Num texto publicado logo abaixo, Olavo de Carvalho conclui que o brasileiro não possui a ânsia permanente por conhecimento que é característica dos seres humanos. Concordo com ele.
Felizmente, esta ignorância crônica não afetou todos os Brasileiros. Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, por exemplo, são exceções à regra. Também me incluo entre as exceções, mesmo que a milhares de quilômetros dos três anteriormente citados. Tenho sede de conhecimento.
Mas o fato é que mesmo para aqueles que possuem sede de conhecimento, a dinâmica da vida moderna favorece ao emburrecimento. O trabalho consome uma quantidade diária de horas bastante significativa, geralmente muito mais do que as tradicionais 8 horas. Fora do trabalho há atividades que precisam ser realizadas: compras, mercado, lavanderia, oficina, tempo parado no trânsito, etc. Ainda não tenho filhos, já que o processo de adoção anda em passos de tartaruga, mas um dia terei muito mais compromissos extra-trabalho do que tenho atualmente.
A minha sede de conhecimentos é saciada com momentos que sacrifico do convívio familiar ou social. É um sacrifício, sem dúvida. Agora imaginemos a maioria do povo brasileiro, desprovida de vontade de saber. Quem é que estará disposto a sacrificar o seu lazer em troca de conhecimento? Falo de conhecimento real, não de conhecimento formal.
O resultado disto é fácil prever – uma sociedade ignorante, brutalizada, vazia, pronta para ser usada como melhor servir ao esperto de plantão. Um país sem perspectiva de futuro, e não é necessário ser Nostradamus para prever isto. Povo burro só tem chance onde vigora a lei do mais forte. Onde a seleção se faz pelo conhecimento, podemos até vir a sermos os braços do progresso, mas jamais seremos os cérebros que conduzem o progresso.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário