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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Programação televisiva

Ninguém pode ser sério o tempo todo, pois a vida ficaria muito chata. Há momentos em que precisamos de um pouco de “bobajol” para aliviar nossas cabeças.

Eu, por exemplo, reservo algum tempo toda a semana para leitura de quadrinhos Disney e Turma da Mônica. São os momentos em que me desligo das leituras e atividades mais sérias e concedo um descanso ao cérebro.

Agora, mesmo reconhecendo que um pouco de “bobajol” é necessário para nossa sanidade mental, o que dizer da programação das TVs brasileiras? São verdadeiras armas de destruição de cérebros, de imbecilização coletiva, de destruição de valores, de desconstrução civilizacional.

Assistir à programação televisiva é como assistir a uma aula (só que muito mais interessante) que ensina 24 horas por dia que todos os valores que custaram milênios de evolução humana para serem desenvolvidos são uma grande bobagem. Em seu lugar, em lugar dos valores que funcionam como pilares da civilização, a programação televisiva sugere apenas ... o instinto. Ou seja, a partir do momento em que todos passem a agir como a programação ensina, deixaremos de ser humanos para sermos animais.

Como não há absolutamente nada que indique que a programação televisiva vai mudar, ou que vai deixar de existir, receio que termine por nos devolver à pré-história.

Sei que as redes de televisão são empresas e, como tal, devem perseguir resultados, e nada mais fácil para atrair audiência do que dar ao povo o que o povo quer. Também sou contra o “controle social da mídia”, que nada resolveria em termos de qualidade, apenas deixaria os veículos com um perfil mais esquerdista do que já têm.

Mas o que eu não consigo entender é como funciona a cabeça dos empresários donos dessas emissoras, dos seus executivos, dos diversos profissionais com inteligência que lá trabalham. Será que eles esqueceram que eles, suas famílias e seus descendentes terão que continuar vivendo na terra? Ou já estão construindo uma colônia em marte somente para empresários e executivos de comunicação? Mesmo assim, acho que a vida em marte seria muito monótona para eles...

Com o lixo que eles empurram cérebro adentro da sociedade 24 horas por dia, em que mundo eles acham que vão viver? Será que eles imaginam que os bilhões de reais que ganham com o lixo que produzem, ou com a adesão ao lulismo, vão protegê-los da conseqüência do tipo de sociedade que estão formando? Não sabem eles que o dinheiro não servirá para nada numa sociedade ignorante, brutalizada, sem valores e onde vale a lei do mais forte?

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