Não consigo parar de me surpreender com a imbecilidade e ignorância que toma conta da população. Ignorância com diploma, em muitos casos.
No passado não tão distante, quando a ignorância era a regra, as pessoas que pensavam diferente eram queimadas na fogueira, sob os aplausos da malta.
Para sair deste fundo do poço, e para chegar ao mundo mais ou menos como o conhecemos, precisamos passar por um tal de iluminismo.
Neste momento, estamos num movimento contrário, numa espécie de obscurantismo. E não duvido que um dia voltemos a ver gente sendo queimada nas ruas. Parece que na bolivariana Bolívia já se pratica uma espécie de justiçamento popular nas ruas.
Infelizmente, o “fenômeno” do obscurantismo é liderado por políticos, intelectuais, educadores e meios de comunicação. Seus netos e bisnetos, se acabarem na fogueira, deverão agradecer aos seus antepassados.
Atualmente já existe reação a quem pensa. Ainda não é a fogueira, mas, sim, uma espécie de isolamento social. Pensamento não é uma coisa bem aceita nos círculos sociais contemporâneos. Quem pensa é um chato.
As escolas têm um papel importante no obscurantismo.
Estava recordando algumas coisas que estudei com 12, 13 anos e pensando nas crianças da mesma faixa etária que freqüentam as escolas atuais. O conhecimento foi substituído por uma tal de “consciência social”.
Na minha época, só comecei a “aprender” consciência social em 1985, quando os militares já haviam deixado o poder. O professor de história em 1985 relatava os movimentos terroristas comunistas no Brasil com um romantismo que não nos deixava dúvida – seríamos terroristas comunistas quando crescêssemos.
Mas em 1985 eu já estava quase terminando o segundo grau, então estava salvo. Mas hoje as crianças começam a “aprender” consciência social antes mesmo de serem alfabetizadas (se é que o são). A escola atual exerce a função de transformar cérebros em gelatina.
Meu último ano de segundo grau foi em 1986, e aí as aulas já haviam se transformado em doutrinação comunista escancarada. Em história o professor era o Koteck, um barbudo que imitava Fidel Castro. Lembro de uma aula em que ele comparava os regimes, foi mais ou menos assim:
“Criticam os países comunistas porque não permitem que seus cidadãos visitem outros países. Já nós temos liberdade para irmos onde quisermos. Se quisermos ir a Paris hoje, podemos. Mas para que serve isto se não temos dinheiro para ir a Paris.” Esta última frase era acompanhada dos olhos arregalados do Koteck...
Em resumo, para que serve a liberdade se ao longo da vida o Koteck não conseguiu economizar dinheiro para ir a Paris....e uma imbecilidade desta já era dita em sala de aula em 1986, imagine o que é dito hoje...
terça-feira, 29 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário