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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O poder

Nos anos 80 e 90 Antonio Carlos Magalhães mandava e desmandava no Brasil.

E isto me intrigava. Qual seria a razão para que um político popular apenas no seu estado tivésse tanto poder em nível nacional? ACM jamais poderia, por exemplo, disputar uma eleição para presidente. Seria um fiasco eleitoral. Mas, mesmo sem ser eleito, ele mandava no país.

De onde vinha este poder?

Minha conclusão na época foi a seguinte - o poder de ACM decorria de sua íntima amizade pessoal com Roberto Marinho (não é à toa que Roberto Marinho "nomeou" ACM como Ministro das Comunicações no governo Sarney...). Qualquer um que ousasse desagradar ACM corria o risco de ter a Globo contra si.

E com o afastamento de Roberto Marinho da condução dos negócios, o poder de ACM foi definhando.

Então era assim, ACM era o chefão do Brasil porque tinha a Globo do seu lado.

Imaginemos então o poder do PT, que tem quase toda a imprensa nacional no bolso ou na cartilha ideológica.

Em São Paulo, por exemplo, a imprensa atua como cabo eleitoral de Fernando Haddad, como bem observado por Reinaldo Azevedo. Ela simplesmente cumpre o papel que lhe foi determinado pelo comando de campanha.

E a estratégia, como definida pelo Reinaldo foi a seguinte: primeiro bate em Serra, para tirá-lo do segundo turno. No segundo turno, com a disputa entre Russomano e Haddad, a imprensa companheira parte com tudo para cima de Russomano e acaba com ele. Quem viver verá...

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