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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Do Augusto Nunes

"Na cidade onde mora, Lula elogiou a aliança com o DEM forjada pelo companheiro Luiz Marinho, em campanha pela reeleição. Em Diadema, pediu aos ouvintes que renegassem candidatos a vereador do DEM, do PSDB e do PPS. “O PPS me apoia”, sussurrou o petista Miguel Reali, que disputa a prefeitura. “No PPS vocês podem votar à vontade”, mudou imediatamente de ideia o Chefe Supremo.

Em Santo André, pela primeira vez em 10 anos, evocou publicamente Celso Daniel ─ para acusar a elite golpista. Ao lado da ministra Miriam Belchior, que chegou ao primeiro escalão pelo bom desempenho como viíva profissional do companheiro assassinado em janeiro de 2002, Lula ensinou que “votar em Grana seria um gesto de gratidão com Celso Daniel”. Grana é o candidato a prefeito Carlos Grana.

“Nesta cidade, os conservadores chegaram ao absurdo de achar que o PT tinha coisa a ver com a morte de Celso Daniel”, fingiu espantar-se. Com a morte e com o acobertamento do crime, poderia ter berrado um espectador da chanchada. Já é alguma coisa conseguir soletrar o nome da vítima insepulta. Com o tempo, Lula talvez consiga dizer até a palavra “mensalão”, até agora proibida de dar as caras na discurseira do antigo rei do improviso.

Foi vislumbrada só nas entrelinhas de uma trecho do palavrório em Santo André: “Quando fazem críticas ao PT, a gente tem que fechar os olhos e imaginar o Brasil sem o PT”, convidou o orador. A resposta exige tempo, mas duas coisas são certas. Celso Daniel estaria vivo. E o país não teria sido afrontado pelos quadrilheiros em julgamento no Supremo Tribunal Federal."

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