiota. O governo cria leis tributárias impossíveis de serem cumpridas e o empresário médio se torna um eterno cativo dos fiscais da receita. Na prática, trocou-se o senhor de engenho e o burocrata português pela figura personalista do Estado soberano, do governo federal. A soberania estatal, por assim dizer, virou um grande senhor de engenho. E os seus cidadãos, verdadeiros escravos da senzala, fazem contrição, agradecidos, pela generosidade do ogro filantrópico governamental.
Mesmo a psicologia da criatura da propaganda do Prouni reflete um atraso civilizador: medicina, como funcionalismo público, não é uma atividade profissional como outra qualquer, dentro de uma nação capitalista e democrática. É uma outorga governamental, um status bacharelesco, que a distingue dos seres mortais, tal como os nobres do Antigo Regime. Por mais que o governo jorre dinheiro para universidades de péssima qualidade, inclusive, sendo que a maioria delas tenha as piores notas no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), o importante não é ter cultura intelectual séria, mas sim distribuir diplomas a granel, inflar as estatísticas governamentais e formar centenas de milhares de bacharéis analfabetos funcionais.
Lima Barreto, no seu delicioso romance "Os Bruzundangas",dizia que a fama generalizada de "doutores" era um simulacro de título de nobreza de toga, tal como a nobiliarquia dos "Dons" da Espanha. O mesmo sentimento se aplica aos funcionários públicos. O "sonho" do concurso público, basicamente, é a mentalidade patrimonialista que se repete de geração por geração, de se achar distinto, por pertencer às esferas do poder estatal.
É mais compreensível ainda por que a inteligentsia brasileira busque na burocracia, um sinal de ascensão social. Mesmo os mais acérrimos intelectuais críticos do patrimonialismo estatal brasileiro, com sólido pensamento liberal, são ou foram funcionários públicos. Essa questão denuncia a carência ou pobreza, dentro da iniciativa privada, de atividade intelectual fora da influência do Estado. Mesmo a educação privada e universitária brasileira é uma extensão do Estado e segue todas as cartilhas impostas pela burocracia. Não há um reitor, um professor universitário, um livre pensador que questione a intervenção estatal sufocante em escolas e faculdades privadas. Na verdade, livre pensamento no Brasil é estatizado. Historiador, sociólogo, filósofo, professor, economista não é aquele que estuda história, sociologia, filosofia, letras, pedagogia ou economia e sim quem possui diploma desses conhecimentos. Ainda que o indivíduo seja um completo ignorante nessas matérias, o culto da papelada prevalece sobre o conteúdo real. O autodidata estudioso não existe na cultura intelectual brasileira, salvo, é claro, se tiver um papel timbrado. Quando a papelada bacharelesca não resolve ou quando simplesmente não a possui, vira naturalmente funcionário público.
Os empresários da educação não querem brigar contra o Estado; morrem de medo dos governantes. E professores e alunos parecem crer que seja "natural" que o Estado imponha projetos, políticas pedagógicas ou mesmo reles doutrinação ideológica através de burocracias aladas do MEC (Ministério da Educação), em Brasília. Algum professor do país conhece quem está ditando as cartas para educar os alunos? Algum pai de família questiona o que seus filhos estão aprendendo na escola? Os burocratas socialistas da educação já estão ditando para nós o que devemos ou não ler nas salas de aula: Monteiro Lobato, um clássico infantil de gerações de crianças brasileiras, foi ameaçado de ser banido pelo Conselho de Educação, por ser considerado "racista". E se não bastasse a perversão pedagógica desses doutos ursos sábios da engenharia social travestida de educação, já querem impor cartilhas homossexuais nas escolas, para menores e adolescentes! Todavia, uma boa parte dos brasileiros confia cegamente na sacrossanta autoridade dos "sonhadores" do concurso público, ainda que contraditoriamente critique seus serviços!
Embora o concurso público seja um avanço administrativo, pois ajudou a impessoalizar a burocracia estatal, tornando-a mais competitiva e meritocrática (ao menos na seleção dos quadros internos), no entanto, o corporativismo continua atuante e a mania do cargo público constitui uma anomalia social perigosa. Pouca gente percebe nessa onda a feroz concentração de poder estatal, o afunilamento do mercado de trabalho e demais opções de emprego na sociedade civil. A pergunta que fica no ar é: com um exército de funcionários públicos, quem pagará a conta? Quem pagará o déficit da previdência social, que explode a cada dia e endivida cada vez mais o Estado? Alguém já percebeu quem é o sujeito mais privilegiado no recolhimento de impostos? Com certeza não é o contribuinte. Uma parte considerável dos impostos é para pagar a folha de salários do funcionalismo público. Em alguns casos, essas folhas superam, de longe, todos os gastos necessários em serviços, em favor do cidadão comum.
É inteligível por que muitos indivíduos "sonhem" com o concurso público. O "sonho" do concurso público escamoteia uma realidade perversa da sociedade brasileira: uma nação pobre, dominada por um capitalismo cheio de cartéis, reservas de mercado e distorções governamentais, que encarece a vida econômica e escasseia os empregos. É uma economia rigidamente estratificada, que teme os riscos e cria empecilhos estúpidos para os mais competitivos. Chega a ser paradoxal que os mais competitivos procurem no Estado, aquilo que não acham no mercado. Claro que os "concurseiros" só são competitivos quando estudam para as provas. Depois se tornam parasitários em privilégios. Ciosos do seu bem estar, de sua estabilidade profissional e de suas regalias profissionais, uma parte significativa deles é abertamente hostil a quaisquer mudanças de ordem econômica, quando implicam a diminuição do Estado ou do orçamento.
Não há de surpreender porque o funcionalismo público, em sua grande parte, adota o socialismo como ideologia. Sob o disfarce de um discurso progressista, é uma classe reacionária por excelência, quando a questão é a defesa de seus privilégios. O ódio disseminado contra o patrão, o capitalista real ou o empreendedor privado, no âmago dessas doutrinas estatizantes, coaduna com o amor idolátrico pelo chefe abstrato que é o Estado. Esse chefe abstrato não tem olhos, não tem vida ou comando próprio para cobrar a conta deles. Nem mesmo o contribuinte médio, que supostamente é o seu chefe, tem olhos fiscalizadores para o dinheiro que é tirado de seu bolso. Na verdade, o próprio funcionário público é o chefe, o comando, o próprio Estado. E numa inversão de hierarquias, aquele que deveria ser servido, que é o cidadão comum, é o seu mais atribulado servidor. Ou melhor, o seu mais atribulado servo.
A segurança estatal ilusória da estabilidade é um dos atrativos da carreira pública. Parte-se do mecanismo psicológico de isenção de responsabilidade individual e da transferência de custos do funcionalismo público para o próprio Estado. Daí a crença fantasmagórica de que o socialismo, expandindo suas garras sobre a sociedade, expandirá também os confortos restritivos da burocracia. Contudo, esses confortos só existem porque há uma margem de mercado livre, com todos os empecilhos burocráticos existentes. São os empresários e trabalhadores privados que produzem os bens de consumos baratos e acessíveis para esse mesmo funcionalismo. Ou mais, é a livre empresa e o trabalhador assalariado da iniciativa privada que pagam os salários e os consumos dos servidores públicos. Sem este mero detalhe, os confortos do grosso da burocracia estatal simplesmente desaparecem. Ou na melhor das hipóteses, só uma nomenclatura bem diminuta se beneficiaria com essa concentração de poder governamental(como de fato, ocorreu em todos os países socialistas).
Na verdade, o funcionalismo público é, por natureza, um grupo cujos ganhos estão na ineficiência. Quanto mais o Estado gastar com eles, melhor. Não há uma relação direta entre os salários dos cargos públicos com produtividade. Pelo contrário, quanto menos trabalho e maior ganho, maior é a recompensa. Em suma, o funcionalismo público é uma classe que quanto mais se agiganta, mais se torna inútil, mais se torna incontrolável. O potencial de subversão do funcionalismo público é altamente destrutivo. E em nome disso, pode ameaçar tanto a economia, como as liberdades de um país democrático.
Não condeno quem busca a carreira pública. Sob muitos aspectos, as vantagens do funcionalismo são sedutoras e é uma atividade laboral e honesta como qualquer outra. Em muitos países ricos e democráticos, o funcionalismo público tem um significado bastante secundário, como de fato, deve ser. No entanto, é criticável a mitificação do cargo público como se fosse uma atividade superior, acima do bem e do mal, ou um "sonho", na visão do juiz William Douglas. Este "sonho" custa muito caro ao país. No Brasil, o cargo público ganha aura mística, sacerdotal, importância desproporcional e absurda. O inchaço do poder público e a expansão da burocracia estatal é uma tragédia para o país. Onera o contribuinte, arruína as contas do Estado e poda o desenvolvimento de uma nação.
Fóbico
Vi na MTV ontem à noite que, pasmem, um homossexual é assassinado a cada dois dias no Brasil. Portanto, somos um país homofóbico e, desta forma, é preciso urgente aprovar leis que garantam o avanço da agenda homossexual no país.
Fiquei pensando sobre isto e cheguei a algumas conclusões estarrecedoras:
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de heterossexuais. As estatísticas indicam que chegam a 50 mil por ano o número de assassintatos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país heterofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta heterofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de negros. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país negrofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta negrofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de brancos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país brancofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta brancofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de pardos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país pardofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta pardofobia.
- TODOS OS DIAS devem ser assassinadas no Brasil muitas prostitutas. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país prostitutofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta prostitutofobia.
Fiquei pensando sobre isto e cheguei a algumas conclusões estarrecedoras:
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de heterossexuais. As estatísticas indicam que chegam a 50 mil por ano o número de assassintatos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país heterofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta heterofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de negros. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país negrofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta negrofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de brancos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país brancofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta brancofobia.
- TODOS OS DIAS são assassinados no Brasil centenas de pardos. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país pardofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta pardofobia.
- TODOS OS DIAS devem ser assassinadas no Brasil muitas prostitutas. Evidentemente, é sinal de que o Brasil é um país prostitutofóbico, logo é urgente que sejam aprovadas leis que combatam esta prostitutofobia.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Da Veja
"Os dois problemas estruturais do mundo comunista ficaram evidentes: a supercentralização e a ausência de incentivos, particularmente de recompensas pelo esforço individual. Inibiam-se a inovação e os ganhos de produtividade, que são centrais no processo de desenvolvimento."
Mailson da Nóbrega
"A macroestrutura é condição necessária ao desenvo.vimento sustentado, não suficiente. Não é possível ter uma grande economia povoada por pessoas medíocres."
Gustavo Ioschpe
"A intimorata negação cotidiane de todo o conhecimento humano acumulado em 6.000 anos de civilização talvez não tenha sido, porém, o maior mal da era Lula. Mais ruinosa ainda, por metódica e mal-intencionada, foi a tentativa de inculcar nos brasileiros uma novilíngua, o idioma do dominador, compilado sob medida para disfarçar malfeitorias, encobrir fracassos, ridicularizar adversários e "radicalizar" os debates."
Mailson da Nóbrega
"A macroestrutura é condição necessária ao desenvo.vimento sustentado, não suficiente. Não é possível ter uma grande economia povoada por pessoas medíocres."
Gustavo Ioschpe
"A intimorata negação cotidiane de todo o conhecimento humano acumulado em 6.000 anos de civilização talvez não tenha sido, porém, o maior mal da era Lula. Mais ruinosa ainda, por metódica e mal-intencionada, foi a tentativa de inculcar nos brasileiros uma novilíngua, o idioma do dominador, compilado sob medida para disfarçar malfeitorias, encobrir fracassos, ridicularizar adversários e "radicalizar" os debates."
Patético
José Alencar é um homem que, em princípio, seria depositário de todas as minhas admirações, um homem que saiu da pobreza e, com trabalho, construiu uma grande empresa e ficou rico. Digo “em princípio” porque já li que sua ascensão empresarial está ligada a muitos negócios com o governo, benefícios, estatais, etc. Mas isto pode, ou não, ser verdade, então o que vale, até prova em contrário, é o fato de que ele trabalhou para construir o que tem.
Mas aí entra em cena o José Alencar político, e, afirmo, ele não precisava disso. Poderia ter muito bem agido como Jorge Gerdau que não cansa de recusar os convites governamentais. José de Alencar não, ele caiu em tentação. Uma pena.
José Alencar foi o empresário escolhido para diminuir o viés socialista da candidatura Lula, para dar um pouco de tranqüilidade ao empresariado na eleição de 2002. Na eleição de 2006 ele só continuou como companheiro de chapa porque nenhuma das outras alternativas de Lula deu certo.
Desta forma, podemos afirmar que:
- Em 2002 José Alencar serviu como instrumento do PT. Não havia nenhuma intenção de que ele colaborasse com o governo, com idéias, projetos, etc. Ele servia apenas como imagem, para tornar a candidatura Lula mais palatável;
- Em 2006 o PT estava pronto para fazer com ele aquilo que faz com todos aqueles que, após usados, deixam de ser úteis – jogá-lo na lata de lixo da história. O acaso, o fato de que nenhuma das outras alternativas de Lula deram certo, fez com que ele fosse novamente companheiro de chapa. Por falta de opção no momento.
No governo José Alencar foi durante 8 anos uma figura decorativa. Pode ser empresário, selfmade man, mas enquanto membro do governo não contribuiu com nada para tornar mais fácil a vida de quem produz no Brasil. Nada fez pela redução da carga tributária, do custo trabalhista. Nada fez pela redução da burocracia estatal. Nada fez para combater produtos chineses. Nada fez pelo câmbio.
Em alguns momentos até questionou a taxa de juros, mas era como se fosse a crítica de um cidadão comum, uma vez que totalmente desprovida de conseqüência no mundo real.
José Alencar assistiu passivamente ao aparelhamento do estado, à tomada de assalto do patrimônio público pelos sindicalistas. Assistiu passivamente a todos os escândalos de corrupção da era Lula. José Alencar assistiu passivamente à degradação moral que atingiu o país nos últimos oito anos.
No final do mandato, já quase esquecido, eis que surge uma oportunidade para, novamente, José Alencar ser útil ao petismo. Lula e Dilma utilizaram a sua doença para serem fotografados ao lado dele e mostrarem como são humanos. Um dia antes da foto os “humanos” haviam promovido uma festança no Alvorada. José Alencar aceita mais uma vez o papel de servir de objeto de decoração ao petismo, quando necessário.
Patético. Ele não precisava disso. Seria a vaidade a maior inimiga do homem?
Mas aí entra em cena o José Alencar político, e, afirmo, ele não precisava disso. Poderia ter muito bem agido como Jorge Gerdau que não cansa de recusar os convites governamentais. José de Alencar não, ele caiu em tentação. Uma pena.
