Escrevi outro dia que com o neo-absolutismo o Brasil conseguiu regredir 200 anos em apenas 8. Um recorde mundial de retrocesso, sem dúvida.
Mas um poder absoluto requer também uma corte, uma nobreza. E não poderíamos ficar sem aqui nos trópicos.
Só que inovamos – nossa nobreza não decorre mais do sangue, mas sim da filiação partidária. Explico – a nova nobreza brasileira é composta por aqueles que carregam no bolso a carteirinha do PT. Esta é a carteira que abre as portas para a felicidade. Por exemplo:
- Ele permite que você viva bem sem trabalhar, encostado em alguma boca pública, ONG ou sindicato;
- Ela funciona como uma espécie de escudo, ou seja, garante que você jamais será tocado pela Polícia Federal, por piores que sejam as suas ações;
- Ela permite que você seja eleito presidente da república sem nunca ter disputado sequer uma eleição para síndico de condomínio;
- Ter a carteirinha do partido significa a garantia de que você nunca será perturbado pela imprensa;
- Garante, também, títulos acadêmicos. Por exemplo, Aloisio Mercadante mentia por aí que era doutor, até que a mentira foi desmascarada. Leio agora na internet que Mercadante finalmente vai defender sua tese de doutorado (e obter o título) anos após ter expirado o prazo da sua exclusão pela Unicamp. Se Mercadante fosse um simples mortal, teria que cursar os créditos novamente. Como é petista, não precisa, afinal qual petista da hierarquia da Unicamp vai negar um título de doutor a um companheiro?
O paraíso se abre para os petistas, e deles é exigido muito pouco em troca – apenas reverência permanente ao maior líder da história desta galáxia.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário