Até o dia 31 de outubro de 2010 existiam 3 paraísos:
- O celeste, para onde vão os bons;
- O emprego no senado brasileiro;
- O Brasil.
Sim, o Brasil era um paraíso na terra. Na contramão das maiores economias do mundo, cujos estados estão quebrados, falidos, aqui no Brasil sobrava dinheiro. Tinha dinheiro para tudo, e este dinheiro que jorrava iria ser utilizado para transformar o Brasil numa Noruega, se os eleitores soubessem votar na candidatura certa.
Ao acordar na manhã do dia 1º de novembro fomos surpreendidos com uma triste notícia – os paraísos eram só dois:
- O celeste;
- O emprego no senado brasileiro.
Quanto ao Brasil, bem, estávamos tão quebrados que não há sequer recurso para investir em saúde pública sem recriar a CPMF. A questão foi colocada da seguinte forma – ou o povo topa pagar mais imposto ou continua morrendo na fila de hospital.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como fomos do céu ao inferno em apenas 24 horas.
Bom, o mesmo estado que não tem dinheiro para impedir que os brasileiros continuem morrendo nas filas da saúde pública vai fechar, até o fim deste ano, a compra dos aviões de caça mais caros do mundo junto a um fabricante francês. Esses aviões são tão caros que nenhum governo do mundo, nem dos países ricos, comprou nenhuma unidade até hoje. O Brasil vai ser o primeiro.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como uma nação que não pode investir em saúde sem CPMF pode comprar os aviões mais caros do mundo.
Mas não parou por aí. No país bipolar, onde jorrava dinheiro até o dia 31/10, e já estava falido no dia 1/11, ficamos sabendo que o governo vai comprar uma avião novo para a presidência da república, pagando mais de R$500 milhões por ele. A maioria das nações do mundo não possui avião presidencial, os presidentes fretam aviões quando precisam viajar. No Brasil há um avião presidencial com apenas 5 anos de uso, mas já não serve mais. É preciso outro, mais moderno.
Nosso povo é tão vira-lata que ninguém, nem o povo, nem a imprensa, nem a oposição, se propôs a questionar como um país que não tem dinheiro para investir em saúde pública pode ser dar ao luxo de trocar o avião presidencial a cada 5 anos.
Aos vira-latas, o lixo.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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