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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Povo gado

Cliente da Gol desde sua fundação, em 2001, tenho testemunhado a queda de qualidade no atendimento da empresa em dois fronts - seu site está cada vez mais lento, e seus funcionários nos aeroportos parecem ser cada vez mais mal treinados e despreparados para atender clientes.

Mas, como escrevi ontem, quem se preocupa com clientes? Só otários, como eu.

Desde ontem pela manhã tento adquirir uma passagem da Gol para Belo Horizonte. O site (lento) cumpre todas as etapas até o pagamento. Após digitar o número do cartão de crédito e dar OK, surge uma mensagem: "ocorreu um erro desconhecido e não é possível aceitar este meio de pagamento agora. Tente mais tarde".

Segui a orientação e tentei algumas vezes à tarde, e à noite tente de casa. Não deu certo.

Ontem à noite liguei para o atendimento ao cliente da Gol (0800) para relatar o problema e saber o que estava acontecendo. O atendente, como aquele jeito de falar de robô de call center, disse: "senhor, não há problema nenhum, nosso site está funcionando perfeitamente".

Desisti do site e liguei no 0300 (venda de passagens). Recebi a seguinte mensagem: "neste momento todos os nossos atendentes estão ocupados, você será atendido em aproximadamente 28 minutos". Desliguei.

Ai que saudades da Varig dos bons tempos.

A Tam está impedida de vender passagens por decisão da ANAC.

Agora pela manhã tentei novamente o site da Gol, fiz todo o processo até o pagamento, e nada. Quanto tempo de trabalho já perdi em função disto?

Se vivêssemos num mundo que um otário, como eu, imagina, os clientes mereceriam respeito e, ao acessar o site da companhia aérea, haveria uma mensagem: "prezado cliente, nosso site está enfrentando problemas técnicos neste momento e não há garantia de que sua compra será concretizada. Informaremos quando voltar ao normal". Pronto, o cliente estaria alertado e prosseguiria (perderia seu tempo) por sua conta e risco.

Mas no mundo moderno, o mundo do nunca antes, só babacas se preocupam com clientes. Como na música que fala do povo gado, clientes são tratados (e merecem) como rebanho.

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