José Alencar foi o empresário escolhido para diminuir o viés socialista da candidatura Lula, para dar um pouco de tranqüilidade ao empresariado na eleição de 2002. Na eleição de 2006 ele só continuou como companheiro de chapa porque nenhuma das outras alternativas de Lula deu certo.
Desta forma, podemos afirmar que:
- Em 2002 José Alencar serviu como instrumento do PT. Não havia nenhuma intenção de que ele colaborasse com o governo, com idéias, projetos, etc. Ele servia apenas como imagem, para tornar a candidatura Lula mais palatável;
- Em 2006 o PT estava pronto para fazer com ele aquilo que faz com todos aqueles que, após usados, deixam de ser úteis – jogá-lo na lata de lixo da história. O acaso, o fato de que nenhuma das outras alternativas de Lula deram certo, fez com que ele fosse novamente companheiro de chapa. Por falta de opção no momento.
No governo José Alencar foi durante 8 anos uma figura decorativa. Pode ser empresário, selfmade man, mas enquanto membro do governo não contribuiu com nada para tornar mais fácil a vida de quem produz no Brasil. Nada fez pela redução da carga tributária, do custo trabalhista. Nada fez pela redução da burocracia estatal. Nada fez para combater produtos chineses. Nada fez pelo câmbio.
Em alguns momentos até questionou a taxa de juros, mas era como se fosse a crítica de um cidadão comum, uma vez que totalmente desprovida de conseqüência no mundo real.
José Alencar assistiu passivamente ao aparelhamento do estado, à tomada de assalto do patrimônio público pelos sindicalistas. Assistiu passivamente a todos os escândalos de corrupção da era Lula. José Alencar assistiu passivamente à degradação moral que atingiu o país nos últimos oito anos.
No final do mandato, já quase esquecido, eis que surge uma oportunidade para, novamente, José Alencar ser útil ao petismo. Lula e Dilma utilizaram a sua doença para serem fotografados ao lado dele e mostrarem como são humanos. Um dia antes da foto os “humanos” haviam promovido uma festança no Alvorada. José Alencar aceita mais uma vez o papel de servir de objeto de decoração ao petismo, quando necessário.
Patético. Ele não precisava disso. Seria a vaidade a maior inimiga do homem?
Do Coturno Noturno
O plano perfeito.
Ah, oposição, quanta incompetência reunida em cada vez menos representantes, como não poderia deixar de ser. Lula, ao encerrar os seus dois mandatos, inunda as manchetes de mentiras e não aparece nenhuma reação organizada para desmantelar o que está sendo dito. Ninguém crava uma bandeira azul para demarcar espaços e impedir que farsas se transformem em verdades históricas, que alimentarão a campanha do "Volta, Lula" em 2014. O plano é perfeito. Lula vende ao país que tudo melhorou e que vai melhorar ainda mais, que basta Dilma fazer um pequeno esforço para transformar o Brasil na quinta economia do mundo. Que o dinheiro do pré-sal vai jorrar e borrifar de fortuna a todos os eleitores. Nada precisa ser mudado, nem mesmo o ministério. O Orçamento? Ora, se não for como eu quero, eu veto, afirma Lula. Como se o seu veto, tecnicamente, valesse alguma coisa além de 31 de dezembro. No entanto, fica a mensagem: eu não cortei. Lula atravessa o país de cima a baixo sem falar na explosiva dívida pública, no estrondoso aumento dos gastos com pessoal, dos juros estratosféricos, do câmbio que aniquila empresas, da corrupção devastadora dos poucos recursos públicos. Lula, no seu discurso, entrega ao Brasil um Brasil irretocável, sem que um só opositor exercite o direito de informar a verdade ao povo brasileiro. Há muito tempo só vale o que Lula fala, sem que uma só voz se levante contra ele. E assim Lula vai construindo o mito de líder imbatível, não pela sua coragem, mas pela covardia de quem deveria representar 44 milhões de brasileiros. Um dia apostaram que Lula sangraria no Mensalão e talvez estejam pensando que ele vai minguar em quatro anos longe do poder oficial. Tolos. O que Lula está construindo neste momento, ao pintar um Brasil que não existe e que terá que ser consertado por Dilma, é a garantia da sua volta. Este é o plano. Daqui quatro anos, depois de tempos mais difíceis, muito mais difíceis, Lula será uma espécie de "os bons tempos estão de volta". E a saudade que o povo vai estar sentindo de Lula arrasará a oposição nas urnas. E sabem por que isto vai acontecer? Porque a oposição não tem sensibilidade e inteligência política para, por exemplo, reunir os seus principais líderes em 31 de dezembro para um manifesto ao país dizendo o que Dilma terá que fazer em função do Lula não fez. Para fazer um alerta ao país. Para fazer um chamamento à razão. E para dizer que a oposição vai cumprir o seu papel. Que nada. O que vamos assistir no dia primeiro é a cara de boboca do Alckmin e a cara de banana do Anastasia na fila de cumprimentos da despedida do Lula e da posse da sua interina, em alto fervor cívico e marcando presença com aquela reverência democrática dos politicamente corretos. O plano é perfeito. A mamulenga faz o serviço sujo para que ele retorne nos ombros do povo, porque os "bons tempos voltaram".
Ah, oposição, quanta incompetência reunida em cada vez menos representantes, como não poderia deixar de ser. Lula, ao encerrar os seus dois mandatos, inunda as manchetes de mentiras e não aparece nenhuma reação organizada para desmantelar o que está sendo dito. Ninguém crava uma bandeira azul para demarcar espaços e impedir que farsas se transformem em verdades históricas, que alimentarão a campanha do "Volta, Lula" em 2014. O plano é perfeito. Lula vende ao país que tudo melhorou e que vai melhorar ainda mais, que basta Dilma fazer um pequeno esforço para transformar o Brasil na quinta economia do mundo. Que o dinheiro do pré-sal vai jorrar e borrifar de fortuna a todos os eleitores. Nada precisa ser mudado, nem mesmo o ministério. O Orçamento? Ora, se não for como eu quero, eu veto, afirma Lula. Como se o seu veto, tecnicamente, valesse alguma coisa além de 31 de dezembro. No entanto, fica a mensagem: eu não cortei. Lula atravessa o país de cima a baixo sem falar na explosiva dívida pública, no estrondoso aumento dos gastos com pessoal, dos juros estratosféricos, do câmbio que aniquila empresas, da corrupção devastadora dos poucos recursos públicos. Lula, no seu discurso, entrega ao Brasil um Brasil irretocável, sem que um só opositor exercite o direito de informar a verdade ao povo brasileiro. Há muito tempo só vale o que Lula fala, sem que uma só voz se levante contra ele. E assim Lula vai construindo o mito de líder imbatível, não pela sua coragem, mas pela covardia de quem deveria representar 44 milhões de brasileiros. Um dia apostaram que Lula sangraria no Mensalão e talvez estejam pensando que ele vai minguar em quatro anos longe do poder oficial. Tolos. O que Lula está construindo neste momento, ao pintar um Brasil que não existe e que terá que ser consertado por Dilma, é a garantia da sua volta. Este é o plano. Daqui quatro anos, depois de tempos mais difíceis, muito mais difíceis, Lula será uma espécie de "os bons tempos estão de volta". E a saudade que o povo vai estar sentindo de Lula arrasará a oposição nas urnas. E sabem por que isto vai acontecer? Porque a oposição não tem sensibilidade e inteligência política para, por exemplo, reunir os seus principais líderes em 31 de dezembro para um manifesto ao país dizendo o que Dilma terá que fazer em função do Lula não fez. Para fazer um alerta ao país. Para fazer um chamamento à razão. E para dizer que a oposição vai cumprir o seu papel. Que nada. O que vamos assistir no dia primeiro é a cara de boboca do Alckmin e a cara de banana do Anastasia na fila de cumprimentos da despedida do Lula e da posse da sua interina, em alto fervor cívico e marcando presença com aquela reverência democrática dos politicamente corretos. O plano é perfeito. A mamulenga faz o serviço sujo para que ele retorne nos ombros do povo, porque os "bons tempos voltaram".
sábado, 25 de dezembro de 2010
Pensamentos
"...as pessoas não gostam de pensar. E quanto mais problemas elas têm, menos querem pensar. Mas, por uma espécie de instinto, elas acham que deviam pensar e por isso sentem-se culpadas. Por esse motivo elas adoram e seguem qualquer um que lhes der uma justificativa para não pensar..."
"Não sei se estou ficando velho e mais exigente, ou se a espécie humana está degenerando, mas quando eu era mais moço o mundo não parecia tão pobre em inteligência."
Trechos das páginas 16 e 28 do segundo volume do genial A Revolta de Atlas, de Ayn Rand.
"Não sei se estou ficando velho e mais exigente, ou se a espécie humana está degenerando, mas quando eu era mais moço o mundo não parecia tão pobre em inteligência."
Trechos das páginas 16 e 28 do segundo volume do genial A Revolta de Atlas, de Ayn Rand.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Do Rodrigo Constantino
"Deu no G1: "O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (22) o Orçamento de 2011. A receita total da União estimada para o próximo exercício é de R$ 2,073 trilhões. A votação foi concluída às 22h27, perto do prazo limite de meia-noite que o Congresso tinha para votar essa proposta. O texto segue agora para a sanção presidencial."
Comento: Atentai, brasileiros, para o tamanho do Estado em nosso país! O orçamento inclui as estatais, e retrata melhor quanto da economia passa pela mão visível do Leviatã. Nosso PIB está em torno de US$ 2 trilhões, ou algo como R$ 3,4 trilhões por ano. E o governo aprovou um orçamento de... R$ 2 trilhões! É isso mesmo! Quase 60% do PIB brasileiro! E ainda tem gente que chama o Brasil de "neoliberal"..."
Comento: Atentai, brasileiros, para o tamanho do Estado em nosso país! O orçamento inclui as estatais, e retrata melhor quanto da economia passa pela mão visível do Leviatã. Nosso PIB está em torno de US$ 2 trilhões, ou algo como R$ 3,4 trilhões por ano. E o governo aprovou um orçamento de... R$ 2 trilhões! É isso mesmo! Quase 60% do PIB brasileiro! E ainda tem gente que chama o Brasil de "neoliberal"..."
Do Marco Antonio Villa
"Mas o pulo do gato foi buscar apoio eleitoral nos setores desorganizados, onde o PT era muito frágil, entre os menos escolarizados e com renda inferior a um salário mínimo. Sem vontade própria ou poder de mobilização, os beneficiários do Bolsa Família transformaram- se naquilo que todo governo conservador almeja: são fiéis e obedientes eleitores do oficialismo.
Temeroso ao extremo, Lula fez uma pálida gestão econômica. Sem a mínima ousadia, buscou resultados seguros e imediatos, sem nenhuma visão estratégica. Não foi um estadista. Longe disso. Assemelhou- se a um presidente da República Velha. Priorizou o setor primário da economia e desindustrializou o país. Soldou uma estranha aliança econômica entre o capital financeiro e o setor exportador.
O conservadorismo político-econômico também esteve presente na política externa. As causas democráticas e humanistas foram abandonadas.
O Brasil alinhou-se com ditaduras stalinistas, caudilhos passadistas e teocracias. Nas disputas internacionais, o país perdeu todas.
Por paradoxal que pareça, Lula considerou uma vitória a sucessão de derrotas. No campo social, o avanço foi pequeno.
Na educação, continuamos com milhões de analfabetos adultos e com um ensino fundamental formando alunos que desconhecem a língua portuguesa e as quatro operações matemáticas. Contudo, para agradar a suas bases políticas, criou várias universidades públicas. Os programas de habitação popular nunca atingiram as metas previstas.
O saneamento básico apresenta um quadro dantesco. Os programas de erradicação da pobreza fracassaram.
Mesmo assim, foram nas regiões mais miseráveis que a popularidade de Lula atingiu os índices mais altos. Isto mostra a eficácia, por um lado, do Bolsa Família, e, por outro, da capacidade de comunicação e de construção de um discurso político por parte do presidente. E mais: demonstra a ausência nos últimos oito anos de uma oposição atuante, crítica e propositiva."
Temeroso ao extremo, Lula fez uma pálida gestão econômica. Sem a mínima ousadia, buscou resultados seguros e imediatos, sem nenhuma visão estratégica. Não foi um estadista. Longe disso. Assemelhou- se a um presidente da República Velha. Priorizou o setor primário da economia e desindustrializou o país. Soldou uma estranha aliança econômica entre o capital financeiro e o setor exportador.
O conservadorismo político-econômico também esteve presente na política externa. As causas democráticas e humanistas foram abandonadas.
O Brasil alinhou-se com ditaduras stalinistas, caudilhos passadistas e teocracias. Nas disputas internacionais, o país perdeu todas.
Por paradoxal que pareça, Lula considerou uma vitória a sucessão de derrotas. No campo social, o avanço foi pequeno.
Na educação, continuamos com milhões de analfabetos adultos e com um ensino fundamental formando alunos que desconhecem a língua portuguesa e as quatro operações matemáticas. Contudo, para agradar a suas bases políticas, criou várias universidades públicas. Os programas de habitação popular nunca atingiram as metas previstas.
O saneamento básico apresenta um quadro dantesco. Os programas de erradicação da pobreza fracassaram.
Mesmo assim, foram nas regiões mais miseráveis que a popularidade de Lula atingiu os índices mais altos. Isto mostra a eficácia, por um lado, do Bolsa Família, e, por outro, da capacidade de comunicação e de construção de um discurso político por parte do presidente. E mais: demonstra a ausência nos últimos oito anos de uma oposição atuante, crítica e propositiva."
Do Demétrio Magnoli
"Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta." Lula não teve essa ideia quando Hugo Chávez fechou a RCTV, nem quando os Castro negaram visto de viagem à blogueira Yoani Sánchez que lançaria seu livro no Brasil. Não a teve quando José Sarney usou suas conexões privilegiadas no Judiciário para intimidar Alcinéa Cavalcante, uma blogueira do Amapá, ou para obter uma ordem de censura contra O Estado de S. Paulo. Ele quase não disfarça o desejo de presenciar uma ofensiva ilegal dos EUA contra o WikiLeaks. Sob o seu ponto de vista, isso provaria que todos são iguais - e que os inimigos da liberdade de imprensa estão certos.
Alguém notou um sorriso furtivo, o tom de escárnio com que o presidente pronunciou as palavras "total e absoluta"?
Alguém notou um sorriso furtivo, o tom de escárnio com que o presidente pronunciou as palavras "total e absoluta"?
Brasil real
Aquele que não existe no jornal.
Quando estou na minha cidade, almoço a maioria das vezes no mesmo restaurante.
No começo do ano eu pagava entre R$20,00 e R$22,00 por dia.
Hoje paguei R$31,50.
Ando com preguiça de fazer churrasco em casa, o último que fiz foi no dia das mães. Pagava entre R$25 e R$32 a peça de picanha no supermercado, dependendo do peso.
Vou fazer um na noite de Natal. Já comprei a picanha. Por R$50,00.
Quando estou na minha cidade, almoço a maioria das vezes no mesmo restaurante.
No começo do ano eu pagava entre R$20,00 e R$22,00 por dia.
Hoje paguei R$31,50.
Ando com preguiça de fazer churrasco em casa, o último que fiz foi no dia das mães. Pagava entre R$25 e R$32 a peça de picanha no supermercado, dependendo do peso.
Vou fazer um na noite de Natal. Já comprei a picanha. Por R$50,00.
A popularidade
Faz menos de 60 dias que 44% dos brasileiros que compareceram às urnas deixaram claro – não querem continuidade do governo do PT. Vejam só, foram 44% dos que compareceram às urnas. Se forem considerados todos os brasileiros, o percentual de insatisfeitos certamente ultrapassaria 50%, pois muita gente, de tão indignada, nem comparece para votar.
Mais um detalhe – esses heróicos 44% são aqueles que resistiram a meses de rolo compressor governamental. Se a lei eleitoral valesse para Lula e o PT, certamente o percentual de insatisfeitos seria ainda maior.
Mas os 50 e poucos dias decorridos desde 31 de outubro já foram suficientes para que a imprensa vendida e os institutos de pesquisas vendidos “esquecessem” a verdade. Tudo já voltou ao normal, e acabam de declarar em conjunto “popularidade de Lula atinge 87%”.
Percebe-se que o bolso desta gente é profundo, para caber todo o dinheiro que recebem, mas sua memória é bem curta.
Mais um detalhe – esses heróicos 44% são aqueles que resistiram a meses de rolo compressor governamental. Se a lei eleitoral valesse para Lula e o PT, certamente o percentual de insatisfeitos seria ainda maior.
Mas os 50 e poucos dias decorridos desde 31 de outubro já foram suficientes para que a imprensa vendida e os institutos de pesquisas vendidos “esquecessem” a verdade. Tudo já voltou ao normal, e acabam de declarar em conjunto “popularidade de Lula atinge 87%”.
Percebe-se que o bolso desta gente é profundo, para caber todo o dinheiro que recebem, mas sua memória é bem curta.
Registro para a história
De janeiro a novembro de 2010 a inflação medida pelo IGPM - FGV está em 10,5%. Deverá fechar o ano acima de 11%.
Fica aqui registrado - Lula entrega o governo com inflação de 2 dígitos.
Fica aqui registrado - Lula entrega o governo com inflação de 2 dígitos.
O grande equívoco histórico
A história está repleta de equívocos. Mas há acertos também, e é em função desses acertos que a humanidade conseguiu se segurar até hoje e obter algum progresso. Quando olho para o futuro, no entanto, sou pessimista. Me parece que os equívocos passam a ser tão relevantes que são capazes de anular os acertos. Veremos.
Mas se eu tivesse que escolher apenas um grande equívoco histórico para ilustrar os desacertos da humanidade, eu citaria o caso Brasil.
A história do Brasil é um festival de erros difícil de ser superado.
Começou com o chamado descobrimento. Os portugueses queriam apenas explorar o novo território. Logo na sequência, passaram a enviar para cá o que de pior havia em Portugal.
Um pouco mais para a frente teve início a escravidão de africanos.
Assim foram formadas as bases do povo brasileiro:
- Índios desprovidos de capacidade de progredir (tanto que os poucos povos que ainda não tiveram contato com o homem branco continuam vivendo exatamente como viviam no tempo de Cabral);
- Bandidos portugueses;
- Exploradores portugueses, que viam o novo território como algo apenas a ser saqueado;
- Negros que foram trazidos para cá com violência e contra a sua vontade.
O resultado desta mistura foi um povo preguiçoso, malandro e com baixa auto-estima.
Aí nos tornamos independentes. Mas a tal independência veio muito mais em função de problemas entre D. Pedro e as cortes constitucionais portuguesas, e da insatisfação com tributos cobrados pela metrópole, do que de um legítimo desejo de ser um povo independente.
Proclamada a tal independência, várias regiões do Brasil preferiram continuar sendo colônia de Portugal. E foi preciso guerra para mantê-las unidas ao Brasil. Mais um equívoco – acabamos sendo um país imenso, difícil de administrar, com a maioria da população distante do poder e com gigantescas diferenças entre regiões.
Aqui no sul eu (e muitos) tenho certeza de que trabalhamos para pagar impostos para sustentar não só o esquema de corrupção mas, também, as regiões norte e nordeste.
Eu estava no Pará no final de semana e tive oportunidade de ler os jornais de lá. Constatei que na visão deles a região norte existe apenas para ser explorada em benefício do “sul maravilha”.
Talvez ambos os lados tenham razão. O equívoco está na origem – regiões tão distintas jamais poderiam compor um mesmo país. Fosse o Brasil dividido em pelo menos três nações distintas, tenho certeza que todas as três estariam melhores sozinhas do que estão como penduricalhos de um mesmo país.
Entre os diversos equívocos históricos deste nosso território está o fato de nunca ter sido dado o devido valor à educação. Este é um equívoco que temos conseguido aumentar com o tempo, uma vez que a educação passa a cada momento a ser mais objeto de proselitismo político e menos realidade nas salas de aula.
A mistura de um povo preguiçoso, malandro e ignorante com o sistema de voto popular foi a fórmula que gerou a bomba que ora explode em nossas mãos. Como aqueles que estão no poder só estão em função de miséria e ignorância do povo, é evidente que suas ações somente terão como objetivo ... preservar este estado de miséria e ignorância. Por mais que os discursos digam que “nunca antes”. Seria até contra a natureza humana que nossos governantes fizessem alguma coisa que colocasse em risco a sua própria permanência no poder.
Um povo malandro, acostumado com pequenas malandragens na sua vida cotidiana, acabou por ser tolerante com a corrupção observada no poder público, afinal todos (ou quase todos) pensam que se estivessem lá fariam a mesma coisa. Desta forma, com oceanos de dinheiro público correndo para os bolsos de poderosos e de amigos de poderosos, acabamos por ser um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas sem saneamento básico, sem estradas, sem saúde pública, sem escolas, sem segurança, sem nada. Para um povo com baixa auto-estima, está bom como está.
Se há algo de “nunca antes” neste mundo, são as transformações que a humanidade irá observar no futuro muito próximo. Vejo duas delas como extremamente relevantes – a migração do eixo de poder dos EUA/Europa para a China e o fundamentalismo islâmico. Ambos os processos significam, na prática, o fim da vida como a conhecemos. Sim, a vida que conhecemos é aquela baseada nos valores da civilização ocidental, valores estes que não são compartilhados pela civilização oriental, nem pelos extremistas muçulmanos. Assim, nós ocidentais já entramos neste novo jogo condenados a sermos apenas espectadores ... ou vítimas.
Um país que é em si um grande equívoco histórico, de imensas extensões territoriais, fraco, desorganizado, corrupto, povoado por gente preguiçosa, malandra, ignorante e com baixa auto-estima tende a ser visto pelo novo poder global apenas como uma grande fazenda. E o destino de seus habitantes talvez seja trabalhar como peões de chineses...
Mas se eu tivesse que escolher apenas um grande equívoco histórico para ilustrar os desacertos da humanidade, eu citaria o caso Brasil.
A história do Brasil é um festival de erros difícil de ser superado.
Começou com o chamado descobrimento. Os portugueses queriam apenas explorar o novo território. Logo na sequência, passaram a enviar para cá o que de pior havia em Portugal.
Um pouco mais para a frente teve início a escravidão de africanos.
Assim foram formadas as bases do povo brasileiro:
- Índios desprovidos de capacidade de progredir (tanto que os poucos povos que ainda não tiveram contato com o homem branco continuam vivendo exatamente como viviam no tempo de Cabral);
- Bandidos portugueses;
- Exploradores portugueses, que viam o novo território como algo apenas a ser saqueado;
- Negros que foram trazidos para cá com violência e contra a sua vontade.
O resultado desta mistura foi um povo preguiçoso, malandro e com baixa auto-estima.
Aí nos tornamos independentes. Mas a tal independência veio muito mais em função de problemas entre D. Pedro e as cortes constitucionais portuguesas, e da insatisfação com tributos cobrados pela metrópole, do que de um legítimo desejo de ser um povo independente.
Proclamada a tal independência, várias regiões do Brasil preferiram continuar sendo colônia de Portugal. E foi preciso guerra para mantê-las unidas ao Brasil. Mais um equívoco – acabamos sendo um país imenso, difícil de administrar, com a maioria da população distante do poder e com gigantescas diferenças entre regiões.
Aqui no sul eu (e muitos) tenho certeza de que trabalhamos para pagar impostos para sustentar não só o esquema de corrupção mas, também, as regiões norte e nordeste.
Eu estava no Pará no final de semana e tive oportunidade de ler os jornais de lá. Constatei que na visão deles a região norte existe apenas para ser explorada em benefício do “sul maravilha”.
Talvez ambos os lados tenham razão. O equívoco está na origem – regiões tão distintas jamais poderiam compor um mesmo país. Fosse o Brasil dividido em pelo menos três nações distintas, tenho certeza que todas as três estariam melhores sozinhas do que estão como penduricalhos de um mesmo país.
Entre os diversos equívocos históricos deste nosso território está o fato de nunca ter sido dado o devido valor à educação. Este é um equívoco que temos conseguido aumentar com o tempo, uma vez que a educação passa a cada momento a ser mais objeto de proselitismo político e menos realidade nas salas de aula.
A mistura de um povo preguiçoso, malandro e ignorante com o sistema de voto popular foi a fórmula que gerou a bomba que ora explode em nossas mãos. Como aqueles que estão no poder só estão em função de miséria e ignorância do povo, é evidente que suas ações somente terão como objetivo ... preservar este estado de miséria e ignorância. Por mais que os discursos digam que “nunca antes”. Seria até contra a natureza humana que nossos governantes fizessem alguma coisa que colocasse em risco a sua própria permanência no poder.
Um povo malandro, acostumado com pequenas malandragens na sua vida cotidiana, acabou por ser tolerante com a corrupção observada no poder público, afinal todos (ou quase todos) pensam que se estivessem lá fariam a mesma coisa. Desta forma, com oceanos de dinheiro público correndo para os bolsos de poderosos e de amigos de poderosos, acabamos por ser um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas sem saneamento básico, sem estradas, sem saúde pública, sem escolas, sem segurança, sem nada. Para um povo com baixa auto-estima, está bom como está.
Se há algo de “nunca antes” neste mundo, são as transformações que a humanidade irá observar no futuro muito próximo. Vejo duas delas como extremamente relevantes – a migração do eixo de poder dos EUA/Europa para a China e o fundamentalismo islâmico. Ambos os processos significam, na prática, o fim da vida como a conhecemos. Sim, a vida que conhecemos é aquela baseada nos valores da civilização ocidental, valores estes que não são compartilhados pela civilização oriental, nem pelos extremistas muçulmanos. Assim, nós ocidentais já entramos neste novo jogo condenados a sermos apenas espectadores ... ou vítimas.
Um país que é em si um grande equívoco histórico, de imensas extensões territoriais, fraco, desorganizado, corrupto, povoado por gente preguiçosa, malandra, ignorante e com baixa auto-estima tende a ser visto pelo novo poder global apenas como uma grande fazenda. E o destino de seus habitantes talvez seja trabalhar como peões de chineses...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Do Olavo de Carvalho
"Por que devemos consentir em continuar chamando de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação” um semi-analfabeto que não sabe sequer soletrar a palavra “cabeçalho”? Por que devemos continuar adornando com o título de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Defesa” um civil bocó que se fantasia de general sem nem saber que com isso comete ilegalidade? Por que devemos honrar sob a denominação de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Cultura” um pateta sem cultura nenhuma? Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham – se é que tinham – relações sexuais com cabritas e jumentas?"
"Nunca, na história de país nenhum, se viu uma degradação moral tão rápida, tão geral e avassaladora. Os crimes mais hediondos, as traições mais flagrantes, os escândalos mais intoleráveis são aceitos por toda parte não só com indiferença, mas com um risinho de cumplicidade cínica que, nesse ambiente, vale como prova de realismo e maturidade."
"Nunca, na história de país nenhum, se viu uma degradação moral tão rápida, tão geral e avassaladora. Os crimes mais hediondos, as traições mais flagrantes, os escândalos mais intoleráveis são aceitos por toda parte não só com indiferença, mas com um risinho de cumplicidade cínica que, nesse ambiente, vale como prova de realismo e maturidade."
Maioria X minoria
O verde paraguaio Al Gore fez a maioria do voto popular na eleição de 2000, mas foi Jorge W. Bush quem levou a presidência.
Reação da mídia global, da academia, dos artistas: "isto é a prova de que os Estados Unidos são uma ditadura sob o disfarce de democracia."
A oposição venezuelana fez a maioria do voto popular nas eleições parlamentares de 2010, mas levou a minoria das cadeiras no parlamento daquele país.
Reação da mídia global, da academia e dos artistas: "isso que é democracia".
Reação da mídia global, da academia, dos artistas: "isto é a prova de que os Estados Unidos são uma ditadura sob o disfarce de democracia."
A oposição venezuelana fez a maioria do voto popular nas eleições parlamentares de 2010, mas levou a minoria das cadeiras no parlamento daquele país.
Reação da mídia global, da academia e dos artistas: "isso que é democracia".
Progressista...
Já escrevi aqui que 8 anos de petismo foram suficientes para nos fazer regredir 200 anos na história. Regredimos ao tempo do absolutismo, e o último monarca absolutista havia sido D. João VI.
Agora, acompanhando a cena política nacional, percebo outra “conquista” do petismo – conseguiram devolver a mulher à condição de submissa ao homem.
Neste rumo, não tenho dúvidas, mais alguns anos de governos petistas garantirão que nos comuniquemos por rugidos, que moremos em cavernas e sejamos transportados por cipós. Ah, será necessário criar o Bolsa Banana para acompanhar este progresso todo.
Isto que é governo progressista.
Agora, acompanhando a cena política nacional, percebo outra “conquista” do petismo – conseguiram devolver a mulher à condição de submissa ao homem.
Neste rumo, não tenho dúvidas, mais alguns anos de governos petistas garantirão que nos comuniquemos por rugidos, que moremos em cavernas e sejamos transportados por cipós. Ah, será necessário criar o Bolsa Banana para acompanhar este progresso todo.
Isto que é governo progressista.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Colapso
Quem utiliza o transporte aéreo brasileiro percebe facilmente que o sistema se encontra à beira de um colapso. O setor cresceu muito em termos de usuários e aeronaves, mas continua utilizando a mesma infraestrutura da época em que o tráfego aéreo era 1/3, ou menos, do que é hoje.
Pior, os funcionários das companhias aéreas, principalmente os de terra, demonstram com suas expressões faciais que estão à beira de um colapso nervoso. Fica evidente em suas fisionomias a vontade que têm de bater nos passageiros.
Fico imaginando como anda a coisa dentro das fechadas salas de controle de tráfego aéreo...
Como este colapso irá se materializar? Não sei, só espero que não seja sob a forma de acidentes.
Pior, os funcionários das companhias aéreas, principalmente os de terra, demonstram com suas expressões faciais que estão à beira de um colapso nervoso. Fica evidente em suas fisionomias a vontade que têm de bater nos passageiros.
Fico imaginando como anda a coisa dentro das fechadas salas de controle de tráfego aéreo...
Como este colapso irá se materializar? Não sei, só espero que não seja sob a forma de acidentes.
Do Augusto Nunes
"O migrante nordestino que chegou à Presidência sem escalas em bancos escolares tem tudo a ver com o país dos 14 milhões de analfabetos, dos 50 milhões que não compreendem o que acabaram de ler nem conseguem somar dois mais dois, da imensidão de miseráveis embrutecidos pela ignorância endêmica e condenados a uma vida não vivida. Esse mundo é indulgente com intuitivos que falam sem parar sobre assuntos que ignoram. E é hostil a homens que pensam e agem com sensatez. É um mundo que demora a alcançar em sua exata dimensão a lucidez do sociólogo nascido no Rio que tinha escrito muitos livros quando se instalou no Planalto."
Pirataria
Domingo pela manhã passeamos pela feira de "artesanato" de Belém. Como todas as feiras de "artesanato" das capitais, a de Belém já possui mais bancas vendendo produtos piratas do que artesanato.
Os produtos ficam lá expostos, são exatamente iguais aos originais, mas muito mais baratos. Parecem tão inocentes. Ao olhar um produto desses fico tentanto imaginar a cadeia de crimes e criminosos que está por trás dele. Quando o consumidor inocentemente compra um desses produtos está, sem saber, financiando o crime organizado mundial, enfraquecendo a indústria, o emprego, a segurança. Enfim, está contribuindo financeiramente com a desconstrução social ora em curso.
Os produtos ficam lá expostos, são exatamente iguais aos originais, mas muito mais baratos. Parecem tão inocentes. Ao olhar um produto desses fico tentanto imaginar a cadeia de crimes e criminosos que está por trás dele. Quando o consumidor inocentemente compra um desses produtos está, sem saber, financiando o crime organizado mundial, enfraquecendo a indústria, o emprego, a segurança. Enfim, está contribuindo financeiramente com a desconstrução social ora em curso.
Mestrado e doutorado
Dois anos atrás eu tentei cursar um mestrado numa universidade federal. Apesar de ter sido aprovado em primeiro lugar em todas as etapas técnicas, fui eliminado do processo de admissão na entrevista (conduzida por três professores). Como empresário, fui julgado por eles como sendo ideologicamente incompatível com o curso...meu índice de bolivarianismo está abaixo do mínimo necessário.
E, se fiquei insatisfeito, que fosse reclamar com o bispo ... até fui, contratei um caro advogado administrativa e entrei na justiça. Mas não deu em nada, como era previsível. A "justiça" também é companheira.
Agora fico sabendo que Aloizio Mercadante acaba de ganhar um doutorado de presente da Unicamp, e a única coisa que teve que fazer para merecer o título foi uma defesa das "realizações" do governo Lula.
É, o nível de bolivarianismo de Mercadante está de acordo com as exigências acadêmicas no Brasil. Acesso a mestrado e doutorado em universidades públicas no século XXI só é permitido a comunistas.
Agora, para sustentar esta maracutaia (manter as "universidades") os "progressistas" não têm a menor cerimônia em recolher o dinheiro dos meus impostos.
E, se fiquei insatisfeito, que fosse reclamar com o bispo ... até fui, contratei um caro advogado administrativa e entrei na justiça. Mas não deu em nada, como era previsível. A "justiça" também é companheira.
Agora fico sabendo que Aloizio Mercadante acaba de ganhar um doutorado de presente da Unicamp, e a única coisa que teve que fazer para merecer o título foi uma defesa das "realizações" do governo Lula.
É, o nível de bolivarianismo de Mercadante está de acordo com as exigências acadêmicas no Brasil. Acesso a mestrado e doutorado em universidades públicas no século XXI só é permitido a comunistas.
Agora, para sustentar esta maracutaia (manter as "universidades") os "progressistas" não têm a menor cerimônia em recolher o dinheiro dos meus impostos.
O bom do Pará II
Para concluir sobre o estado do Pará informo aos que não o conhecem que, além da culinária maravilhosa, possui uma ótima vida noturna.
sábado, 18 de dezembro de 2010
O bom do Pará
Como escrevi ontem, o Pará possui muitas mazelas sociais e, pior, não percebo por aqui nenhum sinal de que a situação irá mudar.
Mas uma coisa me dá até vontade de ficar por aqui ... a comida. Quando cheguei me falaram que a comida era muito boa. Mas sou daqueles que só acredito experimentando. Resultado - a comida não é boa, é maravilhosa. Tudo que experimentei até agora (comidas, bebidas, sorvetes, frutas) é indescritivelmente maravilhoso. Eu achava que comia muito bem na minha cidade. Depois de conhecer a comida paraense já não tenha mais esta certeza.
Outra coisa que gostei - viajando pelo interior do estado, cercado por miséria e selva, vi ao longe, no meio de uma clareira, um mastro muito alto, com mais de 30 metros. Lá no alto tremulava uma bandeira do Rio Grande do Sul, só que no lugar do símbolo do estado estava o emblema do Internacional...
Mas uma coisa me dá até vontade de ficar por aqui ... a comida. Quando cheguei me falaram que a comida era muito boa. Mas sou daqueles que só acredito experimentando. Resultado - a comida não é boa, é maravilhosa. Tudo que experimentei até agora (comidas, bebidas, sorvetes, frutas) é indescritivelmente maravilhoso. Eu achava que comia muito bem na minha cidade. Depois de conhecer a comida paraense já não tenha mais esta certeza.
Outra coisa que gostei - viajando pelo interior do estado, cercado por miséria e selva, vi ao longe, no meio de uma clareira, um mastro muito alto, com mais de 30 metros. Lá no alto tremulava uma bandeira do Rio Grande do Sul, só que no lugar do símbolo do estado estava o emblema do Internacional...
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Preconceito
O chatíssimo Geraldo Alckmin repetia à exaustão na campanha de 2006: "prefiro os que me criticam, porque me melhoram, do que os que me adulam, porque me corrompem".
O chato, digo, Alckmin, estava certo em relação a isto. Desde o início do processo civilizatório a crítica foi o caminho para a melhora, para o aperfeiçoamento, para o progresso, enfim.
Sabedores disso, o pessoal do politicamente correto, em sua cruzada anti-civilizatória, precisava acabar com a crítica, e escolheu a via de confundir crítica com preconceito.
A rigor há atualmente apenas 4 estados criticáveis no Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Criticar qualquer um dos demais estados é visto como preconceito.
Rio de Janeiro e Minas Gerais às vezes estão entre os criticáveis, às vezes não. Neste momento, como ambos os estados estão nas mãos de gente de Lula (Aécio / Anastasia e Sério Cabral) ambos estão incriticáveis.
Escrevo esta ladainha toda porque vou falar criticamente sobre o Pará (onde me encontro) e isto será percebido filtro politicamente correto como preconceito.
O Pará é um estado imenso, com território maior do que a maioria dos países do mundo. Dotado de recursos naturais, água, rios, solo fértil, bom clima, possui os elementos básicos para ser uma potência em termos de desenvolvimento. Mas é um estado bastante pobre.
Hoje andei por Belém e fui levado por um amigo até uma cidade a 100 Km de Belém. No trajeto fomos cruzando por miséria e mais miséria, até chegarmos à cidade destino (miserável). As casas são de barro ou, se de tijolos, não possuem reboco. As ruas são divididas por veículos, animais, bicicletas, gente. O povo parece não ter o que fazer, e os que não estão andando pelas ruas estão sentados na frente de casa.
Meu amigo, paraense, comentou: "foi este povo quem elegeu a Dilma. Vocês lá do sul não sabem o que é o Brasil".
O triste é saber que o governo do PT implantou instrumentos que, na prática, apenas aprofundam este ambiente de miséria e subdesenvolvimento, estimulando o ócio, a acomodação e a reprodução.
Não há investimento em educação. Não há investimento em políticas emancipatórias. Infelizmente, tenho certeza que se retornar a esta região daqui 10, 15, 20 anos, encontrarei a mesma situação. Não é a miséria como um estágio a ser superado, é a miséria como condição existencial. E as pessoas parecem conviver muito bem com ela.
O chato, digo, Alckmin, estava certo em relação a isto. Desde o início do processo civilizatório a crítica foi o caminho para a melhora, para o aperfeiçoamento, para o progresso, enfim.
Sabedores disso, o pessoal do politicamente correto, em sua cruzada anti-civilizatória, precisava acabar com a crítica, e escolheu a via de confundir crítica com preconceito.
A rigor há atualmente apenas 4 estados criticáveis no Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Criticar qualquer um dos demais estados é visto como preconceito.
Rio de Janeiro e Minas Gerais às vezes estão entre os criticáveis, às vezes não. Neste momento, como ambos os estados estão nas mãos de gente de Lula (Aécio / Anastasia e Sério Cabral) ambos estão incriticáveis.
Escrevo esta ladainha toda porque vou falar criticamente sobre o Pará (onde me encontro) e isto será percebido filtro politicamente correto como preconceito.
O Pará é um estado imenso, com território maior do que a maioria dos países do mundo. Dotado de recursos naturais, água, rios, solo fértil, bom clima, possui os elementos básicos para ser uma potência em termos de desenvolvimento. Mas é um estado bastante pobre.
Hoje andei por Belém e fui levado por um amigo até uma cidade a 100 Km de Belém. No trajeto fomos cruzando por miséria e mais miséria, até chegarmos à cidade destino (miserável). As casas são de barro ou, se de tijolos, não possuem reboco. As ruas são divididas por veículos, animais, bicicletas, gente. O povo parece não ter o que fazer, e os que não estão andando pelas ruas estão sentados na frente de casa.
Meu amigo, paraense, comentou: "foi este povo quem elegeu a Dilma. Vocês lá do sul não sabem o que é o Brasil".
O triste é saber que o governo do PT implantou instrumentos que, na prática, apenas aprofundam este ambiente de miséria e subdesenvolvimento, estimulando o ócio, a acomodação e a reprodução.
Não há investimento em educação. Não há investimento em políticas emancipatórias. Infelizmente, tenho certeza que se retornar a esta região daqui 10, 15, 20 anos, encontrarei a mesma situação. Não é a miséria como um estágio a ser superado, é a miséria como condição existencial. E as pessoas parecem conviver muito bem com ela.
Visão de futuro
"Os repórteres que foram à entrevista coletiva no escritório da Ferrovia John Galt era jovens que haviam aprendido que seu trabalho consistia em esconder do mundo o que acontecia. Era seu dever cotidiano servir de platéia a figuras públicas que faziam declarações sobre o bem comum, com expressões cuidadosamente escolhidas para não dizerem nada. Era seu trabalho cotidiano juntar palavras de qualquer modo, desde que não explimissem nada de específico."
Página 246 do volume I do livro A Revolta de Atlas, escrito por Ayn Rand em 1957.
Página 246 do volume I do livro A Revolta de Atlas, escrito por Ayn Rand em 1957.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Blogueiro fora do ar hoje
Estou fora do ar hoje, em viagem para a república bolivariana do Pará (terra da Ana Julia Carepa Chavez...).
Até amanhã.
Até amanhã.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Influente?
Estava agora ao meio-dia numa loja e sobre o balcão havia um exemplar da revista Época (aquela mesma que divulgou o extrato do caseiro Francenildo, obtido após quebra criminosa do seu sigilo bancário). Na capa, sob a manchete "Os Brasileiros Mais Influentes de 2010" havia a foto de quatro pessoas:
- Eike Batista;
- José Padilha;
- Neymar;
- Dilma Roussef.
Eu consigo entender a manchete em relação a Eike, Padilha e Neymar. Mas o que Dilma está fazendo ali se ela não consegue sequer influenciar na formação do "seu" ministério?
- Eike Batista;
- José Padilha;
- Neymar;
- Dilma Roussef.
Eu consigo entender a manchete em relação a Eike, Padilha e Neymar. Mas o que Dilma está fazendo ali se ela não consegue sequer influenciar na formação do "seu" ministério?
Aqui assim como lá
Minha mente conspiratória vê paralelos entre a atual administração do Internacional e o governo federal do Brasil. Com uma diferença – o oba, oba que se criou em cima da atual administração do Inter veio a partir de resultados conquistados, enquanto que o oba, oba criado em cima da administração petista decorreu de conquistas de governos anteriores e enxurrada de jabá na mídia companheira. Mas vamos aos paralelos.
Assim como ocorre no plano federal, no Inter se implantou uma cultura de “nunca antes na história”.
Assim como ocorre no plano federal, os dirigentes colorados do “nunca antes” se tornaram intocáveis, incriticáveis, por piores que sejam as suas atitudes, por mais erradas que sejam as suas decisões, por maiores que sejam as suas besteiras.
Assim como ocorre no plano federal, a atual administração colorada acaba de eleger um sucessor, para um terceiro mandato. Começou com Fernando Carvalho, passou por Vitório Pífero, e agora o eleito é Giovani Luigi.
Assim como acontecerá em breve em relação ao Brasil, a administração colorada do “nunca antes” acaba de levar o clube a um vexame histórico.
Assim como acontece no plano federal (lembram de Marco Aurélio Top Top Garcia após o acidente da Tam?), o presidente colorado foi visto bebendo cerveja e dando gargalhadas no hotel em Abu Dhabi apenas 90 minutos após a derrota histórica.
Assim como ocorre no plano federal, no Inter se implantou uma cultura de “nunca antes na história”.
Assim como ocorre no plano federal, os dirigentes colorados do “nunca antes” se tornaram intocáveis, incriticáveis, por piores que sejam as suas atitudes, por mais erradas que sejam as suas decisões, por maiores que sejam as suas besteiras.
Assim como ocorre no plano federal, a atual administração colorada acaba de eleger um sucessor, para um terceiro mandato. Começou com Fernando Carvalho, passou por Vitório Pífero, e agora o eleito é Giovani Luigi.
Assim como acontecerá em breve em relação ao Brasil, a administração colorada do “nunca antes” acaba de levar o clube a um vexame histórico.
Assim como acontece no plano federal (lembram de Marco Aurélio Top Top Garcia após o acidente da Tam?), o presidente colorado foi visto bebendo cerveja e dando gargalhadas no hotel em Abu Dhabi apenas 90 minutos após a derrota histórica.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Do Reinaldo Azevedo
Futebol e política...
14/12/2010
às 18:13
Dilma já sofre a sua primeira derrota no futebol…
Pois é… Também na minha profissão, quem não faz gol acaba assistindo à vitória do… Mazembe! Tinha lido na Folha Online um texto em que se informava que Dilma, que está em Porto Alegre para comemorar os seus 63 anos, preferiu seguir os passos de seu mestre e falar sobre futebol, em vez de tratar da composição do governo, política etc — essas coisas próprias de seu ofício. Ao visitar uma creche, disse que estava vestida de vermelho em homenagem ao Internacional, seu clube no Rio Grande do Sul, que enfrentaria dali a pouco o poderoso Mazembe, da República Democrática do Congo, na semifinal do Mundial de Clubes, disputado nos Emirados Árabes.
Li e pensei: “Xiii… Isso não dá sorte! Os colorados que se cuidem!” Bem, foi batata! O Internacional perdeu por dois a zero. Dilma estréia nessa área seguindo os passos do seu mentor político: Lula é o maior seca-pimenteira dos esportes brasileiros, em particular o futebol. O meu Corinthians que o diga: fomos do “centenário” ao “100 ter nada”, segundo a sacanagem dos nossos adversários — vocês sabem: metade do Brasil é corintiana, e a outra metade, anticorintiana (brincadeiriiinha…) —, embalados pela torcida entusiasmada de… Lula!
Convém Dilma ficar longe dos esportes — ou os esportes que fiquem longe dela. Vejam aí: um time brasileiro alça o Mazembe à glória!
Por Reinaldo Azevedo
Anônimo conclui ... Dilma que vá torcer pelas seleções de Cuba ou da Coréia do Norte. Sai da nossa aba.
14/12/2010
às 18:13
Dilma já sofre a sua primeira derrota no futebol…
Pois é… Também na minha profissão, quem não faz gol acaba assistindo à vitória do… Mazembe! Tinha lido na Folha Online um texto em que se informava que Dilma, que está em Porto Alegre para comemorar os seus 63 anos, preferiu seguir os passos de seu mestre e falar sobre futebol, em vez de tratar da composição do governo, política etc — essas coisas próprias de seu ofício. Ao visitar uma creche, disse que estava vestida de vermelho em homenagem ao Internacional, seu clube no Rio Grande do Sul, que enfrentaria dali a pouco o poderoso Mazembe, da República Democrática do Congo, na semifinal do Mundial de Clubes, disputado nos Emirados Árabes.
Li e pensei: “Xiii… Isso não dá sorte! Os colorados que se cuidem!” Bem, foi batata! O Internacional perdeu por dois a zero. Dilma estréia nessa área seguindo os passos do seu mentor político: Lula é o maior seca-pimenteira dos esportes brasileiros, em particular o futebol. O meu Corinthians que o diga: fomos do “centenário” ao “100 ter nada”, segundo a sacanagem dos nossos adversários — vocês sabem: metade do Brasil é corintiana, e a outra metade, anticorintiana (brincadeiriiinha…) —, embalados pela torcida entusiasmada de… Lula!
Convém Dilma ficar longe dos esportes — ou os esportes que fiquem longe dela. Vejam aí: um time brasileiro alça o Mazembe à glória!
Por Reinaldo Azevedo
Anônimo conclui ... Dilma que vá torcer pelas seleções de Cuba ou da Coréia do Norte. Sai da nossa aba.
Colorado de luto
O assunto hoje é futebol...
Hoje faz 35 anos que fui ao estádio pela primeira vez na vida para assistir uma partida de futebol. Dia 14 de dezembro de 1975, com 6 anos, eu assisti Inter X Cruzeiro fazendo a final do campeonato brasileiro de futebol.
A segunda metade dos anos 70 foi uma época de alegria constante para a torcida colorada. Pela pouca idade eu não compreendia muito bem aquilo. Comecei a entender melhor na década de 80 ... e o Inter que “encontrei” era bem diferente daquele dos anos 70.
Com o tempo fui percebendo que o Inter era o time do quase.
Final do campeonato brasileiro no nosso estádio, precisando apenas vencer por 1 gol de diferença? Empate e festa do adversário.
Semi-final de Libertadores jogando pelo empate? Vitória do adversário e 75 mil colorados deixando enlutados o estádio (eu entre eles.
Semi-final da Copa do Brasil, com 70 mil colorados apoiando, precisando apenas vencer o Juventude para ir à final? Quatro a zero para a juventude.
Última partida da fase classificatória do brasileirão precisando apenas vencer o rebaixado Bragantino para passar para a fase final? Vitória do Bragantino.
Poderia escrever sobre diversas situações como esta. Mas tantos “quase” me fizeram um torcedor medroso. Sempre acredito que na hora H, na hora decisiva, o Inter vai entregar. Às vezes a gente não entrega e ganha. Mas as vitórias não diminuem a minha condição de medroso.
5.000 colorados viajaram a Abhu Dabi (na média de R$7 mil por cabeça estamos falando de R$35 milhões...). Perguntaram se eu iria. Respondi: “nem que alguém me ofereça a viagem de graça”.
Desta vez o meu medo estava certo. O Inter acaba de ser eliminado do campeonato mundial por um time africano cujo nome não consigo nem pronunciar. É a primeira vez na história do campeonato mundial de futebol que o time sulamericano não vai disputar a final. E tinha que ser com o meu time...
Hoje faz 35 anos que fui ao estádio pela primeira vez na vida para assistir uma partida de futebol. Dia 14 de dezembro de 1975, com 6 anos, eu assisti Inter X Cruzeiro fazendo a final do campeonato brasileiro de futebol.
A segunda metade dos anos 70 foi uma época de alegria constante para a torcida colorada. Pela pouca idade eu não compreendia muito bem aquilo. Comecei a entender melhor na década de 80 ... e o Inter que “encontrei” era bem diferente daquele dos anos 70.
Com o tempo fui percebendo que o Inter era o time do quase.
Final do campeonato brasileiro no nosso estádio, precisando apenas vencer por 1 gol de diferença? Empate e festa do adversário.
Semi-final de Libertadores jogando pelo empate? Vitória do adversário e 75 mil colorados deixando enlutados o estádio (eu entre eles.
Semi-final da Copa do Brasil, com 70 mil colorados apoiando, precisando apenas vencer o Juventude para ir à final? Quatro a zero para a juventude.
Última partida da fase classificatória do brasileirão precisando apenas vencer o rebaixado Bragantino para passar para a fase final? Vitória do Bragantino.
Poderia escrever sobre diversas situações como esta. Mas tantos “quase” me fizeram um torcedor medroso. Sempre acredito que na hora H, na hora decisiva, o Inter vai entregar. Às vezes a gente não entrega e ganha. Mas as vitórias não diminuem a minha condição de medroso.
5.000 colorados viajaram a Abhu Dabi (na média de R$7 mil por cabeça estamos falando de R$35 milhões...). Perguntaram se eu iria. Respondi: “nem que alguém me ofereça a viagem de graça”.
Desta vez o meu medo estava certo. O Inter acaba de ser eliminado do campeonato mundial por um time africano cujo nome não consigo nem pronunciar. É a primeira vez na história do campeonato mundial de futebol que o time sulamericano não vai disputar a final. E tinha que ser com o meu time...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Perguntas ao mestre
De Lula:
"Comentando mais uma vez sobre a derrubada da CPMF, o presidente Lula afirmou nesta segunda (13) que “não há hipótese de melhorar a saúde no Brasil se não arrumar uma forma de arrecadar recursos”. A declaração foi feita durante homenagem recebida no Hospital Sarah, em Brasília. Lula acrescentou que o ministro da Saúde do governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, terá a tarefa de garantir esses recursos. Segundo o presidente, a derrubada do tributo que destinava recursos para a saúde foi um ato de “ódio, rancor e maldade"
Perguntinhas para Lula:
- Prezado Lula, os recursos para a saúde não poderiam advir de economias de desperdícios em outras áreas?
- Iluminado presidente, não poderia haver mais recursos para a saúde se a corrupção no seu governo fosse mais modesta?
- Grandioso Líder, as centenas de milhões de dólares que serão torradas na aquisição do novo avião da Dilma não poderiam ser melhor aplicadas na saúde?
- Timoneiro, os bilhões de euros que o Brasil vai jogar no lixo para adquirir os aviões de guerra mais caros e ineficientes do mundo não serviriam para dar uma melhorada na saúde?
- Gigante, enquanto existia a CPMF a saúde pública não era a mesma porcaria que é hoje? Se o problema são recursos, por que a saúde pública era uma droga na época da CPMF? Por que o senhor, por puro prazer, gosta de maltratar pobre e ver essa gente menos privilegiada morrendo nas filas?
- Mestre do universo, as dezenas de bilhões que o PT pretende torrar num inútil trem bala não poderiam ser aplicadas para salvar vidas na saúde?
- Professor de Deus, um país que não possui dinheiro sequer para aplicar em saúde pública poderia ter quitado a sua dívida com o FMI?
- Encarnação da perfeição, e os 10 milhões de dólares do nosso dinheiro que o senhor torrou para mandar um inútil brincar de astronauta no espaço? Não poderiam ter ido para a saúde?
- Estrela Dalva em forma humana, o senhor perdoou a dívida externa dos países africanos. O dinheiro que eles nos deviam não poderia ter sido aplicado na saúde pública do Brasil?
- Reencarnação de Moisés, o BNDES financia obras em países governados por bolivarianos a juros camaradas (sem redundância). O BNDES não poderia usar esta grana que está sobrando para melhorar a saúde pública no Brasil?
- Sábio dos sábios, o governo boliviano nos tomou a Petrobrás e o senhor nada fez. Se o senhor tivésse exigido contrapartida financeira pela empresa desapropriada, não poderíamos ter aplicado essa grana na saúde pública do Brasil?
- Rei dos reis, se os 40.000 petistas que mamam nas tetas do governo pedissem demissão ... não sobrava uma grana para a saúde?
Aguardemos as respostas...
"Comentando mais uma vez sobre a derrubada da CPMF, o presidente Lula afirmou nesta segunda (13) que “não há hipótese de melhorar a saúde no Brasil se não arrumar uma forma de arrecadar recursos”. A declaração foi feita durante homenagem recebida no Hospital Sarah, em Brasília. Lula acrescentou que o ministro da Saúde do governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, terá a tarefa de garantir esses recursos. Segundo o presidente, a derrubada do tributo que destinava recursos para a saúde foi um ato de “ódio, rancor e maldade"
Perguntinhas para Lula:
- Prezado Lula, os recursos para a saúde não poderiam advir de economias de desperdícios em outras áreas?
- Iluminado presidente, não poderia haver mais recursos para a saúde se a corrupção no seu governo fosse mais modesta?
- Grandioso Líder, as centenas de milhões de dólares que serão torradas na aquisição do novo avião da Dilma não poderiam ser melhor aplicadas na saúde?
- Timoneiro, os bilhões de euros que o Brasil vai jogar no lixo para adquirir os aviões de guerra mais caros e ineficientes do mundo não serviriam para dar uma melhorada na saúde?
- Gigante, enquanto existia a CPMF a saúde pública não era a mesma porcaria que é hoje? Se o problema são recursos, por que a saúde pública era uma droga na época da CPMF? Por que o senhor, por puro prazer, gosta de maltratar pobre e ver essa gente menos privilegiada morrendo nas filas?
- Mestre do universo, as dezenas de bilhões que o PT pretende torrar num inútil trem bala não poderiam ser aplicadas para salvar vidas na saúde?
- Professor de Deus, um país que não possui dinheiro sequer para aplicar em saúde pública poderia ter quitado a sua dívida com o FMI?
- Encarnação da perfeição, e os 10 milhões de dólares do nosso dinheiro que o senhor torrou para mandar um inútil brincar de astronauta no espaço? Não poderiam ter ido para a saúde?
- Estrela Dalva em forma humana, o senhor perdoou a dívida externa dos países africanos. O dinheiro que eles nos deviam não poderia ter sido aplicado na saúde pública do Brasil?
- Reencarnação de Moisés, o BNDES financia obras em países governados por bolivarianos a juros camaradas (sem redundância). O BNDES não poderia usar esta grana que está sobrando para melhorar a saúde pública no Brasil?
- Sábio dos sábios, o governo boliviano nos tomou a Petrobrás e o senhor nada fez. Se o senhor tivésse exigido contrapartida financeira pela empresa desapropriada, não poderíamos ter aplicado essa grana na saúde pública do Brasil?
- Rei dos reis, se os 40.000 petistas que mamam nas tetas do governo pedissem demissão ... não sobrava uma grana para a saúde?
Aguardemos as respostas...
Do Cláudio Humberto
"Battisti poderá
ganhar até a
cidadania brasileira
Além de “asilo humanitário” que Lula deve conceder antes do Natal – como esta coluna antecipou – o terrorista italiano Cesare Battisti pode ganhar até a cidadania brasileira. Lula vai alegar que os crimes do frio assassino do grupo extremista “Proletários Armados pelo Comunismo” já estariam prescritos pela lei brasileira, muito embora tenham sido cometidos na Italia. Só falta indenização de “anistiado” para o bandido."
ganhar até a
cidadania brasileira
Além de “asilo humanitário” que Lula deve conceder antes do Natal – como esta coluna antecipou – o terrorista italiano Cesare Battisti pode ganhar até a cidadania brasileira. Lula vai alegar que os crimes do frio assassino do grupo extremista “Proletários Armados pelo Comunismo” já estariam prescritos pela lei brasileira, muito embora tenham sido cometidos na Italia. Só falta indenização de “anistiado” para o bandido."
Do Coturno Noturno
"Chamou Michel Temer de chefe de um ajuntamento de assaltantes e vai ganhar um ministério.
Lembram que Ciro Gomes chamou Michel Temer, o vice-presidente, de "chefe de um ajuntamento de assaltantes"? Pois não é que a Dilma Rousseff vai dar o Ministério da Integração Nacional para ele? Pudera. Ela é menos preparada do que José Serra para exercer a presidência, segundo afirmou o mesmo Ciro Gomes, na mesma entrevista. Tanto é que aceitou o julgamento do cearense e o presenteou com este belo ministério."
Lembram que Ciro Gomes chamou Michel Temer, o vice-presidente, de "chefe de um ajuntamento de assaltantes"? Pois não é que a Dilma Rousseff vai dar o Ministério da Integração Nacional para ele? Pudera. Ela é menos preparada do que José Serra para exercer a presidência, segundo afirmou o mesmo Ciro Gomes, na mesma entrevista. Tanto é que aceitou o julgamento do cearense e o presenteou com este belo ministério."
O terceiro mandato de Lula
Lula poderia ter tentado passar no congresso uma emenda constitucional para prever o terceiro mandato. Eu estava entre os que achavam que ele faria isto. A imprensa saudaria a medida como uma prova do espírito democrático ... de Lula. Forte apoio midiático, movido a ideologia e jabá, não deixaria outra alternativa aos congressistas, senão aprovar a emenda.
Por que Lula não quis o terceiro mandato (em sequência)?
Talvez seja uma daquelas perguntas que ficarão para sempre sem resposta.
Eu tenho uma teoria. Se o objetivo de Lula, e do PT, é a destruição da democracia no Brasil, o que ele fez é muito mais destruidor do que seria uma eventual emenda constitucional para o terceiro mandato.
Sim, ao escolher uma candidata desconhecida, sem passado e sem luz própria para disputar a presidência, Lula demonstrou todo o seu desprezo pelo processo democrático. Pior, ao conseguir elegê-la (com o fundamental apoio de Serra) Lula deixou claro como é frágil o nosso processo eleitoral. Pior ainda, ao esconder a presidente eleita e deixar claro para todos que quem continua mandando é ele, Lula demonstra que nosso processo democrático eleitoral é, além de desprezível e frágil, inútil, uma vez que não adianta nada eleger um novo presidente se não muda quem de fato manda no governo.
Creio que após a eleição de 31 de outubro ficou relativamente claro para todos que as eleições se transformaram num processo de faz de conta, mera formalidade. Independentemente do resultado, o poder nunca trocará de mãos.
Nenhuma emenda de terceiro mandato teria humilhado/fragilizado tanto a nossa democracia quanto o que vai relatado acima.
Por que Lula não quis o terceiro mandato (em sequência)?
Talvez seja uma daquelas perguntas que ficarão para sempre sem resposta.
Eu tenho uma teoria. Se o objetivo de Lula, e do PT, é a destruição da democracia no Brasil, o que ele fez é muito mais destruidor do que seria uma eventual emenda constitucional para o terceiro mandato.
Sim, ao escolher uma candidata desconhecida, sem passado e sem luz própria para disputar a presidência, Lula demonstrou todo o seu desprezo pelo processo democrático. Pior, ao conseguir elegê-la (com o fundamental apoio de Serra) Lula deixou claro como é frágil o nosso processo eleitoral. Pior ainda, ao esconder a presidente eleita e deixar claro para todos que quem continua mandando é ele, Lula demonstra que nosso processo democrático eleitoral é, além de desprezível e frágil, inútil, uma vez que não adianta nada eleger um novo presidente se não muda quem de fato manda no governo.
Creio que após a eleição de 31 de outubro ficou relativamente claro para todos que as eleições se transformaram num processo de faz de conta, mera formalidade. Independentemente do resultado, o poder nunca trocará de mãos.
Nenhuma emenda de terceiro mandato teria humilhado/fragilizado tanto a nossa democracia quanto o que vai relatado acima.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Inspetores da FIFA....
No começo do ano os inspetores da FIFA dominavam o noticiário ... se as obras não fossem iniciadas até março o Brasil perderia a condição de sede da copa de 2014. Março chegou, e nada de obras, e os inspetores deram novo prazo, mas continuavam ameaçando. E a mídia gostava de divulgar as ameaças.
Os caras eram uns chatos, tanta ameaça poderia até, quem sabe, prejudicar determinada candidatura.
De repente ... os inspetores da FIFA sumiram. Até hoje, final do ano, as tais obras não começaram, mas nunca mais se ouviu falar dos inspetores e de suas ameaças. A coisa tem todo o jeito de que receberam um cala a boca.
A dois estilos atualmente adootados para calar a boca de chatos como esses inspetores. O estilo "Celso Daniel" e o bome e velho estilo jabá.
Creio que adotou-se o estilo jabá neste caso...
Os caras eram uns chatos, tanta ameaça poderia até, quem sabe, prejudicar determinada candidatura.
De repente ... os inspetores da FIFA sumiram. Até hoje, final do ano, as tais obras não começaram, mas nunca mais se ouviu falar dos inspetores e de suas ameaças. A coisa tem todo o jeito de que receberam um cala a boca.
A dois estilos atualmente adootados para calar a boca de chatos como esses inspetores. O estilo "Celso Daniel" e o bome e velho estilo jabá.
Creio que adotou-se o estilo jabá neste caso...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Do Olavo de Carvalho
"O apelo revolucionário de Karl Marx, bem como o de seus sucessores, resume-se na proposta mais cínica que algum celerado já fez a seus irmãos humanos: “Matem e morram por algo que inventei mas que eu mesmo não sei dizer o que é.”
Se perguntamos como foi que promessa tão evanescente logrou seduzir e escravizar tantos milhões de pessoas cultas, a melhor resposta ainda é a do ex-militante Douglas Hyde em seu livro Dedication and Leadership, de 1966: o partido não domina as almas dos militantes pelo que lhes dá, mas pelo que lhes toma. Quanto mais você lhe oferece dedicação, esforço, dinheiro e até a renúncia à sua dignidade pessoal, mais você se sente devedor, porque deu ao movimento revolucionário sua alma e seu coração, toda a sua substância espiritual, e, ante a mera hipótese de sair dele, se sente só, vazio, desprezível, um cadáver moral. Para libertar-se dessa obsessão, é preciso uma espécie de virilidade intelectual que vai se tornando ainda mais rara que a virilidade física."
Se perguntamos como foi que promessa tão evanescente logrou seduzir e escravizar tantos milhões de pessoas cultas, a melhor resposta ainda é a do ex-militante Douglas Hyde em seu livro Dedication and Leadership, de 1966: o partido não domina as almas dos militantes pelo que lhes dá, mas pelo que lhes toma. Quanto mais você lhe oferece dedicação, esforço, dinheiro e até a renúncia à sua dignidade pessoal, mais você se sente devedor, porque deu ao movimento revolucionário sua alma e seu coração, toda a sua substância espiritual, e, ante a mera hipótese de sair dele, se sente só, vazio, desprezível, um cadáver moral. Para libertar-se dessa obsessão, é preciso uma espécie de virilidade intelectual que vai se tornando ainda mais rara que a virilidade física."
Tolinhos?
Li esta semana uma revista Exame de outubro, que não tinha ainda tirado do plástico desde a sua chegada. Na capa um grupo de grandes empresários brasileiros.
No interior da revista uma longa reportagem com os empresários da capa, e vários outros, sobre as amarras ao crescimento do país. As conclusões são as mesmas de sempre:
- Carga tributária;
- Custo trabalhista;
- Burocracia estatal;
- Baixa qualidade da educação;
- Desprezo ao empreendedorismo;
- Infraestrutura;
- Falta de estímulo à inovação.
No entanto, os mesmos empresários que sabem disso são aqueles que acabam de contribuir com largas somas para a candidatura do PT. Será que os tolinhos imaginam que será um governo do PT que irá transformar a realidade acima?
Ou não são tolinhos ... financiam o partido em troca de negócios futuros e estão pouco se lixando para o país, só não quiseram perder a oportunidade de aparecer na revista...
No interior da revista uma longa reportagem com os empresários da capa, e vários outros, sobre as amarras ao crescimento do país. As conclusões são as mesmas de sempre:
- Carga tributária;
- Custo trabalhista;
- Burocracia estatal;
- Baixa qualidade da educação;
- Desprezo ao empreendedorismo;
- Infraestrutura;
- Falta de estímulo à inovação.
No entanto, os mesmos empresários que sabem disso são aqueles que acabam de contribuir com largas somas para a candidatura do PT. Será que os tolinhos imaginam que será um governo do PT que irá transformar a realidade acima?
Ou não são tolinhos ... financiam o partido em troca de negócios futuros e estão pouco se lixando para o país, só não quiseram perder a oportunidade de aparecer na revista...
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A nova nobreza
Escrevi outro dia que com o neo-absolutismo o Brasil conseguiu regredir 200 anos em apenas 8. Um recorde mundial de retrocesso, sem dúvida.
Mas um poder absoluto requer também uma corte, uma nobreza. E não poderíamos ficar sem aqui nos trópicos.
Só que inovamos – nossa nobreza não decorre mais do sangue, mas sim da filiação partidária. Explico – a nova nobreza brasileira é composta por aqueles que carregam no bolso a carteirinha do PT. Esta é a carteira que abre as portas para a felicidade. Por exemplo:
- Ele permite que você viva bem sem trabalhar, encostado em alguma boca pública, ONG ou sindicato;
- Ela funciona como uma espécie de escudo, ou seja, garante que você jamais será tocado pela Polícia Federal, por piores que sejam as suas ações;
- Ela permite que você seja eleito presidente da república sem nunca ter disputado sequer uma eleição para síndico de condomínio;
- Ter a carteirinha do partido significa a garantia de que você nunca será perturbado pela imprensa;
- Garante, também, títulos acadêmicos. Por exemplo, Aloisio Mercadante mentia por aí que era doutor, até que a mentira foi desmascarada. Leio agora na internet que Mercadante finalmente vai defender sua tese de doutorado (e obter o título) anos após ter expirado o prazo da sua exclusão pela Unicamp. Se Mercadante fosse um simples mortal, teria que cursar os créditos novamente. Como é petista, não precisa, afinal qual petista da hierarquia da Unicamp vai negar um título de doutor a um companheiro?
O paraíso se abre para os petistas, e deles é exigido muito pouco em troca – apenas reverência permanente ao maior líder da história desta galáxia.
Mas um poder absoluto requer também uma corte, uma nobreza. E não poderíamos ficar sem aqui nos trópicos.
Só que inovamos – nossa nobreza não decorre mais do sangue, mas sim da filiação partidária. Explico – a nova nobreza brasileira é composta por aqueles que carregam no bolso a carteirinha do PT. Esta é a carteira que abre as portas para a felicidade. Por exemplo:
- Ele permite que você viva bem sem trabalhar, encostado em alguma boca pública, ONG ou sindicato;
- Ela funciona como uma espécie de escudo, ou seja, garante que você jamais será tocado pela Polícia Federal, por piores que sejam as suas ações;
- Ela permite que você seja eleito presidente da república sem nunca ter disputado sequer uma eleição para síndico de condomínio;
- Ter a carteirinha do partido significa a garantia de que você nunca será perturbado pela imprensa;
- Garante, também, títulos acadêmicos. Por exemplo, Aloisio Mercadante mentia por aí que era doutor, até que a mentira foi desmascarada. Leio agora na internet que Mercadante finalmente vai defender sua tese de doutorado (e obter o título) anos após ter expirado o prazo da sua exclusão pela Unicamp. Se Mercadante fosse um simples mortal, teria que cursar os créditos novamente. Como é petista, não precisa, afinal qual petista da hierarquia da Unicamp vai negar um título de doutor a um companheiro?
O paraíso se abre para os petistas, e deles é exigido muito pouco em troca – apenas reverência permanente ao maior líder da história desta galáxia.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Trabalho
Sexta-feira trabalhei no escritório até as 20h. Sábado e segunda-feira trabalhei no escritório até as 24h.
Hoje à tarde recebi a visita de um grupo de empresários franceses que querem investir no Brasil. Minha intenção era recebê-los bem descansado, com uma aparênca leve. Mas não, a correria do trabalho é tão grande que os recebi cansado, com olheiras, irritado e cheirando suor.
Agora são 20h e estou em casa, mas com o computador ligado, aguardando a informação de um cliente para concluir um relatório.
Aí, quando tiro uns dias de férias tem um petralha dizer - "vai, playboizinho".
Aliás, esquerdista é aquele que sequer sabe o que é trabalho, nunca foi apresentado. Ou tem alergia a trabalho. Veja Lula, por circunstância da vida teve que trabalhar. Mas logo encontrou uma forma de não fazer mais nada e viver às custas dos otários - o movimento sindical. Até hoje ele vive como um príncipe, sem precisar trabalhar por isto. Otário é item que nunca fica em falta no mercado.
Se crucifixo e alho servem para espantar vampiros, nada melhor do que trabalho no lombo para espantar esquerdistas...
Hoje à tarde recebi a visita de um grupo de empresários franceses que querem investir no Brasil. Minha intenção era recebê-los bem descansado, com uma aparênca leve. Mas não, a correria do trabalho é tão grande que os recebi cansado, com olheiras, irritado e cheirando suor.
Agora são 20h e estou em casa, mas com o computador ligado, aguardando a informação de um cliente para concluir um relatório.
Aí, quando tiro uns dias de férias tem um petralha dizer - "vai, playboizinho".
Aliás, esquerdista é aquele que sequer sabe o que é trabalho, nunca foi apresentado. Ou tem alergia a trabalho. Veja Lula, por circunstância da vida teve que trabalhar. Mas logo encontrou uma forma de não fazer mais nada e viver às custas dos otários - o movimento sindical. Até hoje ele vive como um príncipe, sem precisar trabalhar por isto. Otário é item que nunca fica em falta no mercado.
Se crucifixo e alho servem para espantar vampiros, nada melhor do que trabalho no lombo para espantar esquerdistas...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O marketing político
Entre o final de 2001 e início de 2002 a candiata favorita para a presidência era Rosana Sarney. Posteriormente sua candidatura acabou abatida por uma operação da Polícia Federal, numa época em que a população ainda encarava a corrupção política como algo inaceitável.
Mas enquanto Rosena estava no auge foram produzidos programas eleitorais para ela, para serem apresentados no horário do partido. Não sei se os leitores recordam, mas nesses programas sua administração era apresentada como responsável por ter transformado o Maranhão numa espécie de Suíça sulamericana.
Se o marketing político consegue transformar o Maranhão em Suíça, fazer de Lula o maior governante da história da humanidade é fichinha...
Mas enquanto Rosena estava no auge foram produzidos programas eleitorais para ela, para serem apresentados no horário do partido. Não sei se os leitores recordam, mas nesses programas sua administração era apresentada como responsável por ter transformado o Maranhão numa espécie de Suíça sulamericana.
Se o marketing político consegue transformar o Maranhão em Suíça, fazer de Lula o maior governante da história da humanidade é fichinha...
sábado, 4 de dezembro de 2010
A transformação do Brasil
Li na internet um frase que consegue sintetizar a tal transformação que Lula teria feito no Brasil:
"Lula tirou o povo da miséria e o colocou no Serasa."
Sim, a tal fartura, o repentino poder de consumo das classes C, D, E, e outras, nada mais é do que endividamento. E uma hora a conta vai chegar.
"Lula tirou o povo da miséria e o colocou no Serasa."
Sim, a tal fartura, o repentino poder de consumo das classes C, D, E, e outras, nada mais é do que endividamento. E uma hora a conta vai chegar.
Do Olavo de Carvalho
Os barões
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 1 de dezembro de 2010
"Um leitor pede gentilmente que eu lhe diga quem, afinal, são os tão falados e jamais nomeados “barões da droga”. Quem ganha com o crescimento ilimitado das quadrilhas de narcotraficantes e sua transformação em força revolucionária organizada, ideologicamente fanatizada, adestrada em táticas de guerrilha urbana, capacitada a enfrentar com vantagem as forças policiais e não raro também as militares?
A resposta é simplicíssima: quem ganha com o tráfico de drogas é quem produz e vende drogas. O maior, se não o único fornecedor de drogas ao mercado brasileiro são as Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. São elas, também, que dão adestramento militar e assistência técnica ao Comando Vermelho, ao PCC e a outras quadrilhas locais.
Já faz dez anos que o então principal traficante brasileiro, Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia, descreveu em detalhes a operação em que trocava armas contrabandeadas do Líbano por duas toneladas anuais de cocaína das Farc. Também faz dez anos que uma investigação da Polícia Federal chegou à seguinte conclusão: “A guerrilha tem o comando das drogas” (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/031002jt.htm). Se alguém ainda tem dúvidas a respeito, é que está gravemente afetado da Síndrome do Piu-Piu: “Será que eu vi um gatinho?”
Mas, dirá o leitor, não há também políticos envolvidos na trama, gente das altas esferas, que dirige tudo de longe, discretamente, sem mostrar a cara ou sujar as mãozinhas?
É claro que há. Mas só são invisíveis a quem tenha medo de os enxergar. Para descobri-los, basta averiguar quem, na política, protege as Farc. Não preciso dar nomes, preciso? Para avivar a memória, leia as listas de participantes do Foro de São Paulo, entidade criada precisamente para articular, numa estratégia revolucionária abrangente, a política e o crime.
Alguns ganham muito dinheiro com isso, mas nem todos, na lista, têm interesse financeiro direto no narcotráfico – o que não os torna menos criminosos, é claro. As Farc e organizações similares servem-lhes de arma de barganha, para criar o caos social, intimidar o inimigo e extorquir dele concessões políticas que valem muito mais do que dinheiro. Quando a guerrilha está em vantagem, os políticos – para usar uma expressão já velha – sublinham com as armas da retórica a retórica das armas, anunciando o advento de uma sociedade justa gerada no ventre do morticínio redentor. Quando a guerrilha está perdendo, eles usam o restinho dela como instrumento de chantagem, oferecendo a “paz” em troca da transformação dos bandos armados em partidos políticos, de modo a premiar a imensa lista de crimes hediondos com a abertura de uma estrada risonha e franca para a conquista do poder. Mais detalhes em http://www.olavodecarvalho.org/semana/070924dc.html.
São esses os barões. Não há outros.
A parceria deles com o narcotráfico vem de longe. Começou na Ilha Grande, nos idos de 70, quando os terroristas presos começaram a doutrinar os bandidos comuns e a ensinar-lhes os rudimentos da guerrilha urbana segundo o manual de Carlos Marighela. Naquela época os guerrilheiros e a liderança esquerdista em geral tinham um complexo de inferioridade: viam-se como uma elite isolada, sem raízes nem ressonância no “povo”, em cujo nome falavam com um sorriso amarelo. Por uma feliz coincidência, foram parar na cadeia numa época em que o filósofo germano-americano Herbert Marcuse tinha lhes dado uma idéia genial: a faixa de população mais sensível à pregação revolucionária não eram os trabalhadores, como pretendia Karl Marx, e sim os marginais – ladrões, assassinos, narcotraficantes. Que parassem de fazer pregação nas fábricas e buscassem audiência no submundo – tal era o caminho do sucesso. Quando as portas do cárcere se fecharam às suas costas, abriram-se para eles as portas da mais doce esperança: lá estava, no pátio da prisão, o tão ambicionado “povo”. Sua função no esquema? Transmutar o reduzido círculo de guerrilheiros em movimento armado das massas revolucionárias.
Em 1991, o projeto, em formato definitivo, já vinha exposto com toda a clareza no livro Quatrocentos Contra Um, de autoria do líder do Comando Vermelho, William da Silva Lima, publicado pela Labortexto e lançado ao público na sede da Associação Brasileira da Imprensa, entre aplausos de mandarins da intelectualidade esquerdista que ali viam materializados os seus sonhos mais belos de justiça e caridade. Mais que materializados, ampliados:
“Conseguimos aquilo que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes, que matarão vocês nas esquinas.”
Todo o descalabro sangrento que hoje aterroriza a população do Rio de Janeiro não é senão a efetivação do plano aí esboçado com a ajuda dos mesmos luminares do esquerdismo que hoje pontificam sobre “segurança pública”.
O parágrafo seguinte não preciso escrever, porque já escrevi. Está no Diário do Comércio de 16 de outubro de 2009 (http://www.olavodecarvalho.org/semana/091016dc.html):
“Mais tarde os terroristas subiram na vida, tornaram-se deputados, senadores, desembargadores, ministros de Estado, tendo de afastar-se de seus antigos companheiros de presídio. Estes não ficaram, porém, desprovidos de instrutores capacitados. A criação do Foro de São Paulo, iniciativa daqueles terroristas aposentados, facilitou os contatos entre agentes das Farc e as quadrilhas de narcotraficantes brasileiros – especialmente do PCC –, dos quais logo se tornaram mentores, estrategistas e sócios. Foi o que demonstrou o juiz federal Odilon de Oliveira, de Ponta Porã, MS, pagando por essa ousadia o preço de ter de viver escondido, como de fosse ele próprio o maior dos delinqüentes (v. http://www.eagora.org.br/arquivo/Farc-ensina-seqestro-a-PCC-e-CV-afirma-juiz/ e sobretudo http://odilon.telmeworlds.sg/), enquanto os homens das Farc transitam livremente pelo país, têm toda a proteção da militância esquerdista em caso de prisão e até são recebidos como hóspedes de honra por altos próceres petistas.”
Mas também é claro que, entre esses dois momentos, os apóstolos da sociedade justa não ficaram parados: fizeram leis que dificultam a ação da polícia (o governador carioca Leonel Brizola chegou a bloqueá-la por completo), espalharam por toda a sociedade a noção de que os bandidos são vítimas e, a pretexto de combater o crime por meio de uma “política de inclusão”, construíram nos redutos da bandidagem obras de infra-estrutura que tornam a vida dos criminosos mais confortável e sua ação mais eficiente. No meio de tanta atividade meritória, ainda tiveram tempo de estreitar os laços tático-estratégicos entre as quadrilhas de delinqüentes e a militância política, articulando, nas reuniões do Foro de São Paulo, a colaboração entre as Farc e o MST, que hoje recebe da guerrilha colombiana o mesmo adestramento em técnicas de guerrilha que começou a ser transmitido aos presos da Ilha Grande na década de 70.
Falar em “ligações” da esquerda com o crime é eufemismo. O que há é a unidade completa, a integração perfeita, uma das mais formidáveis obras de engenharia revolucionária de todos os tempos. Não espanta que empreendimento de tal envergadura tenha a seu dispor, entre os “formadores de opinião”, um número até excessivo de colaboradores incumbidos de negar a sua existência."
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 1 de dezembro de 2010
"Um leitor pede gentilmente que eu lhe diga quem, afinal, são os tão falados e jamais nomeados “barões da droga”. Quem ganha com o crescimento ilimitado das quadrilhas de narcotraficantes e sua transformação em força revolucionária organizada, ideologicamente fanatizada, adestrada em táticas de guerrilha urbana, capacitada a enfrentar com vantagem as forças policiais e não raro também as militares?
A resposta é simplicíssima: quem ganha com o tráfico de drogas é quem produz e vende drogas. O maior, se não o único fornecedor de drogas ao mercado brasileiro são as Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. São elas, também, que dão adestramento militar e assistência técnica ao Comando Vermelho, ao PCC e a outras quadrilhas locais.
Já faz dez anos que o então principal traficante brasileiro, Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia, descreveu em detalhes a operação em que trocava armas contrabandeadas do Líbano por duas toneladas anuais de cocaína das Farc. Também faz dez anos que uma investigação da Polícia Federal chegou à seguinte conclusão: “A guerrilha tem o comando das drogas” (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/031002jt.htm). Se alguém ainda tem dúvidas a respeito, é que está gravemente afetado da Síndrome do Piu-Piu: “Será que eu vi um gatinho?”
Mas, dirá o leitor, não há também políticos envolvidos na trama, gente das altas esferas, que dirige tudo de longe, discretamente, sem mostrar a cara ou sujar as mãozinhas?
É claro que há. Mas só são invisíveis a quem tenha medo de os enxergar. Para descobri-los, basta averiguar quem, na política, protege as Farc. Não preciso dar nomes, preciso? Para avivar a memória, leia as listas de participantes do Foro de São Paulo, entidade criada precisamente para articular, numa estratégia revolucionária abrangente, a política e o crime.
Alguns ganham muito dinheiro com isso, mas nem todos, na lista, têm interesse financeiro direto no narcotráfico – o que não os torna menos criminosos, é claro. As Farc e organizações similares servem-lhes de arma de barganha, para criar o caos social, intimidar o inimigo e extorquir dele concessões políticas que valem muito mais do que dinheiro. Quando a guerrilha está em vantagem, os políticos – para usar uma expressão já velha – sublinham com as armas da retórica a retórica das armas, anunciando o advento de uma sociedade justa gerada no ventre do morticínio redentor. Quando a guerrilha está perdendo, eles usam o restinho dela como instrumento de chantagem, oferecendo a “paz” em troca da transformação dos bandos armados em partidos políticos, de modo a premiar a imensa lista de crimes hediondos com a abertura de uma estrada risonha e franca para a conquista do poder. Mais detalhes em http://www.olavodecarvalho.org/semana/070924dc.html.
São esses os barões. Não há outros.
A parceria deles com o narcotráfico vem de longe. Começou na Ilha Grande, nos idos de 70, quando os terroristas presos começaram a doutrinar os bandidos comuns e a ensinar-lhes os rudimentos da guerrilha urbana segundo o manual de Carlos Marighela. Naquela época os guerrilheiros e a liderança esquerdista em geral tinham um complexo de inferioridade: viam-se como uma elite isolada, sem raízes nem ressonância no “povo”, em cujo nome falavam com um sorriso amarelo. Por uma feliz coincidência, foram parar na cadeia numa época em que o filósofo germano-americano Herbert Marcuse tinha lhes dado uma idéia genial: a faixa de população mais sensível à pregação revolucionária não eram os trabalhadores, como pretendia Karl Marx, e sim os marginais – ladrões, assassinos, narcotraficantes. Que parassem de fazer pregação nas fábricas e buscassem audiência no submundo – tal era o caminho do sucesso. Quando as portas do cárcere se fecharam às suas costas, abriram-se para eles as portas da mais doce esperança: lá estava, no pátio da prisão, o tão ambicionado “povo”. Sua função no esquema? Transmutar o reduzido círculo de guerrilheiros em movimento armado das massas revolucionárias.
Em 1991, o projeto, em formato definitivo, já vinha exposto com toda a clareza no livro Quatrocentos Contra Um, de autoria do líder do Comando Vermelho, William da Silva Lima, publicado pela Labortexto e lançado ao público na sede da Associação Brasileira da Imprensa, entre aplausos de mandarins da intelectualidade esquerdista que ali viam materializados os seus sonhos mais belos de justiça e caridade. Mais que materializados, ampliados:
“Conseguimos aquilo que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes, que matarão vocês nas esquinas.”
Todo o descalabro sangrento que hoje aterroriza a população do Rio de Janeiro não é senão a efetivação do plano aí esboçado com a ajuda dos mesmos luminares do esquerdismo que hoje pontificam sobre “segurança pública”.
O parágrafo seguinte não preciso escrever, porque já escrevi. Está no Diário do Comércio de 16 de outubro de 2009 (http://www.olavodecarvalho.org/semana/091016dc.html):
“Mais tarde os terroristas subiram na vida, tornaram-se deputados, senadores, desembargadores, ministros de Estado, tendo de afastar-se de seus antigos companheiros de presídio. Estes não ficaram, porém, desprovidos de instrutores capacitados. A criação do Foro de São Paulo, iniciativa daqueles terroristas aposentados, facilitou os contatos entre agentes das Farc e as quadrilhas de narcotraficantes brasileiros – especialmente do PCC –, dos quais logo se tornaram mentores, estrategistas e sócios. Foi o que demonstrou o juiz federal Odilon de Oliveira, de Ponta Porã, MS, pagando por essa ousadia o preço de ter de viver escondido, como de fosse ele próprio o maior dos delinqüentes (v. http://www.eagora.org.br/arquivo/Farc-ensina-seqestro-a-PCC-e-CV-afirma-juiz/ e sobretudo http://odilon.telmeworlds.sg/), enquanto os homens das Farc transitam livremente pelo país, têm toda a proteção da militância esquerdista em caso de prisão e até são recebidos como hóspedes de honra por altos próceres petistas.”
Mas também é claro que, entre esses dois momentos, os apóstolos da sociedade justa não ficaram parados: fizeram leis que dificultam a ação da polícia (o governador carioca Leonel Brizola chegou a bloqueá-la por completo), espalharam por toda a sociedade a noção de que os bandidos são vítimas e, a pretexto de combater o crime por meio de uma “política de inclusão”, construíram nos redutos da bandidagem obras de infra-estrutura que tornam a vida dos criminosos mais confortável e sua ação mais eficiente. No meio de tanta atividade meritória, ainda tiveram tempo de estreitar os laços tático-estratégicos entre as quadrilhas de delinqüentes e a militância política, articulando, nas reuniões do Foro de São Paulo, a colaboração entre as Farc e o MST, que hoje recebe da guerrilha colombiana o mesmo adestramento em técnicas de guerrilha que começou a ser transmitido aos presos da Ilha Grande na década de 70.
Falar em “ligações” da esquerda com o crime é eufemismo. O que há é a unidade completa, a integração perfeita, uma das mais formidáveis obras de engenharia revolucionária de todos os tempos. Não espanta que empreendimento de tal envergadura tenha a seu dispor, entre os “formadores de opinião”, um número até excessivo de colaboradores incumbidos de negar a sua existência."
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Há esperança?
Estava hoje almoçando (num bom restaurante), desligado das conversas das mesas vizinhas.
De repente a conversa que vinha da mesa de trás começou a forçar seu caminho através dos meus tímpanos meio adormecidos. Era algo na linha do "a mídia precisa ser controlada, ela é um poder fora do controle do estado. A oposição lança um candidato horroroso como Serra e ele ainda faz 45% dos votos só em função do apoio da mídia".
Neste momento olhei para trás para ver quem falava isto. Eram dois sujeitos, um estava quieto, ouvindo. O outro era o doutrinador. Este tinha sobre o colo um exemplar da Falha de São Paulo, era cabeludo, estava de camiseta, bermuda e usava uma sandália estilo hippie. Os pés estavam pretos de tão sujos.
Confesso que fiquei até com pena do sujeito. Ele é apenas uma vítima de um processo de lavagem cerebral que sofreu em algum lugar, provavelmente numa instituição de ensino.
O triste é saber que na democracia os destinos do Brasil são decididos por corruptores, cérebros lavados (com pés sujos) e dependentes do bolsa família.
De repente a conversa que vinha da mesa de trás começou a forçar seu caminho através dos meus tímpanos meio adormecidos. Era algo na linha do "a mídia precisa ser controlada, ela é um poder fora do controle do estado. A oposição lança um candidato horroroso como Serra e ele ainda faz 45% dos votos só em função do apoio da mídia".
Neste momento olhei para trás para ver quem falava isto. Eram dois sujeitos, um estava quieto, ouvindo. O outro era o doutrinador. Este tinha sobre o colo um exemplar da Falha de São Paulo, era cabeludo, estava de camiseta, bermuda e usava uma sandália estilo hippie. Os pés estavam pretos de tão sujos.
Confesso que fiquei até com pena do sujeito. Ele é apenas uma vítima de um processo de lavagem cerebral que sofreu em algum lugar, provavelmente numa instituição de ensino.
O triste é saber que na democracia os destinos do Brasil são decididos por corruptores, cérebros lavados (com pés sujos) e dependentes do bolsa família.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Wikileaks
O assunto do momento é um tal de Wikileaks, um site (mantido por um sujeito que é procurado pela Interpol por estupro) que vaza documentos internos do governo americano que, creio, interessam muito mais aos governos de outros países do que ao grande público.
Muita discussão está ocorrendo sobre se divulgar documentos sigilosos do governo, obtidos de maneira ilegal, estaria ou não coberto pelo direito da liberdade de informação.
Me alinho entre os que defendem que não está.
Mas enquanto alguns acreditam que o tal "vazador" é um herói mundial, eu acredito que é apenas um covarde. Afinal, fazer coisas contra o governo americano é fácil. Os EUA são a maior democracia do mundo e via de regra respeitam direitos humanos.
Eu queria ver este sujeito ter coragem de publicar documentos dos governos russo ou chinês. Provavelmente ele apareceria com a boca cheia de formigas.
Como não tem esta coragem, nem ele nem ninguém, forma-se um mundo desigual, onde só ficamos sabendo dos segredos dos que não reagem.
Muita discussão está ocorrendo sobre se divulgar documentos sigilosos do governo, obtidos de maneira ilegal, estaria ou não coberto pelo direito da liberdade de informação.
Me alinho entre os que defendem que não está.
Mas enquanto alguns acreditam que o tal "vazador" é um herói mundial, eu acredito que é apenas um covarde. Afinal, fazer coisas contra o governo americano é fácil. Os EUA são a maior democracia do mundo e via de regra respeitam direitos humanos.
Eu queria ver este sujeito ter coragem de publicar documentos dos governos russo ou chinês. Provavelmente ele apareceria com a boca cheia de formigas.
Como não tem esta coragem, nem ele nem ninguém, forma-se um mundo desigual, onde só ficamos sabendo dos segredos dos que não reagem.
O absolutismo
O poder corrompe.
Pior, o poder enlouquece.
Todos os regimes absolutistas tiveram o mesmo destino – a ruína. Muitos até começaram bem mas, com o tempo, o poder corrompeu e enlouqueceu.
Capaz de aprender com seus próprios erros (mesmo que às custas de séculos de erros) as sociedades civilizadas acabaram substituindo os regimes absolutistas por regimes constitucionais.
Há diversas diferenças entre o absolutismo e o constitucionalismo, mas duas são fundamentais:
- A alternância do poder;
- Os “checks and balances”, ou pesos e contrapesos.
O primeiro, alternância, assegura a troca de mandatários na esperança de que seu tempo de permanência no poder não seja suficiente para corrompê-los nem para enlouquecê-los.
O segundo cria um equilíbrio entre poderes para que um fiscalize o outro, evitando a figura do poder absoluto.
O Brasil só conheceu absolutismo na época de Dom João VI, pois mesmo nos regimes monárquicos de Dom Pedro I e Dom Pedro II o poder do imperador era limitado por uma constituição.
Bom, Dom João VI deixou o Brasil em 1821, e, ingênuos, acreditamos que estávamos livres do absolutismo. Não estávamos. Por ironia do destino, o número 21 se repete, e é no século XXI que voltamos a experimentar um regime absoluto.
Este retrocesso histórico de quase 200 anos ocorre com a chegada de Lula ao poder. Por um conjunto de fatores, que vão da pilantragem, passando pela audácia, até a covardia, a sociedade Brasileira permitiu a implantação de um regime absolutista em pleno século XXI.
A alternância do poder e o regime de “checks and balances” foram exterminados. Sim, temos eleição e alternância formal de poder, mas o mês de novembro serviu para deixar claro que o poder de fato não trocará de mãos. Quanto aos “checks and balances”, bem, todos os poderes e instituições que deveriam fiscalizar o poder executivo, apenas se ajoelham em reverência a Sua Majestade, o imperador absoluto Dom Lula I.
No mundo há três grandes grupos de povos:
- Os que conseguem progredir;
- Os que são incapazes de sair do lugar;
- Os condenados a regredir.
A mistura entre europeus, negros e índios que resultou na formação do povo brasileiro acabou por gerar uma gente que se inclui no terceiro grupo listado acima. É assim que em apenas 8 anos conseguimos retroceder quase 200.
Nosso absolutismo já se afundou na fase em que "o poder corrompe", e agora estamos na fase em que "o poder enlouquece". É na fase da loucura que começamos a ouvir disparetes como "o estado sou eu" ou, "o povo sou eu"...
Pior, o poder enlouquece.
Todos os regimes absolutistas tiveram o mesmo destino – a ruína. Muitos até começaram bem mas, com o tempo, o poder corrompeu e enlouqueceu.
Capaz de aprender com seus próprios erros (mesmo que às custas de séculos de erros) as sociedades civilizadas acabaram substituindo os regimes absolutistas por regimes constitucionais.
Há diversas diferenças entre o absolutismo e o constitucionalismo, mas duas são fundamentais:
- A alternância do poder;
- Os “checks and balances”, ou pesos e contrapesos.
O primeiro, alternância, assegura a troca de mandatários na esperança de que seu tempo de permanência no poder não seja suficiente para corrompê-los nem para enlouquecê-los.
O segundo cria um equilíbrio entre poderes para que um fiscalize o outro, evitando a figura do poder absoluto.
O Brasil só conheceu absolutismo na época de Dom João VI, pois mesmo nos regimes monárquicos de Dom Pedro I e Dom Pedro II o poder do imperador era limitado por uma constituição.
Bom, Dom João VI deixou o Brasil em 1821, e, ingênuos, acreditamos que estávamos livres do absolutismo. Não estávamos. Por ironia do destino, o número 21 se repete, e é no século XXI que voltamos a experimentar um regime absoluto.
Este retrocesso histórico de quase 200 anos ocorre com a chegada de Lula ao poder. Por um conjunto de fatores, que vão da pilantragem, passando pela audácia, até a covardia, a sociedade Brasileira permitiu a implantação de um regime absolutista em pleno século XXI.
A alternância do poder e o regime de “checks and balances” foram exterminados. Sim, temos eleição e alternância formal de poder, mas o mês de novembro serviu para deixar claro que o poder de fato não trocará de mãos. Quanto aos “checks and balances”, bem, todos os poderes e instituições que deveriam fiscalizar o poder executivo, apenas se ajoelham em reverência a Sua Majestade, o imperador absoluto Dom Lula I.
No mundo há três grandes grupos de povos:
- Os que conseguem progredir;
- Os que são incapazes de sair do lugar;
- Os condenados a regredir.
A mistura entre europeus, negros e índios que resultou na formação do povo brasileiro acabou por gerar uma gente que se inclui no terceiro grupo listado acima. É assim que em apenas 8 anos conseguimos retroceder quase 200.
Nosso absolutismo já se afundou na fase em que "o poder corrompe", e agora estamos na fase em que "o poder enlouquece". É na fase da loucura que começamos a ouvir disparetes como "o estado sou eu" ou, "o povo sou eu"...
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Ser europeu...
Li na internet que a população dos países europeus está em polvorosa, pois com os vazamentos de informações diplomáticas dos Estados Unidos eles ficaram sabendo que há armas nuncleares em bases americanas localizadas em território europeu. Agora querem o sangue dos americanos.
Bom, a Europa é uma espécie de criança (velha) mimada. Seu nível de ingratidão é quase o mesmo de um Gilberto Kassab.
Na 1a guerra mundial os países europeus decidiram se destruir recíprocamente. E lá foram os amrericanos salvar o continente, às custas de sangue americano.
Na 2a guerra mundial os países europeus decidiram se destruir reciprocamente. E lá foram os americanos, mais uma vez, salvar o continente, às custas de sangue americano.
Os europeus que agora pedem o sangue americano devem ser viciados em sangue, sofrendo de crise de abstinência, afinal as praias e terras do continente europeu já foram banhadas por imensas quantidades de sangue do povo americano.
Foram as armas nucleares americanas em solo europeu que impediram que a europa ocidental fosse anexada à URSS. Agora são motivo de revolta.
O povo europeu é tão ingrato e mal agradecido que, se fosse um político, trocaria o DEM pelo PMDB.
Bom, a Europa é uma espécie de criança (velha) mimada. Seu nível de ingratidão é quase o mesmo de um Gilberto Kassab.
Na 1a guerra mundial os países europeus decidiram se destruir recíprocamente. E lá foram os amrericanos salvar o continente, às custas de sangue americano.
Na 2a guerra mundial os países europeus decidiram se destruir reciprocamente. E lá foram os americanos, mais uma vez, salvar o continente, às custas de sangue americano.
Os europeus que agora pedem o sangue americano devem ser viciados em sangue, sofrendo de crise de abstinência, afinal as praias e terras do continente europeu já foram banhadas por imensas quantidades de sangue do povo americano.
Foram as armas nucleares americanas em solo europeu que impediram que a europa ocidental fosse anexada à URSS. Agora são motivo de revolta.
O povo europeu é tão ingrato e mal agradecido que, se fosse um político, trocaria o DEM pelo PMDB.
País de vira-latas
Até o dia 31 de outubro de 2010 existiam 3 paraísos:
- O celeste, para onde vão os bons;
- O emprego no senado brasileiro;
- O Brasil.
Sim, o Brasil era um paraíso na terra. Na contramão das maiores economias do mundo, cujos estados estão quebrados, falidos, aqui no Brasil sobrava dinheiro. Tinha dinheiro para tudo, e este dinheiro que jorrava iria ser utilizado para transformar o Brasil numa Noruega, se os eleitores soubessem votar na candidatura certa.
Ao acordar na manhã do dia 1º de novembro fomos surpreendidos com uma triste notícia – os paraísos eram só dois:
- O celeste;
- O emprego no senado brasileiro.
Quanto ao Brasil, bem, estávamos tão quebrados que não há sequer recurso para investir em saúde pública sem recriar a CPMF. A questão foi colocada da seguinte forma – ou o povo topa pagar mais imposto ou continua morrendo na fila de hospital.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como fomos do céu ao inferno em apenas 24 horas.
Bom, o mesmo estado que não tem dinheiro para impedir que os brasileiros continuem morrendo nas filas da saúde pública vai fechar, até o fim deste ano, a compra dos aviões de caça mais caros do mundo junto a um fabricante francês. Esses aviões são tão caros que nenhum governo do mundo, nem dos países ricos, comprou nenhuma unidade até hoje. O Brasil vai ser o primeiro.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como uma nação que não pode investir em saúde sem CPMF pode comprar os aviões mais caros do mundo.
Mas não parou por aí. No país bipolar, onde jorrava dinheiro até o dia 31/10, e já estava falido no dia 1/11, ficamos sabendo que o governo vai comprar uma avião novo para a presidência da república, pagando mais de R$500 milhões por ele. A maioria das nações do mundo não possui avião presidencial, os presidentes fretam aviões quando precisam viajar. No Brasil há um avião presidencial com apenas 5 anos de uso, mas já não serve mais. É preciso outro, mais moderno.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como um país que não tem dinheiro para investir em saúde pública pode ser dar ao luxo de trocar o avião presidencial a cada 5 anos.
Aos vira-latas, o lixo.
- O celeste, para onde vão os bons;
- O emprego no senado brasileiro;
- O Brasil.
Sim, o Brasil era um paraíso na terra. Na contramão das maiores economias do mundo, cujos estados estão quebrados, falidos, aqui no Brasil sobrava dinheiro. Tinha dinheiro para tudo, e este dinheiro que jorrava iria ser utilizado para transformar o Brasil numa Noruega, se os eleitores soubessem votar na candidatura certa.
Ao acordar na manhã do dia 1º de novembro fomos surpreendidos com uma triste notícia – os paraísos eram só dois:
- O celeste;
- O emprego no senado brasileiro.
Quanto ao Brasil, bem, estávamos tão quebrados que não há sequer recurso para investir em saúde pública sem recriar a CPMF. A questão foi colocada da seguinte forma – ou o povo topa pagar mais imposto ou continua morrendo na fila de hospital.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como fomos do céu ao inferno em apenas 24 horas.
Bom, o mesmo estado que não tem dinheiro para impedir que os brasileiros continuem morrendo nas filas da saúde pública vai fechar, até o fim deste ano, a compra dos aviões de caça mais caros do mundo junto a um fabricante francês. Esses aviões são tão caros que nenhum governo do mundo, nem dos países ricos, comprou nenhuma unidade até hoje. O Brasil vai ser o primeiro.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como uma nação que não pode investir em saúde sem CPMF pode comprar os aviões mais caros do mundo.
Mas não parou por aí. No país bipolar, onde jorrava dinheiro até o dia 31/10, e já estava falido no dia 1/11, ficamos sabendo que o governo vai comprar uma avião novo para a presidência da república, pagando mais de R$500 milhões por ele. A maioria das nações do mundo não possui avião presidencial, os presidentes fretam aviões quando precisam viajar. No Brasil há um avião presidencial com apenas 5 anos de uso, mas já não serve mais. É preciso outro, mais moderno.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como um país que não tem dinheiro para investir em saúde pública pode ser dar ao luxo de trocar o avião presidencial a cada 5 anos.
Aos vira-latas, o lixo.
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