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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O terceiro mandato de Lula

Lula poderia ter tentado passar no congresso uma emenda constitucional para prever o terceiro mandato. Eu estava entre os que achavam que ele faria isto. A imprensa saudaria a medida como uma prova do espírito democrático ... de Lula. Forte apoio midiático, movido a ideologia e jabá, não deixaria outra alternativa aos congressistas, senão aprovar a emenda.

Por que Lula não quis o terceiro mandato (em sequência)?

Talvez seja uma daquelas perguntas que ficarão para sempre sem resposta.

Eu tenho uma teoria. Se o objetivo de Lula, e do PT, é a destruição da democracia no Brasil, o que ele fez é muito mais destruidor do que seria uma eventual emenda constitucional para o terceiro mandato.

Sim, ao escolher uma candidata desconhecida, sem passado e sem luz própria para disputar a presidência, Lula demonstrou todo o seu desprezo pelo processo democrático. Pior, ao conseguir elegê-la (com o fundamental apoio de Serra) Lula deixou claro como é frágil o nosso processo eleitoral. Pior ainda, ao esconder a presidente eleita e deixar claro para todos que quem continua mandando é ele, Lula demonstra que nosso processo democrático eleitoral é, além de desprezível e frágil, inútil, uma vez que não adianta nada eleger um novo presidente se não muda quem de fato manda no governo.

Creio que após a eleição de 31 de outubro ficou relativamente claro para todos que as eleições se transformaram num processo de faz de conta, mera formalidade. Independentemente do resultado, o poder nunca trocará de mãos.

Nenhuma emenda de terceiro mandato teria humilhado/fragilizado tanto a nossa democracia quanto o que vai relatado acima.

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