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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Do Olavo de Carvalho

"Se você espera encontrar qualquer cobertura honesta, por mínima que seja, na grande mídia nacional ou internacional hoje em dia, está implorando para ser enganado. A falsificação, antigamente limitada, discreta e contrabalançada ao menos por arremedos de bom jornalismo, tornou-se cínica, ostensiva e generalizada. É como se os profissionais soubessem que podem contar com a obediência de milhões de otários que eles mesmos treinaram para isso ao longo das duas últimas gerações.

O jornalismo praticado hoje em dia ultrapassou os limites da falsificação premeditada. O que era premeditação tornou-se hábito automatizado, meio inconsciente, como num fingimento histérico em que o doente, no começo, sabe que está mentindo, mas depois se deixa iludir por suas próprias palavras e termina "sentindo" que diz a verdade - sentindo-o tanto mais intensamente quanto mais luta consigo próprio para sufocar a lembrança da mentira inicial. Bem dizia Eric von Kunhelt-Leddin que a histeria é a base da personalidade esquerdista.

O jornalismo, dizia Joseph Conrad no início do século 20, é uma coisa escrita por idiotas para ser lida por imbecis. Bons tempos, aqueles. Hoje é uma coisa escrita por fingidores compulsivos para ser lida por masoquistas que só respeitam quem lhes mente na cara. A opinião pública mundial evoluiu da idiotice à psicose."

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