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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De Taiguara de Sousa

"Eles se aproximam. Pode-se sentir o tremor dos pés marchando. Gritos de guerra e palavras de ordem. Os inimigos? Todos que passarem por sua frente, todos os que se levantarem e disserem "não". São os neofascistas que vêm. Eles são poucos, mas gritam alto. Suas bandeiras não são as da população, mas sim as da "gente brilhante" que domina os postos altos das universidades, do governo e de certos órgãos midiáticos. E ai de quem se opuser!

Parece ser um movimento crescente no Brasil e no mundo, o da intolerância às opiniões contrárias. Mas não é qualquer intolerância: é aquela que usa, como pretexto específico para não tolerar, o fato de ser "a favor da liberdade" e contra o "preconceito". Os neofascistas põem uma mordaça na boca dos opositores e lhes ameaçam de modos vários, tudo em nome da liberdade de expressão, contra a discriminação e o preconceito.

Os conceitos de "liberdade", "discriminação" e "preconceito" foram completamente distorcidos por eles. Os neofascistas são tolerantes – com eles próprios; não discriminam ninguém – só os opositores; não têm preconceito – exceto contra os contrários, que são sempre "fundamentalistas religiosos" ou "conservadores reacionários"; eles defendem a liberdade de todo mundo – menos a de quem não concorde com eles.

É preocupante uma defesa da liberdade cuja única maneira de existir seja o cerceamento das opiniões contrárias, o amordaçamento e até mesmo a agressão. O neofascismo caminha a passos largos. Ele persegue todos que não compactuem consigo. E nós ficamos cada dia mais temerosos de uma prisão e nos calamos. Quanta liberdade..."

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